Novo protocolo de rastreamento do câncer de colo do útero: PCR para HPV

Desde novembro de 2024, o Brasil adotou um novo protocolo para o rastreamento do câncer de colo do útero, trazendo mudanças significativas na forma como a doença é detectada precocemente. O Ministério da Saúde passou a recomendar que os testes moleculares para detecção do DNA do HPV oncogênico sejam a principal ferramenta para identificar mulheres em risco. O exame de PCR para HPV, que analisa o material genético do vírus, agora substitui o tradicional exame de Papanicolau (citologia) como método primário de rastreamento.

A principal vantagem desse novo protocolo está na maior precisão do exame de PCR para HPV, que identifica a presença do vírus antes mesmo de surgirem alterações nas células do colo do útero. Além disso, a diretriz estabelece um novo critério de encaminhamento: se o resultado do exame indicar a presença dos tipos HPV 16 ou 18, a paciente deve ser encaminhada diretamente para colposcopia, mesmo que a citologia não aponte alterações. Essa mudança reduz o risco de atrasos no diagnóstico e no tratamento, garantindo uma abordagem mais eficaz para prevenir o câncer​.

Por que o rastreamento do câncer do colo do útero é tão importante?

O câncer do colo do útero é uma das principais causas de morte por câncer entre as mulheres no Brasil. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados mais de 17 mil novos casos por ano entre 2023 e 2025. A doença é causada, na maioria dos casos, por infecções persistentes pelo papilomavírus humano (HPV), especialmente os subtipos 16 e 18, considerados de alto risco oncogênico.

A infecção pelo HPV é muito comum, e a maioria das pessoas entrará em contato com o vírus em algum momento da vida. Na maioria dos casos, o sistema imunológico consegue eliminar o vírus espontaneamente. No entanto, em algumas mulheres, a infecção persiste e pode levar ao desenvolvimento de lesões precursoras que, se não tratadas, podem evoluir para o câncer​.

PCR para HPV: um exame mais preciso e eficaz

Até recentemente, o exame de Papanicolaou era o principal método utilizado para rastrear a doença. Esse exame identifica alterações celulares causadas pelo HPV e precisa ser repetido regularmente, pois sua sensibilidade pode variar. Muitas vezes, pequenas lesões iniciais não são detectadas na primeira avaliação, e a paciente precisa repetir o exame periodicamente.

Com a introdução do exame de PCR para HPV, o rastreamento se tornou mais preciso e eficiente. Esse exame identifica diretamente o DNA do vírus no material coletado do colo do útero, permitindo um diagnóstico mais precoce e confiável. Diferente da citologia, que só detecta alterações quando elas já estão presentes nas células, o teste molecular consegue identificar o HPV antes mesmo de causar qualquer alteração celular, permitindo um acompanhamento mais seguro das mulheres infectadas​.

Mudança nas diretrizes: quem deve ser encaminhado para colposcopia?

O novo protocolo estabelece uma diferença importante no encaminhamento das mulheres que testam positivo para o HPV. Antes, mesmo nos casos em que o HPV 16 ou 18 era detectado, a paciente ainda precisava realizar uma citologia para confirmar a presença de alterações celulares antes de ser encaminhada para investigação mais detalhada.

Agora, a nova recomendação é clara: se o teste de PCR para HPV detectar os tipos 16 ou 18, a mulher deve ser encaminhada diretamente para colposcopia, independentemente do resultado da citologia. Isso ocorre porque esses dois subtipos virais são os que apresentam maior risco de evolução para o câncer, tornando necessário um acompanhamento mais rigoroso​.

Já quando o exame de PCR detecta outros tipos de HPV de alto risco, como os subtipos 31, 33, 45, 52 e 58, a recomendação é diferente. Nesses casos, a paciente deve realizar um exame de citologia reflexa, ou seja, a análise das células presentes na mesma amostra coletada. Se a citologia indicar alguma alteração, a paciente também será encaminhada para colposcopia. Se o exame citológico não apontar alterações, a recomendação é repetir o exame de PCR em 12 meses​.

