Câncer de cabeça e pescoço: saiba o que é e como prevenir

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de cabeça e pescoço é o sexto tipo mais comum de câncer no mundo, afetando principalmente pessoas acima dos 40 anos.

Por ser uma doença silenciosa, um dos principais desafios do câncer de cabeça e pescoço é o seu diagnóstico precoce. Muitas vezes, os sintomas iniciais são negligenciados ou confundidos com outros problemas de saúde, o que leva a um diagnóstico tardio e o avanço da doença.

Diante desse cenário, é crucial promover a conscientização e a educação da população sobre os fatores de risco, os principais sinais e sintomas e a importância de manter as consultas médicas de rotina em dia.

Nesse conteúdo, você encontrará informações muito importantes sobre o câncer de cabeça e pescoço para sanar as suas principais dúvidas sobre o assunto.

O que é o câncer de cabeça e pescoço?

O câncer de cabeça e pescoço é uma designação abrangente que engloba um grupo de diferentes tipos de câncer que se originam nas estruturas da região da cabeça e pescoço. Esses tumores podem afetar áreas como a cavidade oral, lábios, faringe, laringe e tireoide.

Para compreender como ocorre o câncer, é importante ter em mente o processo normal de renovação celular. O corpo humano possui um mecanismo regulado de crescimento e renovação das células, conhecido como ciclo celular.

No entanto, quando ocorre um desequilíbrio nesse ciclo, podem surgir alterações genéticas que levam ao desenvolvimento do câncer. Essas alterações podem ser causadas por uma combinação de fatores, como mutações genéticas adquiridas, exposição a agentes carcinogênicos, fatores de risco comportamentais (como tabagismo e consumo excessivo de álcool) e fatores virais (como a infecção pelo HPV).

O desbalanço no ciclo celular resulta na formação excessiva e desordenada de células do tecido em questão. O crescimento descontrolado das mesmas leva à formação de um tumor, que pode comprometer seriamente a função do órgão ou tecido, podendo se espalhar (geração de metástases) com o avanço da doença e a depender do nível de agressividade do câncer.

Quais os tipos de câncer de cabeça e pescoço?

Como mencionado, existem diferentes tipos de tumores que podem se desenvolver na região da cabeça e pescoço, como:

– Câncer da cavidade oral: engloba tumores malignos localizados nos lábios, gengiva, palato (céu da boca) e língua;

– Câncer de faringe: compreende os tumores malignos da região da garganta;

– Câncer de laringe: está relacionado com tumores na região próxima das cordas vocais;

– Câncer de tireoide: abrange tumores malignos que afetam a glândula tireoide.

Quais os principais sintomas do câncer de cabeça e pescoço?

O câncer de cabeça e pescoço pode apresentar diversos sintomas, que variam conforme a localização e o estágio do tumor. Alguns dos principais sintomas comuns são:

– Feridas na boca ou na região da garganta que não cicatrizam: úlceras persistentes ou feridas na boca, lábios, gengivas ou garganta que não cicatrizam podem ser um sinal de câncer;

– Dor persistente: dor persistente na região da boca, garganta, pescoço ou ouvido pode ser um sintoma a ser considerado. Essa dor pode ser contínua ou intermitente;

– Dificuldade para engolir: dificuldade ou dor ao engolir (disfagia) pode ser um sintoma de câncer de garganta ou esôfago;

– Alterações na voz: mudanças na voz, como rouquidão persistente ou alteração no tom da voz podem ser indicativas de câncer de laringe, ou outras estruturas da garganta;

– Caroços no pescoço: a presença de um nódulo ou caroço no pescoço, próximo da região da tireoide, que persiste por mais de duas semanas.  No entanto, é importante salientar que nem todo nódulo indica câncer. Para uma melhor avaliação, é necessário analisar o histórico do paciente, incluindo a incidência de casos familiares de câncer na tireoide.

Perceba que esses sintomas podem ter várias causas e não necessariamente podem estar relacionados ao câncer. No entanto, se você estiver apresentando sintomatologia persistente, é essencial procurar um médico para uma avaliação aprofundada e um diagnóstico preciso.

Quais as principais causas do câncer de cabeça e pescoço?

Como todo câncer, suas causas são consideradas multifatoriais, ou seja, envolvem diferentes fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Dentre os principais fatores de risco, destaca-se o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, exposição a poluentes, dentre outros.

