Setembro Amarelo – Falar é a melhor solução

A cada 45 minutos um brasileiro tira a própria vida. Esse número já deveria ser suficiente para estimular as pessoas a se mobilizarem pela prevenção dessas mortes precoces, mas apesar dos avanços, os tabus, preconceitos e vergonhas ainda são adversários nessa luta.

Durante todo o mês de setembro diversas ações estão sendo vistas em todo o Brasil, em um movimento chamado de Setembro Amarelo, para chamar a atenção da população para esse problema. O suicídio é um assunto complexo, pois ninguém se mata por um único motivo, mas a prevenção é possível e algumas ações podem ser feitas por todas as pessoas. Permitir que as pessoas desabafem e falem sobre seus sentimentos sem receber críticas é um meio de evitar que se pense na morte como solução para as dores.

A morte em si já é um tabu. Morte por suicídio costuma ser ainda mais, pois toca em questões de escolhas, crenças e barreiras sociais. Nesse sentido, muitas vezes há pouco debate e divulgação. Em junho deste ano, o Centro de Valorização da Vida (CVV), uma das entidades que lançou o Setembro Amarelo no Brasil em 2015, lançou uma série de vídeos para se prevenir o suicídio entre jovens e adolescentes, faixa etária em que mais cresceram os índices de suicídio no país. É uma iniciativa para permitir que toda a população se engaje na causa e possa se capacitar para identificar sinais, pedir e oferecer ajuda. Os vídeos estão disponíveis no YouTube e para download no site do CVV.

Neste ano, diversos fatores levam a crer que o movimento Setembro Amarelo terá alcance recorde. A começar pelo fato de que o CVV chegou a 110 postos de atendimento em todo o país, com mais de 3.000 voluntários em atuação. O movimento, no entanto, não é do CVV, mas o CVV é um dos seus mobilizadores desde o início. Quanto mais pessoas participarem das iniciativas, melhor para todos. Exemplos de ações são a iluminação em amarelo de prédios e monumentos, caminhadas e passeios ciclísticos, palestras e rodas de debate, ações dentro de empresas e distribuição de balões amarelos.

Durante todo esse mês, as diversas ações serão compartilhadas nas mídias sociais do movimento (Facebook e Instagram) identificados como @setembroamarelo, e também nos perfis oficiais do CVV (@cvvoficial). Fotos e vídeos de iniciativas por todo o país podem ser enviadas para esses canais para estimularem mais pessoas a aderirem na causa.

Fonte: Da Redação – CVV

O Célula Laboratório Médico oferece exame de citologia, saiba o que é

O exame de citologia ou exame citológico de líquidos é realizado para avaliar as alterações celulares em líquidos e secreções do corpo. Através do estudo de células que estão na amostra levada ao microscópio, pode ser detectado a presença de sinais de inflamação, infecção, sangramentos ou de câncer.

Com o exame de citologia é possível analisar o conteúdo de cistos, nódulos, líquidos incomuns que se acumulam em cavidades do corpo ou de secreções anormais como escarros. Além dessas indicações, o exame também serve para pesquisar especificamente a presença de células cancerígenas e, neste caso, é chamado de citologia oncótica.

Citologia de PAAF

Há cinco principais tipos de exames de citologia, sendo: citologia aspirativa da tireoide, citologia aspirativa da mama, citologia do colo do útero (Papanicolaou), citologia de secreções respiratórias e citologia de fluidos corporais.

Para exemplificar melhor, podemos abordar o exame de citologia de punção aspirativa por agulha fina da tireoide (PAAF), já que estamos na campanha Julho Verde, de combate ao câncer de cabeça e pescoço.

A citologia de punção aspirativa por agulha fina da tireoide (PAAF) é um exame muito importante para avaliar nódulos e cistos da tireoide, pois é capaz de indicar se é uma lesão benigna ou maligna.

Para realizar este exame, o médico irá puncionar o nódulo, podendo ser guiado pela ultrassonografia, e obter amostras das células que o compõem. Em seguida, o esfregaço é colocado em uma lâmina para que seja analisado em um microscópio, pelo médico patologista, podendo-se observar se as células têm características anômalas que podem sugerir câncer.

Desta forma, a citologia de punção aspirativa é útil para orientar a melhor forma de tratamento para um nódulo, indicando a necessidade de apenas acompanhamento, nos casos benignos, ou de cirurgia para remover a tireoide, nos casos suspeitos de malignidade, assim como a quimioterapia, caso seja identificado o câncer.