Além disso, as novas diretrizes estabelecem que o rastreamento deve começar aos 25 anos e se estender até os 64 anos. Mulheres acima dessa faixa etária podem encerrar o rastreamento caso tenham dois exames negativos consecutivos, indicando baixo risco para a doença​.

Diante das novas recomendações, a realização do exame de PCR para HPV tornou-se uma ferramenta indispensável na detecção precoce do câncer do colo do útero. O Célula Laboratório Médico oferece esse exame com alta precisão e confiabilidade, permitindo que as mulheres façam o rastreamento da maneira mais eficaz disponível atualmente.

Se você tem 25 anos ou mais, não adie esse cuidado. Realize seu exame de PCR para HPV no Célula Laboratório Médico e proteja sua saúde! Quanto mais cedo o vírus for identificado, maiores são as chances de prevenção e tratamento precoce.

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

CRM/MT 4934 RQE 13657

Referências

Ministério da Saúde. Relatório de Recomendação. Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero: Parte I – Rastreamento organizado utilizando testes moleculares para detecção de DNA-HPV oncogênico. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/images/2024/relatorio-preliminar-diretrizes-brasileiras-para-o-rastreamento-do-cancer-do-colo-do-utero-parte-i-rastreamento-organizado-utilizando-testes-moleculares-para-deteccao-de-dna-hpv-oncogenico.pdf. Acesso em: 28/02/2025.

Instituto Nacional de Câncer (INCA). Incidência. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/dados-e-numeros/incidencia. Acesso em: 28/02/2025.

Leucemia: entenda a doença, seus sintomas, diagnóstico e tratamento

A leucemia é um tipo de câncer que afeta a medula óssea, órgão responsável pela produção das células do sangue, como glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas. A doença é caracterizada pela produção descontrolada de células anormais, chamadas blastos, que se acumulam na medula e substituem as células saudáveis. Esses blastos não desempenham as funções normais das células sanguíneas, comprometendo gravemente o sistema imunológico e aumentando a susceptibilidade a infecções.

Embora as causas exatas não sejam totalmente conhecidas, fatores como mutações genéticas, exposição à radiação e produtos químicos, como o benzeno, podem aumentar os riscos de desenvolver a doença.

Quais os tipos de leucemia

Existem quatro principais tipos de leucemia, classificados de acordo com as células afetadas e a progressão da doença. A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) ocorre principalmente em idosos, mas também pode acometer crianças e adultos. Já a Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é mais comum em adultos e frequentemente diagnosticada em exames de rotina, devido à sua evolução lenta. A Leucemia Linfoide Aguda (LLA), por sua vez, é o tipo mais prevalente em crianças, enquanto a Leucemia Linfoide Crônica (LLC) afeta, predominantemente, pessoas com mais de 55 anos.

Como identificar os sinais da leucemia?

Os sintomas da leucemia variam conforme o tipo e a velocidade de progressão da doença. Nas leucemias agudas, os sinais se manifestam rapidamente e incluem:

  • Anemia: cansaço extremo e palidez, causados pela queda na produção de glóbulos vermelhos.
  • Febre e infecções frequentes: devido à redução de glóbulos brancos saudáveis, que enfraquece a imunidade.
  • Sangramentos espontâneos e manchas roxas: sinais de baixa contagem de plaquetas, essenciais para a coagulação.

Nas leucemias crônicas, os sintomas são mais sutis e podem evoluir lentamente. Entre os sinais mais comuns estão: cansaço persistente, alta contagem de leucócitos no hemograma e sangramentos leves. Além disso, pode haver aumento do baço ou do fígado, causando desconforto abdominal. Devido à evolução gradual, muitos casos de leucemia crônica só são detectados em exames laboratoriais de rotina.