Determinadas alterações genéticas também podem estar associadas com uma maior chance de desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço, principalmente mutações em genes relacionados ao controle do ciclo celular e sistema imune.

Outro fator muito importante a ser considerado é a infecção pelo HPV (papilomavírus humano), um vírus sexualmente transmissível que infecta a pele e mucosas, provocando o surgimento de verrugas e, em casos mais graves, o surgimento de câncer. Além de estar correlacionado com o câncer de colo de útero, estudos indicam também que a infecção pelo HPV é altamente associada a tumores na cavidade oral, sendo a laringe e faringe os locais mais atingidos.

Como é feito o diagnóstico da doença?

Antes de mais nada, é fundamental salientar que, na presença de qualquer sintoma persistente, o ideal é procurar auxílio médico. Somente um especialista conseguirá analisar adequadamente o quadro clínico do paciente e encaminhar a realização de exames específicos.

Inicialmente, são avaliados os sintomas apresentados, além de exame físico e histórico clínico e familiar do paciente. A partir da suspeita diagnóstica, o médico solicitará exames complementares para confirmação.

Exames de imagem como a tomografia computadorizada, ultrassonografia ou ressonância magnética são utilizados para obter imagens detalhadas das estruturas internas da cabeça e pescoço, ajudando a identificar a localização, o tamanho e a extensão do tumor. A endoscopia também pode ser utilizada para averiguar alterações na região da faringe, laringe, entre outras estruturas.

A confirmação do diagnóstico é, geralmente, realizada por meio de biópsia. Nesse procedimento, são coletadas amostras do tecido suspeito (tumor) para posterior análise anátomo patológica para definição de malignidade ou não. Essas análises incluem exames histológicos e moleculares para identificar as características do tumor.

Em casos de nódulos na tireoide, a biópsia pode ser feita por punção aspirativa por agulha fina, um exame minimamente invasivo em que amostras dos nódulos são coletadas por meio da incisão de uma agulha no local.

Como se prevenir do câncer de cabeça e pescoço?

Embora não seja possível prevenir completamente o câncer de cabeça e pescoço, adotar um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença. O tabagismo é um dos principais fatores de risco, portanto, não fume. Limitar o consumo de álcool também é uma medida importante para reduzir o risco.

Além disso, pratique regularmente exercícios físicos e mantenha uma rotina alimentar equilibrada. Assim, você conseguirá diminuir as chances de desenvolvimento de câncer e de muitas outras doenças cardiovasculares e metabólicas.

Como o HPV também é um dos fatores envolvidos no câncer de cabeça e pescoço, é altamente recomendado utilizar preservativos durante as relações sexuais. Além disso, atualmente existem vacinas disponíveis que protegem contra os principais tipos de vírus HPV, incluindo àqueles com maior relação ao desenvolvimento de câncer, como o HPV-16 e 18.

É importante salientar também que a vacina é uma prevenção e não um tratamento: ela é eficaz para prevenir o contágio, mas não trata lesões já existentes. Portanto, mantenha sempre suas consultas médicas de rotina em dia. Assim, o médico conseguirá detectar quaisquer alterações de forma precoce, aumentando muito as chances de cura.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e mantenha a sua saúde em dia.

Somos responsáveis pela prevenção e o diagnóstico de doenças, a partir de exames anátomos patológicos e citopatológicos. Pautamos nossos serviços sempre pela qualidade, confiabilidade e pelo atendimento personalizado e humanizado, levando para pacientes e médicos parceiros, diagnósticos precisos e especializados.

Referências:

Chow LQM. Head and Neck Cancer. N Engl J Med. 2020 Jan 2;382(1):60-72. doi: 10.1056/NEJMra1715715.

Johnson DE, Burtness B, Leemans CR, Lui VWY, Bauman JE, Grandis JR. Head and neck squamous cell carcinoma. Nat Rev Dis Primers. 2020 Nov 26;6(1):92. doi: 10.1038/s41572-020-00224-3

Mody MD, Rocco JW, Yom SS, Haddad RI, Saba NF. Head and neck cancer. Lancet. 2021 Dec 18;398(10318):2289-2299. doi: 10.1016/S0140-6736(21)01550-6

SBCO. Câncer de cabeça e pescoço. Disponível em: https://sbco.org.br/cancer-de-cabeca-e-pescoco-tudo-o-que-voce-precisa-saber/ Acesso em 05/07/2023

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

CRM/MT 4934 RQE 13657

Leucemia: o que é, diagnóstico e tratamento

A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

A medula óssea é o local de fabricação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.

Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas.

Existem mais de 12 tipos de leucemia, os grupos principais são divididos pela gravidade, sendo crônica ou aguda, linfoides ou mieloides (conforme os tipos de glóbulos brancos afetados). Esses grupos geram as seguintes combinações: Leucemia linfoide crônica (LLC); Leucemia mieloide crônica (LMC); Leucemia linfoide aguda (LLA); e Leucemia mieloide aguda (LMA).

Sintomas

Infecções graves recorrentes, anemia, cansaço, palidez, falta de energia, hemorragia na gengiva, sangue na urina e hematomas pelo corpo são possíveis sinais da leucemia.

Os sintomas no público infantil são semelhantes, mas, segundo levantamento da Abrale – Assoc. Brasileira de Linfoma e Leucemia, nesses casos as queixas mais comuns são febre, cansaço excessivo, dor das juntas e hematomas.

Diagnóstico

Um exame simples de sangue já pode dar uma pista de que algo não anda tão bem. Um hemograma alterado pode indicar um aumento do número de leucócitos (glóbulos brancos) associado ou não à diminuição das hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas.

A confirmação mesmo só vem com um exame da medula óssea, o mielograma, em que se retira sangue de dentro do osso para analisar as células mais de perto. Em alguns casos, é feita a biópsia da medula óssea.

Tratamento

Atualmente, há um arsenal terapêutico que torna o tratamento da leucemia menos duro e mais eficiente. Para alguns casos, já há tratamentos medicamentosos. Em outros, associa-se quimioterapia aos remédios.

O transplante de medula óssea é outra saída tanto para as leucemias agudas quanto para as crônicas. Contudo, só é indicado em situações específicas – como quando o paciente não responde bem ao tratamento convencional.

Câncer de ovário e suas características

Os ovários são os locais de produção de óvulos nas mulheres. Eles também são a principal fonte dos hormônios estrogênio e progesterona em mulheres na pré-menopausa.

Existem três tipos de tecido ovariano que podem produzir câncer: células epiteliais, que cobrem o ovário; células estromais, que produzem hormônios; e células germinativas, que se tornam óvulos (ovos). Cerca de 85 a 90% dos cânceres de ovário são carcinomas epiteliais.

E quais são os riscos para a doença?

O risco tem relação com o número de ciclos menstruais durante a vida de uma mulher. Não ter filhos, menarca precoce (antes dos 12 anos) e menopausa natural tardia (após os 55 anos) aumentam o risco de câncer de ovário.

Já para o menor risco, o inverso se aplica: ter filhos, menarca tardia e menopausa precoce, além da ligadura de trompas.

Há também as causas já conhecidas, que se aplicam às demais doenças, que são os hábitos pouco saudáveis em relação à alimentação e atividades físicas, assim como o tabagismo, além do histórico genético de câncer de ovário nos parentes de primeiro grau.

Sintomas

Dor e aumento do volume abdominal, perda de apetite e emagrecimento. Esses são os sintomas mais comuns do câncer de ovário, porém, não são específicos desse problema, serve apenas como um alerta de que algo não está bem.

Esse é um câncer normalmente silencioso e a única forma de diagnosticá-lo precocemente é ir ao médico assim que sentir qualquer diferença no corpo. O médico irá pedir exames de imagem e, caso encontre lesões suspeitas, solicita a biópsia para confirmar.  

Infelizmente, o câncer de ovário tem crescimento geralmente muito rápido, em especial o subtipo mais comum, o adenocarcinoma seroso de alto grau. Isso acontece com a maior parte dos tumores malignos.

Fontes: World Cancer Research Fund International e Instituto Nacional de Câncer (Inca)

As diferenças do câncer de mama em mulheres jovens e mais velhas

O câncer de mama surge com frequência em mulheres a partir dos 50 anos de idade e estima-se que 10% dos casos aconteçam antes dos 40 anos. “É um número significativo e, nos últimos anos, tem aumentado de maneira discreta, porém, considerável, destaca o médico mastologista Dr. Renato Menegaz.

A principal diferença entre os tumores de mama em mulheres jovens e mais velhas é que, normalmente, são mais agressivos nas jovens, especialmente abaixo dos 35 anos. Quase metade dessas mulheres têm a chamada mutação herdada, ou seja, o tumor não se origina de fatores adquiridos durante a vida.

