Julho Verde: entenda os tipos e sintomas do câncer de cabeça e pescoço

O câncer de cabeça e pescoço compreende uma série de neoplasias que afetam diferentes estruturas dessa região, incluindo a faringe, laringe, traqueia, tireoide, pele, boca, língua e ouvidos. Essas neoplasias se caracterizam pelo crescimento descontrolado de células anormais, que podem formar tumores malignos. Se não tratados adequadamente, esses tumores podem se disseminar para outras partes do corpo, agravando o estado de saúde do paciente.

Neste mês, ocorre a campanha Julho Verde, uma iniciativa que visa conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço. Essa campanha visa alertar para os fatores de risco, sinais e sintomas desses tipos de câncer, bem como promover a importância da realização de exames preventivos e consultas médicas regulares para identificar possíveis casos precocemente.

Segundo a Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço, no triênio de 2023 a 2025, cerca de 40 mil pessoas por ano serão diagnosticadas com câncer de cabeça e pescoço no Brasil, sendo que 60% terão diagnó­­stico tardio. Para evitar esse cenário, continue a leitura deste conteúdo para entender os tipos de câncer de cabeça e pescoço, sinais de alerta, diagnóstico, tratamento e prevenção.

Quais os tipos comuns de câncer de cabeça e pescoço?

O câncer de cabeça e pescoço pode ser classificado em vários tipos, dependendo da localização específica da neoplasia.

Câncer de faringe

O câncer de faringe é dividido em três subtipos principais:

  • nasofaringe: afeta a parte superior da garganta, atrás do nariz.
  • orofaringe: envolve a parte do meio da garganta, incluindo as amígdalas e a base da língua.
  • hipofaringe: ocorre na parte inferior da garganta, próxima ao esôfago.

Câncer de laringe

O câncer de laringe afeta a caixa de voz e é frequentemente associado ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool. Os sintomas iniciais podem incluir rouquidão persistente e dificuldade para engolir. Este tipo de câncer é mais comum em homens acima dos 50 anos e pode ter um impacto significativo na fala e na respiração.

Câncer de traqueia

Embora raro, o câncer de traqueia pode causar sintomas graves, como dificuldade respiratória e tosse persistente. A traqueia é a passagem principal de ar para os pulmões, e um tumor nesta área pode levar a complicações respiratórias severas.

Câncer de tireoide

O câncer de tireoide geralmente se apresenta como nódulos na glândula tireoide. A detecção precoce é possível por exames de imagem e biópsias. Existem vários subtipos de câncer de tireoide, incluindo o carcinoma papilífero, o carcinoma folicular, o carcinoma medular e o carcinoma anaplásico, cada um com diferentes prognósticos e abordagens de tratamento.

Câncer de pele na cabeça e pescoço

Os tipos mais comuns de câncer de pele que afetam a cabeça e o pescoço incluem o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Esses cânceres são frequentemente causados pela exposição excessiva ao sol e podem ser prevenidos com medidas de proteção solar adequadas.

Câncer de boca e língua

O câncer de boca e língua é frequentemente associado ao uso de tabaco e álcool. Lesões ou úlceras na boca que não cicatrizam em poucas semanas podem ser sinais de alerta. A detecção precoce é crucial para o tratamento eficaz e a redução das complicações.

Câncer de ouvidos

Este tipo raro de câncer pode afetar a parte externa ou interna do ouvido. Devido à falta de sintomas específicos nos estágios iniciais, o diagnóstico muitas vezes ocorre em estágios avançados, dificultando o tratamento.

Quais os sintomas e sinais de alerta para o câncer de cabeça e pescoço?

Os sintomas do câncer de cabeça e pescoço variam conforme a localização do tumor. No entanto, alguns sinais comuns podem aparecer, entre eles:

  • dificuldade para engolir;
  • sensação de algo preso na garganta;
  • mudanças na voz;
  • rouquidão persistente;
  • nódulos ou massas no pescoço;
  • feridas na boca ou na língua que não cicatrizam;
  • dificuldade respiratória;
  • perda de peso inexplicável;
  • dor ou desconforto persistente na área afetada.

Esses sintomas podem indicar a presença de um tumor maligno e devem ser investigados por um profissional de saúde o mais rápido possível.

Como é realizado o diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço?
 A avaliação clínica completa por um médico inclui o exame da cabeça e pescoço, endoscopia para visualizar diretamente a faringe, laringe e traqueia, além de exames de imagem como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e ultrassonografia.

Para a confirmação do diagnóstico é realizada uma biópsia, que remove uma pequena amostra de tecido suspeito para análise patológica. Exames de sangue também podem ser realizados para verificar marcadores tumorais específicos, contribuindo para o diagnóstico preciso.

O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento eficaz do câncer de cabeça e pescoço. O papel do patologista é importante neste processo. Este profissional analisa detalhadamente biópsias e amostras de tecido, identificando a presença de células malignas e ajudando a determinar o tipo e estágio do câncer. A precisão diagnóstica é fundamental para a escolha do tratamento mais adequado e para o prognóstico do paciente.

Quais os tratamentos disponíveis para o câncer de cabeça e pescoço?

O tratamento do câncer de cabeça e pescoço depende do tipo, localização e estágio do tumor. As opções de tratamento incluem:

Cirurgia

A cirurgia é frequentemente utilizada para remover o tumor e os tecidos circundantes afetados. Em alguns casos, pode ser necessária a remoção de partes da faringe, laringe ou tireoide, o que pode afetar funções como a fala e a deglutição.

Radioterapia

A radioterapia utiliza radiação para destruir células cancerígenas. Pode ser usada isoladamente ou em combinação com cirurgia e quimioterapia, dependendo do estágio e localização do câncer.

Quimioterapia

A quimioterapia utiliza medicamentos para matar células cancerígenas. É frequentemente usada em casos avançados ou em combinação com outros tratamentos para aumentar a eficácia.

Terapia alvo

A terapia alvo envolve o uso de medicamentos que visam especificamente as alterações nas células cancerígenas que promovem o crescimento e a disseminação do câncer. Esses medicamentos podem bloquear o crescimento dos tumores de maneira mais precisa e com menos efeitos colaterais em comparação com a quimioterapia tradicional.

Imunoterapia

A imunoterapia estimula o sistema imunológico do corpo para combater o câncer. Esse tratamento pode ser especialmente eficaz em alguns tipos de câncer de cabeça e pescoço, ajudando a prolongar a vida dos pacientes.

Como prevenir os tipos de câncer de cabeça e pescoço?

A prevenção do câncer de cabeça e pescoço envolve principalmente mudanças no estilo de vida e medidas de proteção. Evitar o uso de tabaco e o consumo excessivo de álcool são os principais fatores de risco que podem ser controlados. A proteção solar, como o uso de protetor solar e chapéus, é essencial para prevenir câncer de pele.

Manter uma boa higiene bucal e realizar check-ups dentários regulares também são práticas importantes. Além disso, a vacina contra o HPV pode prevenir certos tipos de câncer de orofaringe associados ao vírus do papiloma humano.

O câncer de cabeça e pescoço abrange diversas neoplasias que podem afetar a qualidade de vida dos pacientes. A detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para aumentar as chances de cura e melhorar o prognóstico. É importante estar atento aos sintomas e procurar assistência médica diante de qualquer sinal suspeito.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

Somos responsáveis pela prevenção e o diagnóstico de doenças, a partir de exames anátomos patológicos e citopatológicos. Pautamos nossos serviços sempre pela qualidade, confiabilidade e pelo atendimento personalizado e humanizado, levando para pacientes e médicos parceiros diagnósticos precisos e especializados.

Referências

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. Câncer de cabeça e pescoço: tudo o que você precisa saber! Disponível em: https://sbco.org.br/cancer-de-cabeca-e-pescoco-tudo-o-que-voce-precisa-saber/. Acesso em: 25/06/2024.

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. 7 tipos de câncer de cabeça e pescoço. Disponível em: https://sbco.org.br/7-tipos-de-cancer-de-cabeca-e-pescoco/. Acesso em: 25/06/2024.

Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Estimativa de Câncer de Cabeça e Pescoço para 2023. Disponível em: https://sbccp.org.br/julhoverde/estimativa-de-cancer-de-cabeca-e-pescoco-para-2023/. Acesso em: 25/05/2024.

Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço. Vejo flores em você! Não permita que tumores brotem! Disponível em: https://julhoverde.acbgbrasil.org/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjw1emzBhB8EiwAHwZZxd-C9tMY8ltKUA2_nyUnFRcx9QVtHFwQ02cLdL4GyxYkNHLl5pnPMhoCqQkQAvD_BwE. Acesso em: 25/06/2024.