O papel do médico patologista no diagnóstico

A identificação precoce da leucemia é extremamente importante para o sucesso do tratamento, e o diagnóstico começa com a análise detalhada de um hemograma. Este exame pode indicar alterações como anemia, baixa contagem de plaquetas e presença de blastos no sangue periférico. Quando essas alterações são detectadas, o médico hematologista solicita exames complementares, que desempenham um papel essencial na confirmação e classificação da doença.

Entre os principais exames diagnósticos estão:

  1. Punção aspirativa da medula óssea e mielograma: avaliam diretamente as células da medula óssea, determinando o tipo de leucemia.
  2. Citogenética e análise molecular: detectam mutações genéticas específicas, como a fusão BCR-ABL na LMC, importante para direcionar o tratamento.
  3. Imunofenotipagem: identifica as características das células leucêmicas, ajudando na diferenciação entre tipos de leucemia.

Os médicos patologistas desempenham um papel importante em todas as etapas do diagnóstico e monitoramento da leucemia. São responsáveis por realizar e interpretar exames complementares, como o mielograma e a imunofenotipagem, que ajudam a determinar o tipo exato de leucemia e a classificar sua gravidade.

Além disso, os médicos patologistas colaboram no acompanhamento da resposta ao tratamento, avaliando periodicamente as condições da medula óssea. Essa análise é crucial para ajustar terapias de forma personalizada e garantir melhores resultados, consolidando o papel desses profissionais como parte indispensável da equipe médica.

Tratamento personalizado para cada tipo de leucemia

O tratamento da leucemia varia conforme o tipo e a gravidade da doença. Nas leucemias agudas, a quimioterapia é a principal abordagem, sendo frequentemente combinada com terapias alvo-específicas para melhorar os resultados. Em casos graves, o transplante de medula óssea pode ser necessário para substituir a medula afetada por células saudáveis de um doador compatível. Nesse contexto, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) é uma iniciativa que conecta pacientes a potenciais doadores.

Nas leucemias crônicas, os medicamentos direcionados, como os inibidores de tirosina quinase para LMC, permitem o controle da doença com o uso diário de comprimidos. Essas terapias têm transformado o tratamento, proporcionando maior qualidade de vida aos pacientes. Para muitas pessoas, a leucemia crônica é tratada como uma condição controlável ao longo do tempo, com acompanhamento médico regular.

A importância do diagnóstico

Conscientizar a população sobre os sinais e a importância do diagnóstico precoce da leucemia é a melhor estratégia para melhorar as taxas de sucesso do tratamento. Médicos patologistas e laboratórios especializados têm papel central nessa missão, oferecendo tecnologia de ponta para identificar alterações com precisão.

Se você ou alguém que conhece apresenta sintomas relacionados à leucemia, procure um médico e faça os exames necessários.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

 

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

CRM/MT 4934 RQE 13657

 

Referências

Abrale. Leucemias: saiba tudo sobre todos os tipos de Leucemias. Disponível em: https://abrale.org.br/doencas/leucemia/. Acesso em: 24/01/2025.

Ministério da Saúde. Leucemia. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/leucemia.  Acesso em: 24/01/2025.

Mayo Clinic. Leukemia. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/leukemia/symptoms-causes/syc-20374373.  Acesso em: 24/05/2025.

Câncer de colo do útero: o papel do médico patologista no diagnóstico

O câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é uma das neoplasias mais frequentes entre as mulheres e um desafio de saúde pública no Brasil. A doença, que se desenvolve a partir de alterações celulares na região do colo do útero, está fortemente associada à infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV).

Apesar de sua gravidade, é amplamente prevenível e tratável quando detectada precocemente. Este conteúdo, aborda as causas, os fatores de risco, as estratégias de prevenção, o papel do médico patologista no diagnóstico e as técnicas utilizadas para identificar a doença em suas fases iniciais.