Outra diferença está relacionada ao tratamento desses caso que, geralmente, são um pouco mais radicais do ponto de vista cirúrgico, em consideração à longa expectativa de vida dessas mulheres, diferente de pacientes com idade mais avançada.

Já a incidência do câncer de mama após a quinta década de vida é resultado de mutações genéticas provocadas por vários fatores, como sedentarismo, obesidade, tabagismo, abuso de álcool, etc.

Exames e rastreamento

O rastreamento é dividido em dois casos. Primeiro, a checagem da população normal ou chamada de risco habitual, que deve ser feita anualmente, a partir dos 40 anos, com a mamografia, sendo o ultrassom um exame complementar. Nas mulheres de alto risco – as que possuem parentes de primeiro grau que tiveram câncer de mama, especialmente na pré-menopausa – a prevenção deve começar mais precocemente.

Para esse rastreamento, há protocolos diferentes. A primeira mamografia deve ser feita a partir dos 30 anos ou 10 anos antes do caso de tumor de mama “mais jovem” da família, associada ao ultrassom e ressonância magnética. O histórico familiar também é indicativo para o aconselhamento genético, que significa a pesquisa de genes relacionados ao aumento do risco para o câncer de mama, entre eles BRCA1, BRCA2 e TP53.

Caso a paciente tenha herdado a mutação, além das medidas de prevenção secundária com os exames de imagem, são propostas as medidas de redução de risco, divididas em comportamentais e medidas redutoras de risco efetivas. A primeira sugere evitar medicações com hormônios femininos, como os anticoncepcionais, não fumar, não ingerir bebida alcoólica, controle de peso, dietas saudáveis e exercícios físicos. A segunda está relacionada à medicação e cirurgias como a adenomastectomia (retirada completa das mamas com imediata reconstrução com próteses mamárias) e retirada das trompas e ovários. Segundo estudos, a adenomastectomia é a medida mais eficaz, pois reduz em torno de 90% o risco de câncer de mama.

Um fator importante é que quanto mais jovem, mais densa (com mais glândulas) é a mama, e fica mais difícil detectar pequenos nódulos. Por esse motivo, os especialistas associam ao rastreamento a ressonância magnética, que é superior ao ultrassom. Ainda assim, esses são exames de triagem e não conclusivos, conforme explica o médico patologista, Dr. Marcos Michel Gromowski, diretor técnico do Célula Laboratório Médico. “Com as imagens, busca-se algo que necessite de biópsia e só após biopsiar é que se tem o laudo conclusivo de câncer ou não”.

Durante a cirurgia, colhe-se fragmentos ou parte da lesão e este material é encaminhado ao serviço de patologia. O médico patologista analisa estes fragmentos ao microscópio, confirmando ou não a presença de câncer. Se confirmado, é possível identificar o tipo e também complementar o diagnóstico com o exame de imuno-histoquímica, feito pelo patologista, para se ter mais dados do tumor que serão importantes para o tratamento.

Prevenção

Nascer mulher, histórico familiar e envelhecer são fatores de risco não modificáveis. No entanto, há muitos hábitos importantes na prevenção do câncer de mama. Uma das medidas já comprovadas é o Índice de Massa Corporal (IMC) adequado. Pacientes obesas têm mais recidivas (retorno do câncer) do que as não obesas. O mesmo se aplica ao tabagismo e álcool, além do uso de anticoncepcionais.

“Quando tratamos uma paciente jovem levamos em consideração que ela tem expectativa de vida longa, preocupação com a aparência corporal, autoestima. Mesmo com a necessidade de cirurgias, sempre priorizamos essas questões pra ela. E se a paciente ainda deseja engravidar, conduzimos o tratamento levando em conta essa possibilidade de reprodução”, destaca Dr. Renato.

Mulher, este é o seu mês! Olhe para você e previna-se

Neste mês de março, que é o Mês da Mulher, o Célula Laboratório Médico destaca a prevenção do câncer de colo do útero e ressalta: essa é a sua melhor escolha, sempre!

Também chamado de câncer cervical, o câncer de colo do útero é causado principalmente pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos), que ocorre por transmissão sexual. É o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

O câncer de colo do útero não apresenta sintomas no início e, quando eles aparecem, não são específicos e podem estar relacionados a outras doenças. O mais importante, no entanto, é estar sempre atenta ao seu corpo e, principalmente, ir ao médico ginecologista regularmente.