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

CRM/MT 4934 RQE 13657

Painéis genéticos podem acelerar o diagnóstico de patologias

Os avanços na tecnologia de sequenciamento genético transformaram o diagnóstico médico, proporcionando uma nova era na identificação de patologias. Os painéis genéticos, conjuntos de genes analisados simultaneamente para detectar mutações específicas, surgiram como ferramentas precisas no diagnóstico de diversas doenças.

Este artigo explora o papel dos painéis genéticos no diagnóstico médico, suas aplicações, benefícios, limitações e exemplos práticos.

O que são painéis genéticos?

Painéis genéticos são testes que analisam múltiplos genes ao mesmo tempo para identificar mutações ou variantes genéticas associadas a doenças específicas. Utilizando tecnologias avançadas como o Sequenciamento de Nova Geração (NGS), esses painéis permitem uma análise abrangente e detalhada do material genético de um paciente, sendo especialmente úteis para doenças hereditárias, cânceres e outras condições complexas onde múltiplos genes podem estar envolvidos.

Com o advento do NGS, a capacidade de sequenciar grandes quantidades de DNA de forma rápida e precisa revolucionou a genética médica. Antes do NGS, o sequenciamento de genes era um processo demorado e caro. Agora, com a capacidade de analisar centenas de genes simultaneamente, os painéis genéticos tornaram-se uma opção viável e eficiente para muitos diagnósticos.

Aplicações clínicas dos painéis genéticos

Os painéis genéticos são amplamente utilizados em diversas áreas da medicina, incluindo oncologia, cardiologia, doenças neurológicas e doenças hereditárias. Na oncologia, eles são utilizados para a identificação de mutações em genes como BRCA1 e BRCA2, que estão associados ao câncer de mama e ovário, permitindo uma avaliação de risco e a implementação de estratégias de prevenção e monitoramento.

Na cardiologia, os painéis genéticos ajudam a diagnosticar condições cardíacas hereditárias, como a cardiomiopatia hipertrófica, cuja detecção precoce pode prevenir complicações graves. Para doenças neurológicas, como a doença de Huntington e atrofia muscular espinhal, por exemplo, os painéis genéticos permitem um diagnóstico preciso e um planejamento adequado do tratamento e cuidados futuros. Em doenças hereditárias, como a fibrose cística, a detecção de mutações específicas orienta o tratamento e o aconselhamento genético.

Benefícios e limitações dos painéis genéticos

Os painéis genéticos oferecem vários benefícios, incluindo um diagnóstico mais preciso e detalhado, a eficiência de analisar múltiplos genes ao mesmo tempo, economizando tempo e recursos, e a possibilidade de prevenção e planejamento ao identificar riscos genéticos antes do aparecimento dos sintomas.

Apesar de seus muitos benefícios, também apresentam algumas limitações. A interpretação dos resultados pode ser complexa e requer a experiência de um clínico. Muitas variantes genéticas possuem significância clínica incerta, o que pode dificultar a tomada de decisões. Além disso, embora os custos estejam diminuindo, os painéis genéticos ainda podem ser caros, especialmente em sistemas de saúde com recursos limitados.

O conhecimento de mutações genéticas pode causar ansiedade e preocupação em pacientes e suas famílias, necessitando de aconselhamento genético para auxiliar na compreensão e gerenciamento das informações.

Exemplos práticos de uso

Câncer de mama e ovário

Um dos usos mais conhecidos dos painéis genéticos é na avaliação de risco para câncer de mama e ovário. Mulheres com histórico familiar desses tipos de câncer podem ser testadas para mutações nos genes BRCA1 e BRCA2. A identificação de uma mutação pode levar à implementação de medidas preventivas, como a vigilância intensificada ou cirurgias preventivas, além de informar sobre os riscos para familiares.

Cardiomiopatias hereditárias

Em cardiologia, os painéis genéticos são usados para diagnosticar cardiomiopatias hereditárias, como a cardiomiopatia hipertrófica. Esta condição, caracterizada pelo espessamento das paredes do coração, pode levar a arritmias e morte súbita. A detecção precoce de mutações associadas permite um monitoramento rigoroso e a implementação de intervenções que podem salvar vidas.

Doenças neuromusculares

Os painéis genéticos são cruciais no diagnóstico de doenças neuromusculares, como a distrofia muscular de Duchenne e a atrofia muscular espinhal, por exemplo. Esses testes permitem um diagnóstico precoce e preciso, essencial para iniciar o tratamento e planejar os cuidados a longo prazo, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

O papel dos painéis genéticos na medicina personalizada

A medicina personalizada, ou medicina de precisão, é um campo em constante crescimento que utiliza informações genéticas para adaptar tratamentos às características individuais de cada paciente. Os painéis genéticos desempenham um papel importante nessa abordagem, permitindo a personalização de terapias com base no perfil genético do paciente.

No tratamento do câncer, por exemplo, a análise genética pode identificar mutações específicas que respondem melhor a certos medicamentos, permitindo uma abordagem terapêutica mais eficaz e menos tóxica. Isso melhora os resultados do tratamento e pode minimizar os efeitos colaterais, proporcionando uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

Maior rapidez diagnóstica

Os painéis genéticos representam uma evolução no diagnóstico de patologias, oferecendo uma ferramenta poderosa para a identificação precisa e eficiente de mutações genéticas. Com aplicações que vão desde o diagnóstico de doenças hereditárias até a medicina personalizada, esses painéis estão transformando a maneira como abordamos a saúde e o tratamento de doenças.

Apesar das limitações e desafios, os benefícios dos painéis genéticos são inegáveis, proporcionando diagnósticos mais precisos, estratégias de prevenção eficazes e tratamentos personalizados. À medida que a tecnologia avança, espera-se que os painéis genéticos se tornem ainda mais integrados na prática clínica, melhorando os cuidados de saúde e os resultados para os pacientes. A detecção precoce e o diagnóstico preciso são fundamentais para a prevenção e o tratamento eficaz de muitas doenças.

Onde fazer?

Na busca constante por evolução, desde 2023 a população de Rondonópolis e região tem acesso, através do Célula Laboratório Médico, ao Painel Multigenes. As inovações na área de oncogenética incluem:

  • Testes genéticos na pesquisa de neoplasias hereditárias para 60 genes: buscam a investigação para vários tipos de câncer;
  • Testes genéticos na pesquisa de neoplasias hereditárias para 46 genes: indicado para pacientes com urgência no resultado, para definições cirúrgicas;
  • Painel expandido para câncer hereditário para 101 genes;
  • Painel genético para câncer hereditário com tipos específicos;
  • Teste genético que avalia a saúde da mulher do começo ao fim – fertilidade, risco de câncer hereditário e fases da mulher.

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Referências

Mayo Clinic. Genetic testing. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/tests-procedures/genetic-testing/about/pac-20384827. Acesso em: 23/05/2024.

National Health Service (NHS). Gene panel sequencing. Disponível em: https://www.genomicseducation.hee.nhs.uk/genotes/knowledge-hub/gene-panel-sequencing/. Acesso em: 23/05/2024.

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Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

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Câncer de rim: entendendo a doença, diagnóstico e prevenção

O câncer de rim é uma condição séria que impacta a saúde global. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer renal representa cerca de 2% de todos os diagnósticos de câncer no mundo, com mais de 400 mil casos, em 2022. No Brasil, foram reportados mais de 11 mil casos neste mesmo ano.

Esse aumento na incidência pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo o envelhecimento da população, a melhoria nos métodos de diagnóstico e a maior conscientização sobre a doença.

Neste conteúdo, abordaremos o que é a doença, seus sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção.

O que é câncer de rim?

O câncer de rim, ou carcinoma renal, é uma doença originada nos rins, órgãos responsáveis pela filtragem do sangue e pela produção de urina. Existem vários tipos de câncer de rim, sendo o mais comum o carcinoma de células renais (CCR), que representa cerca de 90% dos casos. Outros tipos incluem o carcinoma de células transicionais, o tumor de Wilms (mais comum em crianças) e o sarcoma renal. O câncer de rim se desenvolve quando células nos rins sofrem mutações e começam a crescer descontroladamente, formando tumores que podem se espalhar para outras partes do corpo (metástase).

Quais os sintomas de câncer de rim?