Campanha Julho Verde e o combate do câncer de cabeça e pescoço

No dia 27 de julho é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. Por isso, em todo o mundo, o mês é chamado de Julho Verde, período em que a conscientização sobre esse câncer é feita, através de eventos, mutirões de exames, palestras, entre outras formas de esclarecer a população.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) deu início a sua campanha Julho Verde, junto com a Associação do Câncer de Boca e Garganta (ACBG) e instituições parceiras. Na 4ª edição, traz o slogan: “O câncer tá na cara, mas às vezes você não vê”, e as entidades querem alertar a população aos primeiros sinais e cuidados.

O que é o câncer de cabeça e pescoço?

Conforme informações da SBCCP, o câncer de cabeça e pescoço são tumores que nascem nas regiões aerodigestivas (amígdalas, boca, bochechas, faringe, gengivas, laringe, língua e seios paranasais) e podem ser prevenidos. Atenção deve ser dada a feridas na boca ou na pele que não cicatrizam, mau hálito frequente, garganta irritada, dificuldade para mastigar ou engolir e rouquidão por mais de duas semanas.

Incidência

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que a cada ano sejam diagnosticados 640 mil novos casos de câncer, sendo o de cabeça e pescoço o segundo mais recorrente em homens (8,9%) e o quarto com mais incidência em mulheres (6,3%), com exceção do câncer de pele não melanoma, que também é considerado câncer de cabeça e pescoço e um dos que mais matam a população.

Ainda segundo o INCA, é esperado a cada ano cerca de 43 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil. São 10 mil mortes ao ano, decorrentes do câncer de laringe e cavidade oral. Tudo isso decorrente do diagnóstico tardio. Para mudar essa realidade, a SBCCP quer orientar a população a estar atenta aos primeiros sinais. Para detectar, procure, o quanto antes, um médico especialista de cabeça e pescoço. Este tipo de câncer, se tratado tardiamente, deixa sequelas e o tratamento fica muito caro.

Prevenção

Mudanças de hábitos, como alimentação saudável, prática de exercícios físicos, ter uma boa higiene pessoal, cuidados com exposição solar, consultar periodicamente um dentista, fazer a vacina contra o HPV (papilomavírus humano), não fumar, consumir bebida alcoólica com moderação e manter relações sexuais com preservativos podem contribuir e muito para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço. No entanto, tabaco e bebida alcoólica são os principais fatores de risco, pois essa associação aumenta em 10 vezes a chance desse câncer.

 

Com informação da SBCCP

Entenda o que é a leucemia

A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Ou seja, tudo começa na medula óssea, que é um líquido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos e produz os componentes do sangue, que são:

  • hemácias (ou glóbulos vermelhos, responsáveis pelo oxigênio de nosso organismo);
  • leucócitos (ou glóbulos brancos, que combatem as infecções);
  • plaquetas (responsáveis pela coagulação do sangue, evitando hemorragias).

 

Os tipos mais comuns de leucemia no Brasil

Dos cânceres do sangue, a leucemia é um dos mais conhecidos, e pode ser dividida em dois grandes grupos: mieloide e linfoide. As que afetam as células linfoides são chamadas de leucemia linfoide, linfocítica ou linfoblástica. Já as que afetam as células mieloides são chamadas de leucemia mieloide ou mieloblástica.

Ainda nessa divisão, as leucemias também podem ser agudas, quando há o crescimento rápido de células imaturas (leucemia linfoide aguda e leucemia mieloide aguda), ou crônicas (leucemia linfoide crônica e leucemia mieloide crônica), caracterizadas pelo aumento das células maduras, mas anormais.

Quanto maior a idade, maior o risco de desenvolver as versões crônicas da leucemia mieloide e linfoide. As agudas, por sua vez, são as mais frequentes em crianças e adolescentes, embora também apareçam na vida adulta.

Sintomas

Com a redução dos glóbulos vermelhos, o indivíduo com leucemia apresenta anemia que, por sua vez, pode sentir fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, entre outros sintomas. A diminuição dos glóbulos brancos provoca baixa da imunidade, o que deixa o organismo mais sujeito a infecções graves ou recorrentes. E a redução das plaquetas ocasiona sangramentos, sendo os mais comuns nas gengivas e pelo nariz, e manchas roxas e/ou pontos roxos na pele.

O paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado); dores nos ossos e nas articulações. Caso a doença afete o Sistema Nervoso Central (SNC), podem surgir dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.

Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que sejam investigados por um médico. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e a classificação da leucemia.

A importância da detecção precoce da leucemia

A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), não há evidência científica de que o rastreamento das leucemias traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.

Veja mais informações sobre riscos, prevenção, tipos e subtipos da leucemia, diagnóstico e tratamento, acessando o site do Inca.

 

Fonte: Instituto Nacional do Câncer (Inca)