Não deixe de fazer, anualmente, o exame preventivo Papanicolaou, indicado para toda mulher que já iniciou a vida sexual e também para mulheres que não têm mais relações sexuais.

É através do Papanicolaou que o médico poderá iniciar o diagnóstico do câncer de colo do útero. Caso esse exame apresente alteração, é possível que o especialista também considere solicitar outros exames, como:

Captura híbrida – é um exame molecular capaz de diagnosticar o vírus do HPV ainda que não tenham aparecido os primeiros sintomas da doença. Permite identificar 18 tipos do HPV, dividindo-os em dois grupos, os de baixo risco (que não causam câncer) e os de alto risco (que podem causar câncer).

Biópsia do útero – é um exame de diagnóstico empregado na identificação laboratorial de possíveis alterações no tecido de revestimento do útero. Com o material coletado, o médico patologista fará o exame anatomopatológico que, posteriormente, será avaliado pelo ginecologista para iniciar o tratamento adequado.

Colabore com a sua saúde

– Use preservativos em suas relações sexuais (camisinha masculina ou feminina).

– Oriente-se sobre as vacinas contra o HPV, disponíveis para adolescentes e outros grupos no SUS e também na rede particular. As vacinas disponíveis no Brasil previnem os tipos oncogênicos do HPV (vacina bivalente e quadrivalente).

– Tenha um (a) médico ginecologista para chamar de seu, não espere ter sintomas para procurar ajuda.

O Célula Laboratório Médico conta com profissionais especializados que garantem diagnósticos precisos para tratamentos corretos. Nossa equipe técnica é formada pelo Médico Patologista e Diretor Técnico, Dr. Marcos Michel Gromowski, com experiência de 17 anos na especialidade e membro da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP); e Priscila Martinho de Oliveira, Bióloga, Citotécnica com curso de especialização pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), apta pela Sociedade Brasileira de Citopatologia (SBC) e com atuação de três anos no Hospital de Amor de Barretos.

Em 2020, o câncer de próstata pode chegar a mais de 65 mil novos casos no Brasil

Novembro é o mês dedicado ao alerta para a importância da conscientização a respeito de doenças masculinas, especialmente a prevenção do câncer de próstata, o mais frequente entre os homens brasileiros depois do câncer de pele.

Somente para 2020, são esperados 65.840 novos casos, porém, podem não ser diagnosticados a tempo por conta do isolamento social. No Brasil, houve uma queda de 70% das cirurgias oncológicas e uma queda de 50% a 90% das biópsias enviadas para análise, estimando-se que entre 50 mil a 90 mil brasileiros deixaram de receber diagnóstico de câncer nesse período*.

Sintomas e detecção precoce

A doença pode atingir cerca de 50% dos homens acima de 50 anos e provoca aumento da frequência urinária diurna, diminuição da força e do calibre do jato urinário, demora para iniciar a micção, sensação de urgência para urinar, entre outros sintomas.

Do tamanho de uma castanha e localizada abaixo da bexiga, a principal função da próstata é produzir uma secreção fluida para nutrição e transporte dos espermatozoides. Ao longo da vida a glândula pode desenvolver três doenças: a prostatite (inflamação), a hiperplasia prostática benigna – HPB (crescimento benigno) – e o câncer.

O câncer, por sua vez, não costuma apresentar sintomas em fases iniciais, quando em 90% dos casos pode ser curado se diagnosticado precocemente. Ao apresentar sintomas significa já estar numa fase mais avançada e pode causar vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina ou no sêmen.

Dois exames iniciais têm grande importância para o diagnóstico da doença: o exame de sangue, por meio do Antígeno Prostático Específico (PSA), e o exame de toque retal. Esses dois exames, quando associados, podem dar uma segurança de cerca de 90% ou mais, auxiliando no diagnóstico precoce da doença.

* Fonte: Dados levantados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) junto aos principais serviços de referência do país, nas redes pública e privada entre março e maio, comparado com o mesmo período do ano passado.

Fonte do texto: Portal da Urologia

Câncer de colo do útero – a prevenção é a sua melhor escolha!

Chegamos ao mês de março, o mês de homenagear as mulheres e de reforçar os cuidados com a saúde feminina, através da temática do Março Lilás, período em que se difunde a importância da prevenção ao câncer de colo do útero.