O câncer de rim pode ser uma doença silenciosa, especialmente em seus estágios iniciais. Muitos pacientes são assintomáticos até que a doença esteja avançada. No entanto, alguns sinais e sintomas podem indicar a presença da doença, tais como:

  • Sangue na urina (hematúria);
  • Dor lombar persistente;
  • Massa ou caroço no lado do abdômen;
  • Fadiga;
  • Perda de apetite e peso inexplicável;
  • Febre intermitente.

É importante destacar que esses sintomas não são exclusivos do câncer de rim e podem estar associados a outras condições médicas. Portanto, a presença de qualquer um desses sinais deve ser investigada por um profissional de saúde.

Como é feito o diagnóstico de câncer de rim?

O diagnóstico do câncer de rim envolve uma série de exames clínicos e laboratoriais, com foco especial no diagnóstico patológico. Inicialmente, o médico pode solicitar exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), para identificar anomalias nos rins.

No entanto, o diagnóstico definitivo é feito por meio de uma biópsia renal, onde uma amostra de tecido do rim é coletada e analisada microscopicamente. Este procedimento é crucial para determinar o tipo e o grau do câncer, permitindo que o patologista identifique as características celulares específicas do tumor. A imunohistoquímica é uma técnica adicional usada para detectar proteínas específicas nas células cancerígenas, ajudando a confirmar o diagnóstico e a planejar o tratamento adequado.

Qual o tratamento para o câncer de rim?

O tratamento do câncer de rim depende de vários fatores, incluindo o estágio da doença, a saúde geral do paciente e a localização do tumor. As opções de tratamento mais comuns incluem:

Cirurgia

Nefrectomia, ou remoção cirúrgica do rim afetado, é o tratamento mais eficaz para tumores localizados. Pode ser parcial (remoção de parte do rim) ou radical (remoção total do rim e, às vezes, de estruturas adjacentes).

Terapia alvo

Medicamentos que atacam células cancerígenas específicas, bloqueando sinais que promovem o crescimento tumoral.

Imunoterapia

Tratamentos que estimulam o sistema imunológico do paciente a combater o câncer.

Radioterapia

Uso de radiação para destruir células cancerígenas, geralmente utilizada quando a cirurgia não é uma opção viável.

Quimioterapia

Embora menos comum para câncer de rim, pode ser utilizada em casos específicos, especialmente para tipos de câncer que não respondem bem a outras terapias.

Como prevenir o câncer de rim?

A prevenção do câncer de rim envolve a adoção de hábitos de vida saudáveis e a realização de exames regulares. Algumas medidas preventivas incluem:

  • Não fumar, pois o tabagismo é um fator de risco significativo para o câncer de rim;
  • Manter um peso saudável, uma vez que a obesidade está associada a um risco aumentado de câncer renal;
  • Controlar a pressão arterial;
  • Alimentação equilibrada, como uma dieta rica em frutas, legumes e grãos integrais pode ajudar a reduzir o risco;
  • Hidratação adequada, já que beber bastante água ajuda a manter os rins funcionando corretamente;
  • Evitar exposição a substâncias tóxicas, como solventes e pesticidas, que podem danificar os rins.

Além dessas medidas, é fundamental que indivíduos com histórico familiar de câncer de rim ou com condições médicas predisponentes, como doença renal policística, realizem exames de rastreamento regulares e mantenham acompanhamento médico contínuo.

O câncer de rim é uma condição séria que requer atenção e cuidados adequados. Com a crescente incidência da doença, a conscientização sobre os sintomas, o diagnóstico precoce e as opções de tratamento são cruciais para melhorar os resultados dos pacientes. A adoção de hábitos de vida saudáveis e a realização de exames regulares são medidas essenciais na prevenção desta doença. Com o avanço das técnicas diagnósticas e terapêuticas, a esperança é que a mortalidade por câncer de rim continue a diminuir, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pacientes afetados.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

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Referências

Conitec. Relatório de recomendação. Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas. Carcinoma de células renais. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2022/20220601_ddt_ccr_cp_38.pdf. Acesso em: 27/05/2024.

Organização Mundial da Saúde. Cancer today. Disponível em: https://gco.iarc.fr/today/en/dataviz/bars?mode=population&key=total&cancers=29&populations=76. Acesso em: 27/05/2024.

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Desafios e importância do diagnóstico precoce do câncer de estômago

O câncer de estômago, também conhecido como câncer gástrico, tem sua detecção muitas vezes tardia, devido a sintomas muito similares com outras doenças, e uma grande complexidade em seus tratamentos. Ele ocorre quando células malignas se formam nos tecidos do estômago, podendo se desenvolver em qualquer parte do órgão e, a partir daí, se espalhar para outras áreas próximas do corpo, incluindo o esôfago, pulmões e linfonodos.

Esse tipo de câncer é o 5º de maior incidência no mundo, com quase 1 milhão de casos em 2022, segundo o infográfico Câncer Today da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, conforme indicam os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de que ocorram mais de 20 mil casos por ano, sendo os homens os mais afetados.

Neste conteúdo, traremos informações detalhadas sobre o câncer de estômago, desde sua definição e fatores de risco até métodos de prevenção e tratamento, contribuindo para a conscientização sobre essa condição médica.

O que causa câncer de estômago?

As causas exatas do câncer de estômago ainda são objeto de estudo, mas vários fatores de risco foram identificados. A infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) é um dos principais fatores de risco para o câncer gástrico, sendo responsável por inflamações crônicas no estômago que podem levar a alterações malignas.

A OMS categoriza a bactéria H. pylori como um carcinógeno do grupo 1, indicando que existe uma forte correlação entre sua presença e o risco de desenvolvimento de câncer gástrico. Pesquisas indicam que a eliminação desta bactéria poderia evitar até 80% dos casos de câncer de estômago, enfatizando a necessidade de identificar e tratar esta infecção. Outros fatores de risco incluem:

  • Dieta rica em alimentos salgados, defumados ou conservados em sal;
  • História familiar de câncer de estômago;
  • Tabagismo;
  • Condições médicas preexistentes, como gastrite crônica e anemia perniciosa;
  • Consumo excessivo de álcool.

Quais os sintomas do câncer de estômago?

O câncer de estômago não apresenta sintomas exclusivos. No entanto, alguns indícios como perda de peso, falta de apetite, cansaço, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal contínuo podem ser sinais tanto de condições benignas (como úlceras ou gastrite) quanto de um tumor gástrico. Durante a avaliação clínica, a palpação do estômago pode causar dor nos pacientes acometidos por essa neoplasia.

Embora raros, sangramentos gástricos podem ocorrer no câncer de estômago, sendo que em aproximadamente 10% a 15% dos casos há relato de vômito com presença de sangue. Outra característica compartilhada com outras condições é presença de sangue nas fezes, que se apresentam escuras, pastosas e de odor intenso, sugerindo a presença de sangue já digerido.

Nos estágios mais avançados da doença, é possível detectar uma massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do fígado, linfonodos aumentados na parte inferior esquerda do pescoço e a presença de nódulos ao redor do umbigo.

Como diagnosticar o câncer de estômago?

O diagnóstico do câncer de estômago em seus estágios iniciais apresenta desafios, uma vez que seus sintomas frequentemente só se manifestam quando a doença já está avançada. Diante da suspeita de câncer de estômago, os médicos recorrem principalmente à endoscopia. Este procedimento permite uma visualização direta do interior do estômago e a coleta de biópsias de tecidos que pareçam suspeitos para análise histoquímica, visando a confirmação do diagnóstico por um médico patologista.

Além disso, exames de imagem como a tomografia computadorizada e a ultrassonografia endoscópica são utilizados para avaliar a extensão do câncer, tanto no estômago quanto em áreas adjacentes, auxiliando o médico no tratamento do tumor.

Quais os tratamentos disponíveis para o câncer de estômago?

O tratamento para o câncer de estômago varia conforme o estágio da doença, a saúde geral do paciente e outros fatores relevantes. Diversas opções de tratamento estão disponíveis, incluindo a cirurgia, que pode ser realizada para remover o tumor e pode envolver a retirada de parte ou de todo o estômago, dependendo da extensão e localização do câncer.

A quimioterapia também é comumente utilizada, empregando medicamentos para destruir as células cancerígenas. Além disso, a radioterapia, que usa radiação para atacar e matar as células cancerosas, é outra opção de tratamento. Mais recentemente, terapias direcionadas e imunoterapias têm sido desenvolvidas para atacar especificamente as características biológicas das células do câncer, oferecendo novas técnicas para o tratamento de neoplasias.

Como evitar o câncer de estômago?