Também chamado de câncer cervical ou de colo uterino, é a quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A estimativa do Instituto para novos casos em 2020 é de 16.590. Apesar dos números, é possível evitar que o câncer de colo do útero aconteça ou se desenvolva, através da prevenção.

Papilomavírus Humano – HPV

Cerca de 90% dos casos de câncer de colo de útero estão relacionados ao HPV. Mais comum tipo de infecção sexualmente transmissível em todo o mundo, o vírus HPV atinge de forma massiva as mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% delas irá desenvolver câncer de colo uterino em um prazo de dois a dez anos, uma taxa que preocupa os especialistas.

Por isso, a prevenção é uma das principais aliadas.  A vacina contra o HPV representa a melhor forma de prevenção primária. Ela resulta numa resposta imune 10 vezes mais eficiente que a viral e está disponível contra os seguintes subtipos: vacina bivalente contra HPV 16 e 18; vacina quadrivalente contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina nonavalente que inclui mais 5 subtipos oncogênicos: o 31, 33, 45, 52 e 58.

Seja mulher, previna-se

Em complemento à prevenção primária, é importante ressaltar os exames periódicos para detecção da doença. Quando o câncer cervical é diagnosticado precocemente, é possível que haja uma redução de até 80% de mortalidade. Considerando que o tumor de colo do útero é uma doença com sintomas silenciosos, muitas vezes as mulheres perdem a chance de descobrir a condição ainda na fase inicial. Portanto, mulheres, realizem os exames como o Papanicolau periodicamente, para que aumentem as chances de a doença ser diagnosticada precocemente.

 

Fontes:

Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Paranashop

Dezembro Laranja e o combate ao câncer de pele

Dezembro chegou e continua colorido! Mês de verão, mês da cor do sol e período em que se alerta sobre a prevenção do câncer de pele. Este é o tipo de câncer mais frequente no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), e corresponde a 33% dos diagnósticos.

A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Eles podem ser divididos em dois tipos: melanoma e não melanoma.

O câncer de pele não melanoma apresenta altos percentuais de cura se for detectado e tratado precocemente. Se não tratado adequadamente, pode deixar mutilações bastante expressivas. Mais comum em pessoas com mais de 40 anos, ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas, podendo destruir estas estruturas.

O câncer de pele melanoma é mais comum em adultos brancos e pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Nos indivíduos de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. É o tipo mais grave, devido a sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos). O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial.

O câncer de pele é raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas, porém, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes vem diminuindo. Os sintomas são: manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. De acordo com o Inca, cerca de 165.580 pessoas por ano são acometidas com a doença, sendo 85.170 homens e 80.410 mulheres.

Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, porém, algumas características podem ajudar a população a identificar a doença, como:

  • Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
  • Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
  • Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

Conhecer bem a sua pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade.

Prevenção do câncer de pele

Para qualquer idade e tipo de pele, os cuidados são os mesmos: evitar a exposição excessiva aos raios solares, principalmente das 10h às 16h, em todas as estações do ano.

Confira algumas medidas de prevenção:

– Usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares.

– Cubra as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas.

– Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16 horas (horário de verão).

– Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.

– Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.  Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.

– Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.

– Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.

 

Fonte: Inca e UOL

Novembro Azul alerta para os cuidados com a saúde do homem

Inicia hoje o Novembro Azul, o mês mundial de conscientização sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata e também para a saúde do homem de forma geral. O câncer de próstata é a segunda maior causa de morte por câncer em homens no Brasil. A cada ano, são estimados em torno de 68 mil novos casos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Como é a próstata e para o que ela serve?

A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino responsável por produzir uma secreção fluida para nutrição e transporte dos espermatozoides. Situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto, sendo atravessada pela uretra, canal que se estende desde a bexiga até a extremidade do pênis e por onde a urina é eliminada.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que os homens, a partir da puberdade, procurem um profissional especializado para avaliação individualizada. O início da avaliação do risco de câncer da próstata começa aos 50 anos e, naqueles da raça negra, obesos mórbidos ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata, essa avaliação deve iniciar antes, aos 45 anos.

“É importante esclarecer que, além do câncer, a próstata pode apresentar outros problemas como seu crescimento benigno, que atinge cerca de 50% dos homens acima de 50 anos, gerando dificuldade de micção, e a prostatite, que é a inflamação da glândula. Assim, a avaliação da próstata é importante”, destaca o presidente da SBU, Dr. Sebastião Westphal, em matéria divulgada no site da entidade.