Embora não haja uma maneira garantida de prevenir o câncer de estômago, a adoção de certos hábitos pode diminuir o risco de desenvolver esta doença. Manter uma dieta equilibrada rica em frutas e vegetais frescos e pobre em alimentos processados e conservados, evitar o tabagismo e moderar no consumo de álcool são alguns deles. Além disso, é imprescindível controlar possíveis infecções pela bactéria H. pylori com tratamento médico adequado, especialmente em indivíduos com histórico de gastrite ou úlcera péptica.

Compreender os sintomas, fatores de risco, métodos de diagnóstico e opções de tratamento é importante para o manejo e prevenção da doença. A informação é uma ferramenta na luta contra o câncer gástrico, e pode auxiliar em diagnósticos precoces e melhores resultados de tratamento.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com sua saúde em dia.

Somos responsáveis pela prevenção e o diagnóstico de doenças, a partir de exames anátomos patológicos e citopatológicos. Pautamos nossos serviços sempre pela qualidade, confiabilidade e pelo atendimento personalizado e humanizado, levando para pacientes e médicos parceiros diagnósticos precisos e especializados.

Referências

Instituto Nacional do Câncer. Câncer de estômago. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/estomago. Acesso em: 29/04/2024.

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. Será que é câncer de estômago? Conheça os sinais e tratamentos. Disponível em: https://sbco.org.br/sera-que-e-cancer-de-estomago-conheca-os-sinais-e-tratamentos/. Acesso em: 29/04/2024.

Radar do câncer. Estômago. Disponível em: https://www.radardocancer.org.br/cancer-estomago. Acesso em: 29/04/2024.

International Agency for Research on Cancer. World Health Organization. Cancer today. Disponível em: https://gco.iarc.fr/today/en/dataviz/pie?mode=cancer&group_populations=1&multiple_populations=1&populations=76. Acesso em: 29/04/2024.

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Doenças Inflamatórias Intestinais: sintomas, diagnóstico e prevenção

Doença Inflamatória Intestinal é um termo genérico que engloba condições crônicas que impactam o trato gastrointestinal. Nos últimos anos, avanços na ciência reforçam o papel do intestino não apenas em funções digestivas, mas também na regulação de atividades complexas do sistema imunológico e do sistema nervoso central. Dessa maneira, distúrbios que comprometem o órgão podem resultar em efeitos negativos para a saúde geral.

Conforme dados da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), mais de 5 milhões de indivíduos ao redor do mundo são afetados por doenças inflamatórias intestinais. Embora essas condições não possuam cura, o diagnóstico precoce auxilia em um tratamento eficaz que proporcione uma melhora na qualidade de vida dos pacientes.

No Brasil, há um crescimento no número de casos nos últimos anos, com a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa sendo as formas mais comuns. O índice de prevalência dessas doenças aumentou de 30 para 100 a cada 100 mil habitantes, correspondendo a uma taxa média anual de aumento de 14,87%.

Além dos danos à funcionalidade intestinal, a doença inflamatória intestinal pode elevar o risco de desenvolvimento de câncer colorretal e outras sérias complicações de saúde. Este artigo visa esclarecer as principais dúvidas relacionadas aos sintomas, causas, diagnósticos e opções de tratamento.

O que é a doença inflamatória intestinal?

A doença inflamatória intestinal é um conjunto de condições inflamatórias que afetam principalmente a mucosa do trato gastrointestinal. A principal característica dessa doença é a inflamação crônica do tecido intestinal, o que pode provocar uma variedade de sintomas nos pacientes. As principais formas de doença inflamatória intestinal são a doença de Crohn e a colite ulcerativa.

Doença de crohn

Esta condição é identificada pela inflamação que pode afetar todas as camadas da parede gastrointestinal, manifestando-se por meio de lesões espalhadas ao longo do sistema digestivo. Um aspecto característico da doença de Crohn é a alternância entre segmentos de intestino saudável e segmentos inflamados.

Embora possa impactar qualquer parte do sistema digestivo, é mais comum que a doença de Crohn afete o íleo, a última parte do intestino delgado antes do cólon (intestino grosso).

Colite ulcerativa

Diferentemente da doença de Crohn, a colite ulcerativa está restrita ao intestino grosso e ao reto, excluindo o intestino delgado e partes superiores do trato gastrointestinal. O reto é frequentemente a área mais comprometida, e a ausência de inflamação ou lesões nessa parte é geralmente um forte indicativo de que a colite ulcerativa pode ser descartada.

Na colite ulcerativa, a inflamação acontece nas camadas superficiais do tecido intestinal, resultando em edema e na formação contínua de múltiplas úlceras, especialmente na região terminal do cólon.

Quais são os sintomas da doença inflamatória intestinal?

Os sintomas da doença inflamatória intestinal podem variar bastante em termos de gravidade e frequência, oscilando entre episódios agudos e períodos de remissão. Geralmente, os primeiros indícios da doença surgem após o contato com substâncias ou microrganismos que desencadeiam reações inflamatórias ou irritativas no intestino, tais como certos medicamentos ou infecções gastrointestinais.

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Diarreia recorrente;
  • Dor abdominal;
  • Sangramento retal;
  • Urgência para evacuar ou dificuldade em controlar a evacuação;
  • Presença de sangue nas fezes;
  • Perda de peso involuntária;
  • Fadiga.

É importante notar que esses sinais e sintomas, por si só, não são suficientes para estabelecer um diagnóstico definitivo, sendo essencial a avaliação de um médico especializado para uma análise mais precisa da condição.

Na ausência de um tratamento adequado, a doença inflamatória intestinal pode progredir e levar a complicações graves, como câncer colorretal, desidratação intensa devido a diarreias frequentes, obstruções no trato intestinal, perfurações gastrointestinais e síndromes de má-absorção. No entanto, vale lembrar que devido à similaridade de alguns sintomas, nem todo processo inflamatório no intestino resulta em um câncer.

Além do intestino, a doença inflamatória intestinal também pode manifestar sintomas em outros órgãos e sistemas do corpo, incluindo olhos, pele, articulações e vasos sanguíneos.

Quais são as causas da doença inflamatória intestinal?

A doença inflamatória intestinal é geralmente provocada por uma reação autoimune, caracterizada pela ação do sistema imunológico contra as próprias células do corpo. Os fatores específicos que desencadeiam essa resposta imune ainda não são completamente entendidos.

Aspectos genéticos e ambientais, incluindo infecções por vírus e bactérias no trato gastrointestinal, são conhecidos por provocar uma reação imunológica intensa. Há estudos que sugerem um componente hereditário na doença, com cerca de 20% dos pacientes tendo familiares de primeiro grau também afetados pela mesma condição.

Anteriormente, pensava-se que a dieta, o estresse e o uso de certos medicamentos fossem causadores diretos da doença. No entanto, pesquisas mais recentes indicam que esses fatores podem evidenciar os sintomas, mas não são causadores primários.

Como é realizado o diagnóstico?

O processo de diagnóstico envolve uma combinação de avaliação clínica, exames laboratoriais e técnicas de imagem. Primeiramente, o médico realiza uma análise dos sintomas relatados pelo paciente, além de revisar os históricos médico e familiar. Para confirmar o diagnóstico, são necessários exames complementares, que incluem análises de fezes, testes para detectar sangue oculto nas fezes, dosagem da calprotectina fecal, além de procedimentos como endoscopia ou colonoscopia, com eventuais biópsias.

A calprotectina é uma proteína encontrada nas fezes, cujos níveis elevados indicam a presença de inflamação na mucosa intestinal. A avaliação dos níveis de calprotectina fecal é considerada um método eficaz para detectar e quantificar a inflamação intestinal, servindo como um biomarcador para o diagnóstico inicial e monitoramento da doença ao longo do tratamento.

O diagnóstico definitivo é geralmente confirmado mediante exames visuais das lesões internas, sendo a endoscopia indicada para casos suspeitos de doença de Crohn, e a colonoscopia para colite ulcerativa. Dependendo da avaliação do médico, podem ser coletadas amostras de tecido durante esses procedimentos para uma análise histopatológica detalhada, para que o médico patologista possa descartar possíveis casos de câncer no aparelho digestivo.

Qual é o tratamento para a doença inflamatória intestinal?

A doença inflamatória intestinal, sendo de natureza autoimune, não tem cura conhecida, mas as terapias disponíveis hoje podem proporcionar uma melhoria na qualidade de vida dos pacientes, especialmente quando o diagnóstico é feito de maneira precoce.

O principal objetivo do tratamento é alcançar a remissão histológica, isto é, promover a cicatrização da mucosa intestinal, melhorando o prognóstico do paciente e reduzindo a necessidade de procedimentos cirúrgicos e o risco de outras complicações graves.

Para controlar a inflamação, são empregados medicamentos anti-inflamatórios e imunossupressores, que ajudam a reduzir a atividade imune que ataca o intestino. Dependendo dos sintomas apresentados, pode ser necessário o uso de analgésicos para aliviar dores e antibióticos para tratar complicações como fístulas ou abscessos anais, comuns em casos de colite ulcerativa. Porém, vale ressaltar que todo o processo medicamentoso deve ser orientado por um médico.

A cirurgia é considerada uma opção apenas quando o controle da inflamação não é possível por meio de medicamentos. Geralmente, o procedimento cirúrgico visa remover segmentos do intestino que foram severamente danificados pela inflamação ou corrigir obstruções, fístulas e abscessos.

É importante que o paciente discuta com seu médico alterações na dieta que minimizem os desconfortos intestinais e evite o agravamento dos sintomas. Embora não exista uma relação de causa e efeito direta, certos alimentos podem impactar o quadro clínico.

A pessoa que vive com a doença inflamatória intestinal deve estar ciente de que um controle eficaz é possível com o tratamento adequado. É recomendado manter um acompanhamento médico regular, incluindo consultas e exames periódicos para monitorar a progressão da doença e a eficácia do tratamento. Com o manejo apropriado, é possível manter uma boa qualidade de vida e prevenir complicações adicionais.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

Somos responsáveis pela prevenção e o diagnóstico de doenças, a partir de exames anátomos patológicos e citopatológicos. Pautamos nossos serviços pela qualidade, confiabilidade e pelo atendimento personalizado e humanizado, levando para pacientes e médicos parceiros diagnósticos precisos e especializados.

Referências

Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. 19/5 – Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/19-5-dia-mundial-da-doenca-inflamatoria-intestinal/. Acesso em: 29/04/2024.

Agência Brasil. Doenças inflamatórias intestinais crescem quase 15% ao ano. Disponível em:  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2022-05/doencas-inflamatorias-intestinais-crescem-quase-15-ao-ano. Acesso em: 29/04/2024.

FIOCRUZ. Maio Roxo alerta para diagnóstico precoce das doenças inflamatórias intestinais. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/maio-roxo-alerta-para-diagnostico-precoce-das-doencas-inflamatorias-intestinais. Acesso em: 29/04/2024.

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Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

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Hanseníase: entenda a doença, seus sintomas, diagnóstico e tratamento

A hanseníase, anteriormente chamada de lepra, é uma condição infecciosa que se manifesta por meio de lesões e manchas cutâneas. A mudança de nome ocorreu devido ao estigma associado à doença, uma vez que a denominação anterior carregava uma carga negativa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, mais de 120 mil novos casos de hanseníase foram identificados globalmente. Durante o período de cinco anos, de 2017 a 2021, o Brasil registrou um total de 119.698 novos casos de hanseníase.

Dentro desse contingente, 66.613 casos foram diagnosticados em homens, representando mais da metade dos dados. Esta tendência foi observada em várias faixas etárias e anos analisados, com maior incidência em pessoas entre 50 e 59 anos. No ano de 2021, o estado de Mato Grosso se destacou com a maior taxa de detecção geral, registrando 58,76 novos casos por 100 mil habitantes. Enquanto a capital, Cuiabá, apresentou uma taxa de 22,45 casos por 100 mil habitantes.

Apesar de ser uma doença grave e ainda um desafio para a saúde pública, a doença pode ser tratada e curada. Neste conteúdo, abordaremos informações sobre essa condição, incluindo suas formas de transmissão, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento.

O que é a hanseníase?

A hanseníase é uma doença antiga, descrita em muitas civilizações ao longo dos séculos. É causada por meio da infecção da bactéria Mycobacterium leprae, mais conhecida como bacilo de Hansen, nome dado em homenagem ao pesquisador que a identificou pela primeira vez.

A contaminação pela bactéria produz uma infecção crônica em humanos, que afeta, principalmente, os nervos e a pele, mas também pode acometer outros locais, como os olhos e as mucosas.

A presença dos bacilos na pele produz as manifestações dermatológicas características, sob forma de lesões e nódulos. Já a infecção em nervos pode acarretar disfunção neuronal e desmielinização, processo que gera como consequência perda sensorial, incapacidades e deformidades.

Como ocorre a transmissão da hanseníase?

A principal forma de transmissão da doença é a partir de gotículas de saliva ou secreções nasais (tosse ou espirro). Para ocorrer a transmissão, é necessário um convívio físico próximo e prolongado com a pessoa infectada. É importante destacar que tocar a pele da pessoa acometida pela doença não é contagioso. Além disso, a transmissão é interrompida logo nos primeiros dias de tratamento.

A hanseníase pode ser classificada em paucibacilar, quando o paciente apresenta poucos ou nenhum bacilo no exame baciloscópico, ou multibacilar, quando há a presença de muitos bacilos. Pacientes que apresentam a forma paucibacilar não são importantes fontes transmissoras, devido à baixa carga de bacilos, diferentemente da forma multibacilar, considerada a forma mais contagiosa, na qual o paciente transmite a doença até o tratamento específico ser iniciado.

Quais são os principais sinais e sintomas da hanseníase?

Inicialmente, a hanseníase se caracteriza pela presença de manchas claras, avermelhadas ou mais escuras na pele, com limites imprecisos e frequentemente associados à falta de sensibilidade, perda de pelos e ausência de transpiração. Também podem surgir alterações da percepção térmica e da sensibilidade ao toque e à dor.

Quando há o comprometimento de nervos periféricos, os sintomas podem incluir dormência, perda de força e retração de dedos das mãos e dos pés, gerando incapacidades físicas. Sensações de formigamento nos pés, mãos e rosto também são relatadas com frequência.

Com o avanço da doença, pode ocorrer o espessamento e o surgimento de nódulos avermelhados e dolorosos, capazes de prejudicar o movimento dos membros e da face. Se não tratada a tempo, a hanseníase pode gerar danos irreversíveis, os quais contribuem para o aumento do estigma da doença.

Como é feito o diagnóstico da hanseníase?

Inicialmente, a investigação médica é feita a partir dos sintomas apresentados pelo paciente, histórico epidemiológico e exame físico. Em geral, são realizados exames dermatológicos e neurológicos, envolvendo testes de sensibilidade na pele e avaliação motora.

Exames laboratoriais poderão ser solicitados, como a baciloscopia. Esse exame consiste na pesquisa da bactéria Mycobacterium leprae, diretamente nos esfregaços obtidos de raspados das lesões suspeitas de hanseníase. Após a coleta da amostra, é realizada a fixação e a coloração do material biológico, que permitem determinar a presença do bacilo por meio de um microscópio e análise do médico patologista.

Para uma maior precisão diagnóstica, principalmente em pacientes que apresentam poucas lesões e que costumam não apresentar alterações na baciloscopia, exames moleculares baseados na técnica de PCR conseguem detectar o bacilo com maior precisão e sensibilidade. Este também é um exame realizado em laboratório médico por um patologista.

Por fim, existe a possibilidade de utilização do teste rápido para diagnóstico da hanseníase, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Ele se baseia no método sorológico e tem como intuito identificar anticorpos produzidos pelo organismo em resposta à infecção. Uma vez diagnosticada a hanseníase, familiares, amigos e pessoas próximas ao infectado também deverão ser examinadas.

Como é realizado o tratamento da hanseníase?

O tratamento da hanseníase é feito por meio de diferentes antibióticos, uma abordagem terapêutica eficaz em diminuir a resistência medicamentosa do bacilo, que pode ocorrer com frequência quando se utiliza apenas um dos medicamentos. A duração do tratamento pode variar conforme a forma clínica apresentada pelo paciente.

Todo o tratamento e acompanhamento do paciente diagnosticado com hanseníase é gratuito e fornecido pelo SUS. Em casos mais graves ou de não resposta ao tratamento convencional, o paciente poderá ser encaminhado para os Centros de Referência em hanseníase, onde são realizadas avaliações mais detalhadas e a prescrição de outros medicamentos. Após seguir o tratamento corretamente, no período estipulado, e passar por nova avaliação médica, o paciente pode receber alta por cura.

O diagnóstico precoce é a melhor forma de prevenção contra a hanseníase. Quanto mais cedo for identificada a doença e o tratamento adequado iniciado, mais rápida será a recuperação e menores as chances de complicações para o paciente.