Como é diagnosticado o câncer de próstata?

O diagnóstico do câncer de próstata é feito exclusivamente através da biópsia da próstata, realizada pelo médico patologista. E para indicar a necessidade da biópsia, o urologista precisa levar em consideração vários fatores, dentre eles o toque retal. A finalidade desse exame é detectar qualquer alteração na próstata (endurecimento, nódulos) que possa estar relacionada com a presença do câncer.

Apesar de desconfortável, é parte fundamental da avaliação prostática, servindo também para auxiliar na decisão da melhor forma de tratamento, caso o câncer esteja presente. O PSA é o marcador mais utilizado no auxílio ao diagnóstico de câncer de próstata. Isoladamente, o PSA elevado não significa necessariamente que o indivíduo tem câncer de próstata, por isso a necessidade do toque retal. Ou seja, os exames são complementares, e mesmo que um deles não acuse a doença, o outro pode indicar.

Tratamento do câncer de próstata

Muitos homens têm medo do diagnóstico de câncer, porém, a medicina tem evoluído para proporcionar aos pacientes tratamentos menos invasivos e cada vez mais eficazes. Atualmente é priorizada a separação entre identificação de um tumor na próstata e a necessidade de tratá-lo, evitando tratamentos agressivos para doenças de baixo risco de progressão e reduzindo o “supertratamento” ou tratamentos desnecessários.

Também existem novidades como a utilização de exames de imagem em paciente com indicação clínica para biópsia, como a ressonância magnética multiparamétrica, que podem indicar a probabilidade de encontrar um câncer de próstata significativo utilizando a mais recente escala PI-RADS 2.1. Esse exame já foi incorporado na maioria das diretrizes internacionais e está chegando aos consultórios brasileiros.

Prevenção

Não há uma prevenção exata do câncer de próstata. O termo “prevenir a doença”, quando utilizado, refere-se a uma série de medidas que visam na verdade fazer um diagnóstico precoce da doença, detectá-la em estágios iniciais, o que aumenta muito as chances de cura.

E por falar em doença, a campanha Novembro Azul serve, como citamos, para alertar o homem não só para a próstata, mas também para outros cuidados com a sua saúde. É fundamental visitar periodicamente o médico para realização de exames, manter uma alimentação saudável e ser fisicamente ativo e ainda não fumar. Então já sabe, seja herói da sua saúde!

 

#NovembroAzul

Nós apoiamos essa causa!

 

Texto com informações da Sociedade Brasileira de Urologia

Outubro e a conscientização da prevenção do câncer de mama

Chegamos ao mês de outubro! Com ele chegou também mais uma campanha de prevenção ao câncer de mama, um dos tipos que mais atinge as mulheres. O câncer de mama se caracteriza pela proliferação anormal, de forma rápida e desordenada, das células do tecido mamário. A doença se desenvolve em decorrência de alterações genéticas, porém, isso não significa que os tumores da mama são sempre hereditários.

De acordo com o Instituo Nacional do Câncer (Inca), depois do câncer de pele não melanoma, o de mama é a doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Mas no Brasil, esse percentual é de 29%. Para o ano de 2018, o Instituto estimou 59.700 novos casos em mulheres brasileiras. Para 2019, os números ainda não estão consolidados.

Prevenção

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:

Praticar atividade física;

Alimentar-se de forma saudável;

Manter o peso corporal adequado;

Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;

Amamentar

Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.

Detecção precoce

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias.

Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

A mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) deve ser feita uma vez ao ano, a partir dos 40 anos de idade. Esse é o método que consegue identificar alterações ainda pequenas.

Hereditariedade

As alterações nos genes podem ser herdadas (casos dos cânceres hereditários) ou adquiridas. O câncer de mama hereditário corresponde a cerca de 5% a 10% dos casos, ou seja, quando existem parentes de primeiro grau com a doença. Portanto, 90% dos casos de câncer de mama não têm origem hereditária.

As alterações genéticas, que são chamadas mutações, podem ser determinadas por vários fatores, entre eles: exposição a hormônios (estrogênios), irradiação na parede torácica para tratamento de linfomas, excesso de peso, ausência de atividade física, excesso de ingestão de gordura saturada e álcool.

 

Fontes: Instituto Nacional do Câncer (Inca) e Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)