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Referências

Ministério da Saúde. Hanseníase. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hanseniase. Acesso em: 26/03/2024.

Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico – Hanseníase 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2023/boletim_hanseniase-2023_internet_completo.pdf. Acesso em: 26/03/2024.

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Leishmaniose: conheça a doença, seus sintomas e como se prevenir

A leishmaniose é uma doença negligenciada que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente em regiões tropicais e subtropicais. Causada por protozoários do gênero Leishmania, essa enfermidade pode se manifestar de diversas formas, desde lesões cutâneas simples até formas graves que podem afetar órgãos internos.

Presente em quase 80 nações, conforme relatório da Organização Mundial da Saúde, a leishmaniose visceral tem mais da metade dos casos agrupados em quatro países específicos: Sudão, Quênia, Brasil e Índia. No contexto latino-americano, o Brasil responde por aproximadamente 90% dos casos. Se não adequadamente tratada, a doença pode resultar em óbito. Portanto, o primeiro passo é realizar o diagnóstico precoce para que o manejo da doença seja realizado de maneira eficiente.

No Brasil, é observada uma média de aproximadamente 21 mil casos por ano, com uma taxa de incidência média de 8,6 casos a cada 100 mil habitantes nos últimos cinco anos. A região Norte registra o coeficiente mais elevado, com 46,4 casos por 100 mil habitantes, seguida pelas regiões Centro-Oeste, com 17,2 casos por 100 mil habitantes, e Nordeste, com 8 casos por 100 mil habitantes.

Neste artigo, exploraremos detalhadamente o que é a leishmaniose, suas causas, sintomas, métodos de transmissão, diagnóstico, tratamento e medidas de prevenção.

O que é leishmaniose?

A leishmaniose é uma doença parasitária causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, transmitidos pela picada de insetos vetores conhecidos como flebotomíneos, também chamados de mosquito-palha, birigui ou tatuquira, dependendo da região.

Existem diversas formas de leishmaniose, sendo as mais comuns a leishmaniose cutânea e a leishmaniose visceral.

  • Leishmaniose cutânea ou tegumentar: esta forma da doença é caracterizada por feridas na pele que podem começar como pequenas pápulas ou úlceras e depois crescer para formar feridas abertas. As feridas podem durar semanas ou meses e, se não forem tratadas, podem causar cicatrizes permanentes.
  • Leishmaniose visceral: também conhecida como calazar, é a forma mais grave da doença. Afeta os órgãos internos, como o fígado, baço e medula óssea. Os sintomas incluem febre prolongada, fraqueza, perda de peso, inchaço do baço e do fígado, entre outros. Se não tratada, pode ser fatal.

Como a leishmaniose é transmitida?

Sua transmissão aos seres humanos ocorre pela picada de insetos fêmeas infectadas do gênero Lutzomyia e Phlebotomus, conhecidos como flebotomíneos. Quando o inseto se alimenta do sangue de um hospedeiro infectado, ele pode adquirir o parasita, que se multiplica em seu intestino e pode ser transmitido a outros hospedeiros vertebrados, incluindo humanos, cachorros e gatos. Esses insetos são mais ativos durante a noite, aumentando o risco de transmissão em áreas onde as pessoas têm contato frequente com eles, como regiões rurais ou áreas com pouca infraestrutura sanitária.

Quais os sintomas da leishmaniose?

Os sintomas da leishmaniose variam dependendo da forma da doença e conforme as particularidades do paciente. Na leishmaniose visceral, os principais sinais incluem febre prolongada, fraqueza, perda de peso, inchaço do baço e do fígado e problemas gastrointestinais. Em estágios avançados, podem ocorrer complicações graves como sangramento e insuficiência de órgãos.

Por outro lado, na leishmaniose cutânea, são observadas lesões na pele que começam como pequenas pápulas ou úlceras, podendo persistir por semanas ou meses, acompanhadas de dor, coceira e, em casos raros, disseminação para as mucosas, causando danos mais sérios. É importante estar ciente de que os sintomas podem variar em gravidade e que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para lidar com essa doença.

Como é realizado o diagnóstico da leishmaniose?

O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de uma série de métodos clínicos, laboratoriais e epidemiológicos. O médico avalia inicialmente os sintomas apresentados pelo paciente, como febre prolongada, lesões na pele e inchaço do baço e fígado, podendo suspeitar da doença. Em seguida, são realizados testes patológicos, como exame de raspado de lesão cutânea para casos de leishmaniose cutânea, ou aspirado de medula óssea, através da punção por agulha fina (PAF), para leishmaniose visceral, visando identificar os parasitas.

Testes sorológicos também são empregados para detectar anticorpos no sangue. Exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia, ajudam a avaliar danos em órgãos internos na leishmaniose visceral, mas são os testes patológicos que podem confirmar ou não a doença.

A história epidemiológica do paciente, incluindo viagens para áreas endêmicas e exposição a vetores, também é considerada no diagnóstico. Devido à complexidade das apresentações clínicas e à necessidade de técnicas laboratoriais específicas, o diagnóstico muitas vezes é conduzido por profissionais especializados na doença.

Quais os tratamentos disponíveis e como se prevenir da leishmaniose?

Existem tratamentos específicos para a leishmaniose, bem como medidas preventivas que podem reduzir o risco de contrair a doença.

O tratamento inclui comumente o uso de medicamentos antiparasitários, sendo que a duração varia conforme a gravidade da doença e a resposta do paciente, podendo exigir várias semanas e até meses, inclusive internações hospitalares em casos graves. Para a leishmaniose cutânea, em alguns casos, procedimentos como crioterapia e eletroterapia podem ser realizados para retirar o tecido infectado.

Quanto à prevenção, é importante evitar picadas de insetos utilizando repelentes, vestindo roupas que cubram a maioria do corpo e dormindo em áreas protegidas por telas, mosquiteiros ou tratados com inseticida. Além disso, o controle de vetores e a proteção domiciliar são fundamentais, incluindo a eliminação de criadouros de mosquitos.

Em áreas onde a leishmaniose é endêmica, é preciso estar ciente dos riscos e adotar medidas preventivas, mesmo durante atividades ao ar livre. No entanto, é importante lembrar que essas medidas podem reduzir, mas não eliminar o risco de contrair a doença. Caso surjam sintomas, é importante estar atento e procurar assistência médica ao primeiro sinal de infecção.

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Referências

Fundação Oswaldo Cruz. Leishmaniose. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/doenca/leishmaniose. Acesso em: 26/03/2024.

Ministério da Saúde. Distribuição da Leishmaniose Tegumentar. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/lt/situacao-epidemiologica. Acesso em: 26/03/2024.

Agência Brasil. Crescimento de casos de leishmaniose preocupa especialistas. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2023-07/crescimento-de-casos-de-leishmaniose-preocupa-especialistas. Acesso em: 26/03/2024.

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Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV)

Na preservação da saúde, é crucial permanecer atento aos indícios apresentados pelo organismo. A presença do Papilomavírus Humano (HPV) é um exemplo desse cuidado constante. A infecção muitas vezes ocorre de forma assintomática, passando despercebida.

Portanto, a identificação precoce da infecção por HPV, mesmo antes de surgirem sintomas, pode fazer diferença significativa no tratamento, prevenindo complicações. Por isso, é importante adotar práticas de prevenção e detecção antecipada do vírus, visando encontrá-lo antes que cause problemas mais graves.

A seguir, será abordado o que caracteriza o HPV, seus principais sintomas e as abordagens mais indicadas para o tratamento em caso de infecção. Além disso, discutiremos métodos de prevenção e se há cura para a doença.

O que é o HPV?

O Papilomavírus Humano (HPV) consiste em mais de 200 tipos, sendo que aproximadamente 40 deles podem infectar o trato anogenital, afetando mucosas e pele tanto em mulheres quanto em homens. Essas infecções podem resultar desde verrugas simples até condições mais graves, como câncer de colo uterino ou câncer anal.

Os papilomavírus são categorizados em dois grupos conforme o potencial oncogênico: alto risco e baixo risco, englobando desde o desenvolvimento de verrugas até carcinomas invasivos e afetando diversos tecidos e órgãos. A diferenciação dos tipos é feita por números, com 16 e 18 sendo os mais prevalentes, seguidos por 31, 33, 45 e 58. Esses são responsáveis por cerca de 90% dos casos de câncer de colo uterino em mulheres e câncer anal em ambos os sexos em todo o mundo.

O HPV é a Infecção Sexualmente Transmissível (IST) mais comum tanto em mulheres quanto em homens. Além do câncer de colo uterino, pode causar câncer de vulva, vagina, ânus, orofaringe e pênis, além de verrugas anogenitais e papilomatose de laringe, doença que leva à formação de múltiplas lesões verrucosas na mucosa da garganta, em ambos os sexos. A maioria das pessoas provavelmente será infectada por pelo menos um tipo de HPV ao longo da vida. Tipos como o 6 e o 11 estão associados a doenças benignas, como verrugas anogenitais.

Devido à instalação do papilomavírus na pele e na região genital humana, a transmissão ocorre pelo contato com lesões, especialmente em mucosas e feridas. Apesar de ser comum em crianças, a probabilidade de contágio aumenta com o início da atividade sexual, pois a infecção é predominantemente transmitida sexualmente. Aproximadamente 80% das pessoas que tiveram atividades sexuais podem se contaminar ao longo da vida, conforme indica a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Quais os sintomas do HPV?

Conforme mencionado anteriormente, a pessoa infectada pode desenvolver verrugas e lesões genitais, que são precursoras do câncer. Entretanto, a infecção pelo papilomavírus geralmente não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Portanto, é crucial realizar exames ginecológicos periodicamente para diagnosticar a doença precocemente. Exames e vacinação são aliados eficazes na prevenção.

Mesmo em pacientes sem verrugas genitais visíveis, a consulta médica é indispensável, já que a avaliação ginecológica pode identificar lesões não visíveis a olho nu e rastrear padrões que sugerem a infecção pelo HPV.

Em casos mais graves, as células contaminadas podem se multiplicar desordenadamente, resultando em tumores malignos e cânceres anogenitais. A identificação do tipo de HPV é crucial, visto que alguns apresentam maior risco oncológico do que outros.

Sua multiplicação pode ser desencadeada pela redução na resistência do organismo. Pacientes com sistema imunológico comprometido, como soropositivos ou transplantados, têm maior risco de desenvolver tumores pelo HPV. Esse risco é ainda mais elevado em mulheres vivendo com HIV/AIDS, com seis vezes mais chances de desenvolver câncer de colo uterino em comparação com mulheres sem HIV. Nessa população, é essencial manter exames periódicos, usar contraceptivos de barreira (camisinhas) e realizar visitas regulares ao médico.

Quais os tratamentos e existe cura para o HPV?

O tratamento visa eliminar as lesões e verrugas causadas pela infecção viral, podendo ser clínico, com medicamentos, ou cirúrgico, envolvendo eletrocauterização, cauterização química ou tratamento específico para o tipo de câncer diagnosticado.

Em alguns casos, o papilomavírus é eliminado espontaneamente do organismo, sem que a pessoa saiba que foi infectada. Ainda não existe um medicamento capaz de erradicar o vírus permanentemente, e a pessoa pode permanecer infectada por toda a vida. Nesses casos, a doença pode se manifestar periodicamente, requerendo tratamento repetido.

Quais os meios de prevenção contra o HPV?

Existem diversas maneiras de se proteger contra a doença, e a medicina continua avançando na redução da infecção. As principais formas de prevenção incluem:

  • Preservativos

O uso de preservativos é fundamental na prevenção não apenas do HPV, mas de todas as ISTs. Contudo, é crucial lembrar que essa medida não elimina completamente a transmissão, especialmente de lesões genitais próximas ao pênis e à vulva.

  • Exames

O Papanicolaou é o exame ginecológico mais utilizado para indicar o câncer de colo do útero. Ele identifica células com alterações no revestimento do colo uterino, que podem ser tratadas precocemente.

  • Vacinas

A vacinação é uma estratégia fundamental no combate à infecção por HPV. A imunidade conferida pela vacina é essencial, já que a infecção natural não proporciona imunidade duradoura contra reinfecções. Existem duas vacinas, a quadrivalente e a nonavalente, que oferecem proteção contra tipos específicos.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina quadrivalente está disponível para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, além de imunossuprimidos de ambos os sexos entre 9 e 45 anos. Importante notar que a eficácia da vacina é maior se administrada antes do início da atividade sexual, ou seja, antes da exposição ao HPV.

A aplicação da vacina quadrivalente é feita em três doses, sendo a segunda administrada dois meses após a primeira e a terceira após seis meses. Para a faixa etária de 9 a 14 anos, pode ser administrada em esquema alternativo de duas doses, com a segunda aplicada de seis a 12 meses após a primeira. É importante salientar que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação não substitui o rastreamento do câncer de colo uterino.

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Referências

Ministério da Saúde. HPV. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hpv#:~:text=O%20HPV%20. Acesso em: 26/02/2024.

Organização Pan-Americana de Saúde. HPV e câncer do colo do útero. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/hpv-e-cancer-do-colo-do-utero. Acesso em: 26/02/2024.

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Entenda os cuidados essenciais para a saúde da mulher

A atenção e os cuidados com a saúde devem ser incorporados à rotina de todos. Porém, quando se trata da saúde feminina, a vigilância deve ser ainda mais intensa. Especialmente para aquelas que planejam ter filhos nos próximos anos, é essencial que o corpo esteja preparado para esse momento.

Além de ser uma garantia de que o organismo está saudável, certos cuidados contribuem para a prevenção de doenças e a detecção de situações em estágios iniciais, facilitando um eventual tratamento. Um exemplo é o câncer de colo do útero ou de mama, e qual o tratamento pode ser mais eficaz e menos agressivo quando identificado de maneira precoce.

Neste conteúdo, serão abordados os principais cuidados e exames patológicos que devem integrar a rotina das mulheres, trazendo os benefícios para a qualidade de vida e como o diagnóstico precoce aumenta as chances de um tratamento bem-sucedido.

Relevância dos cuidados com a saúde feminina

O câncer de colo do útero ocupa a terceira posição em incidência entre as mulheres, registrando mais de 17 mil novos casos anualmente, segundo dados do Inca. Além disso, é o quarto em índice de mortalidade por câncer no Brasil. Sua origem está diretamente associada à infecção por determinados tipos do HPV, que têm potencial de progredir para um quadro cancerígeno.

Esse é apenas um exemplo de como os cuidados com a saúde feminina são cruciais para uma vida longa e saudável. Os desafios variam em cada fase da vida, mas a atenção ao próprio corpo não pode ser negligenciada. Seja para prevenir doenças ou para viver com qualidade e bem-estar, o autocuidado é imprescindível.

Quais são as principais atenções à saúde feminina?

Quando se trata de qualidade de vida e saúde, nada supera o conhecimento do próprio corpo. Isso permite perceber quando algo não está funcionando como deveria, desde novas pintas na pele até pontos de dor em qualquer região.

Outros sinais, como falta de disposição, queda de cabelo e insônia, também devem ser observados com cautela, já que várias mudanças simultâneas podem indicar alterações hormonais, por exemplo. O exame de toque nas mamas é uma maneira simples de cuidar do próprio corpo e pode ser realizado em casa, a qualquer momento.

A área íntima também requer atenção. A presença de corrimentos, coceiras e dores durante relações sexuais deve ser constantemente observada. Em casos assim, é fundamental procurar um ginecologista, que fornecerá orientação precisa e cuidadosa.

Hoje, a endometriose também tem sido a causa de muitos relatos de dor pélvica, menstruações dolorosas, entre outras queixas. A doença afeta cerca de 176 milhões de mulheres em todo o mundo, mas muitas vezes é ignorada ou subdiagnosticada. É importante entender que a endometriose não é apenas uma parte normal da vida de uma mulher, mas sim algo sério que merece atenção médica e cuidados adequados.

Além das práticas de autocuidado, é crucial visitar médicos e profissionais de saúde regularmente. Exames de rotina, avaliações especializadas e ajustes em hábitos são aspectos importantes que a orientação profissional oferece. Dessa forma, novas práticas de cuidado podem ser incorporadas à rotina da mulher.

Manter uma boa imunidade também é essencial para evitar problemas de saúde. Isso pode ser alcançado com hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, controle do estresse e prática regular de esportes. Exames para avaliar a imunidade também podem ser solicitados pelo médico, conforme necessário.

Assim, a medicina preventiva se concretiza por meio do conhecimento do próprio corpo e pela escolha de hábitos saudáveis, reduzindo as chances de doenças e preparando o corpo para uma vida plena.

Quais exames devem ser realizados?

Além do exposto anteriormente, alguns exames são essenciais na rotina de cuidados com a saúde feminina, como, por exemplo:

  • Exame ginecológico

Por meio de uma consulta detalhada, o ginecologista pode orientar sobre diversas condições, complementando a avaliação com exames físicos e, quando necessário, solicitar exames complementares, como de imagem ou citológicos.

  • Exame Papanicolaou

Rápido e simples, coletado no consultório pelo ginecologista, esse exame avalia as células do colo do útero. Além de diagnosticar inflamações e infecções, como o HPV, o maior benefício é a detecção precoce de lesões pré-cancerosas, facilitando o tratamento.

  • Exames das mamas

A mamografia e a ecografia de mamas são exames de imagem importantes. A mamografia identifica câncer nos estágios iniciais, enquanto a ecografia, sem radiação, pode complementar a mamografia, especialmente em mulheres com mamas densas.

  • Exames de imagens

Ultrassom transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética da pelve, somadas às queixas da paciente, ajudam a dar o diagnóstico da endometriose. Apesar de mais invasivo, o diagnóstico padrão ouro, ou seja, aquele que dá ainda mais certeza ao médico, é a videolaparoscopia. Trata-se de uma cirurgia no abdômem, com anestesia geral, onde pode ser feita a retirada de focos se a endometriose já não estiver com muito acometimento.

Em todos os casos, se corpos estranhos forem detectados, uma biópsia pode ser solicitada pelo médico para confirmar a presença ou ausência de doenças em geral, especialmente o câncer.

Como esses cuidados previnem doenças

Um estudo da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) revela que 72% dos pacientes com doenças crônicas só identificam o problema quando surgem sintomas. A realização periódica desses exames específicos é essencial para oferecer suporte aos médicos na tomada de decisões sobre o tratamento, contribuindo significativamente para a prevenção de doenças graves.

Conforme o Instituto de Pesquisa HCor, a detecção e o tratamento precoce do câncer de mama aumentam as chances de sucesso e cura. Isso reforça a importância de incluir exames como a mamografia na rotina, juntamente com consultas regulares ao médico.

A saúde da mulher demanda práticas diversas para garantir uma melhor qualidade de vida, desde pequenos ajustes na rotina até exames específicos realizados periodicamente. Essas medidas possibilitam um maior conhecimento do corpo e contribuem para uma vida mais saudável em todos os aspectos.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

Somos responsáveis pela prevenção e o diagnóstico de doenças, a partir de exames anátomos patológicos e citopatológicos. Pautamos nossos serviços sempre pela qualidade, confiabilidade e pelo atendimento personalizado e humanizado, levando para pacientes e médicos parceiros, diagnósticos precisos e especializados.

Referências

Radar do câncer. Mama. Disponível em:  https://www.radardocancer.org.br/cancer-mama. Acesso em: 26/02/2024.

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Saúde da mulher contempla cuidados específicos. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanitaria/2021/05/saude-da-mulher-contempla-cuidados-especificos. Acesso em: 26/02/2024.

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

CRM/MT 4934 RQE 13657

Câncer Infantil: conheça os principais tipos incidentes no Brasil

No campo da saúde, o câncer infantil, embora raro em comparação com o câncer em adultos, é uma realidade que merece atenção e compreensão. Estudos apontam que a cada ano, cerca de 400 mil crianças e adolescentes, com idades entre zero e 19 anos, enfrentam o diagnóstico de algum tipo de câncer. Com isso, torna-se fundamental compreender os tipos mais comuns nessa faixa etária para promover a conscientização e a detecção precoce, trazendo esperança e perspectivas de cura.

Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a detecção precoce e o tratamento especializado podem levar à cura em aproximadamente 80% das crianças e adolescentes diagnosticados com a doença. Segundo o INCA, o câncer já é a principal causa de óbito por enfermidades neste grupo, correspondendo a aproximadamente 8% do total. Contudo, com a abordagem terapêutica adequada, a maioria dos pacientes infantojuvenis poderá desfrutar de uma boa qualidade de vida.

Neste conteúdo, aprofundaremos nos cânceres com maior incidência entre crianças e adolescentes, na importância de um diagnóstico precoce e em uma visão multifacetada para o tratamento.

Tipos de câncer mais comuns em crianças e adolescentes

O surgimento do câncer ocorre devido a alterações genéticas e a replicação descontrolada de células do corpo modificadas que se diferenciam das células normais. Durante a infância, os cânceres mais frequentes incluem as leucemias, que afetam a medula óssea, os linfomas, que têm origem no sistema linfático, e os tumores do sistema nervoso central.

  • Leucemias

Entre os cânceres pediátricos, as leucemias ocupam um espaço significativo. Trata-se de um tipo de câncer que afeta as células precursoras do sangue, com sua origem, na maioria dos casos, permanecendo desconhecida. A principal característica das leucemias reside no acúmulo de células doentes na medula óssea, substituindo as células sanguíneas saudáveis. Existem quatro principais tipos de leucemia: Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMC), Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e Leucemia Linfocítica Crônica (LLC).

O desafio no tratamento da leucemia infantil é amplificado pela variedade de subtipos, cada um com suas peculiaridades. O diagnóstico preciso é essencial para orientar o tratamento e aumentar as chances de sucesso.

  • Tumores do Sistema Nervoso Central

Os tumores do sistema nervoso central, especialmente os meduloblastomas, merecem destaque pela sua natureza invasiva e crescimento rápido. Esses tumores frequentemente atingem áreas que controlam o movimento e o equilíbrio da criança, tornando o desafio ainda mais delicado.

Os meduloblastomas representam de 10 a 15% dos tumores pediátricos do sistema nervoso central, destacando-se pela agressividade e necessidade de intervenção imediata. O acompanhamento cuidadoso dos sintomas e um diagnóstico preciso e precoce, são cruciais para garantir uma resposta rápida e eficaz.

  • Linfomas Infantis

O linfoma infantil, um câncer do sistema linfoide, apresenta sintomas que podem ser confundidos com doenças comuns da infância. Febre persistente, aumento de gânglios (ínguas) e perda de apetite são sinais que demandam atenção imediata dos pais e responsáveis. A similaridade desses sintomas com outras condições pediátricas reforça a importância da avaliação médica diante de qualquer sinal persistente. A prontidão na busca por avaliação médica e um diagnóstico precoce diante de sintomas suspeitos pode significar a diferença entre um tratamento eficaz e complicações mais sérias.

Importância de uma detecção precoce

A detecção precoce é uma arma poderosa na luta contra o câncer infantil. Muitos desses cânceres respondem positivamente ao tratamento quando diagnosticados em estágios iniciais, proporcionando melhores perspectivas de cura. Pais, familiares e educadores devem ficar em alerta para auxiliarem na identificação de sinais, como dores persistentes, febres recorrentes e alterações no comportamento.

O conhecimento e a sensibilização para esses sinais são fundamentais para agir de maneira rápida e eficaz. Iniciativas educativas devem ser implementadas para garantir as informações necessárias, de modo que a população consiga identificar precocemente o câncer infantil, contribuindo assim para um tratamento mais efetivo.

Uma abordagem multifacetada na luta contra o câncer infantil

A batalha contra o câncer infantil vai além dos avanços na pesquisa e tratamentos. Exige uma abordagem integrada que inclua apoio emocional, acesso a serviços especializados e ações educativas para promover a conscientização e prevenção. Famílias que enfrentam o diagnóstico de câncer em seus filhos precisam de suporte especializado nas diferentes áreas.

Iniciativas que proporcionam aconselhamento e grupos de apoio podem ajudar as famílias a enfrentar os desafios emocionais que surgem durante o tratamento. Além disso, é imperativo garantir o acesso a serviços diagnósticos e tratamentos de qualidade. A equidade no acesso a esses recursos é fundamental para garantir que todas as crianças, independentemente de sua condição socioeconômica, tenham oportunidades iguais de receber o melhor cuidado possível.

Em um esforço conjunto, pais, profissionais de saúde, educadores e a sociedade em geral precisam compreender os desafios específicos do câncer infantil e agir proativamente, para criar um ambiente que favoreça a detecção precoce e o tratamento eficaz.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

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Referências

Ministério da Saúde. Câncer infantojuvenil: diagnóstico precoce possibilita cura em 80% dos casos. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/fevereiro/cancer-infantojuvenil-diagnostico-precoce-possibilita-cura-em-80-dos-casos. Acesso em: 31/01/2024.

World Health Organization. Childhood cancer. Disponível em : https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cancer-in-children. Acesso em: 31/01/2024.

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

CRM/MT 4934 RQE 13657