Câncer de colo de útero no Brasil

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 17.010 novos casos de câncer de colo do útero por ano no Brasil. Esses números evidenciam a relevância do tema, especialmente considerando que a maior parte dos casos e óbitos ocorre em populações vulneráveis, como mulheres de baixa renda e com acesso limitado a serviços de saúde.

O câncer de colo do útero é mais comum entre mulheres com idade entre 40 e 60 anos, mas pode se manifestar mais cedo em alguns casos. Em estágios iniciais, a doença é silenciosa, o que reforça a necessidade de medidas preventivas e rastreamento periódico.

O papel do médico patologista no diagnóstico

O diagnóstico precoce do câncer de colo do útero depende diretamente do trabalho do médico patologista, que atua na análise detalhada das amostras coletadas durante o exame preventivo (Papanicolaou) e outros procedimentos diagnósticos, como a biópsia e a colposcopia.

O patologista é o responsável por identificar alterações celulares sugestivas de lesões precursoras ou câncer, utilizando técnicas avançadas de citopatologia e histopatologia. Sua expertise permite não apenas confirmar a presença de alterações, mas também classificar a gravidade das lesões, determinando se são de baixo ou alto grau, ou mesmo se já há evolução para o câncer invasivo.

Esse profissional desempenha um papel importante também no diagnóstico diferencial, ajudando a distinguir entre alterações benignas e malignas. Além disso, a análise patológica fornece informações assertivas para a definição do estágio da doença, guiando o médico ginecologista na escolha do tratamento mais adequado.

HPV e os fatores de risco para o câncer de colo de útero

A principal causa do câncer de colo de útero é a infecção pelo HPV, especialmente pelos subtipos 16 e 18, considerados de alto risco para o desenvolvimento da doença. O HPV é transmitido principalmente por contato sexual, embora o uso de preservativos reduza parcialmente as chances de contágio.

Outros fatores que aumentam o risco incluem:

  • Início precoce da atividade sexual.
  • Múltiplos parceiros ao longo da vida.
  • Tabagismo, que pode dobrar as chances de desenvolvimento do câncer.
  • Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.
  • Baixa imunidade, como em pacientes com HIV ou em tratamento de doenças autoimunes.

As lesões precursoras do câncer de colo de útero, conhecidas como neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC), podem levar de 10 a 20 anos para evoluir para o câncer, o que torna o rastreamento regular uma estratégia eficaz para interromper a progressão da doença.

Como prevenir o câncer de colo de útero?

A prevenção primária contra o câncer de colo de útero está relacionada à vacinação contra o HPV e ao estímulo de práticas sexuais seguras. Desde 2014, o Ministério da Saúde disponibiliza a vacina contra o HPV para meninas e meninos, ampliando a proteção contra os subtipos mais associados ao câncer. A vacina, no entanto, não protege contra todos os tipos oncogênicos do vírus, o que reforça a necessidade do exame preventivo mesmo para mulheres vacinadas.
Além disso, o exame preventivo, conhecido como Papanicolaou, é uma ferramenta indispensável para a detecção de lesões precursoras. Realizado em unidades de saúde públicas e privadas, o teste é simples, rápido e amplamente recomendado para mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram vida sexual.

Importância do diagnóstico precoce

O exame Papanicolaou é considerado a principal técnica de rastreamento do câncer de colo do útero. Durante o procedimento, uma amostra de células é coletada do colo do útero para análise citopatológica realizada por médicos patologistas. Esse processo permite identificar alterações celulares antes do surgimento do câncer.

Casos com alterações detectadas no exame preventivo podem exigir exames complementares, como colposcopia e biópsia. A biópsia, em especial, é analisada em laboratório por patologistas, que investigam minuciosamente os tecidos para confirmar o diagnóstico. Além disso, o patologista desempenha um papel fundamental na identificação de subtipos específicos de HPV, utilizando técnicas moleculares avançadas que ajudam a direcionar o manejo clínico.

Nos últimos anos, a testagem molecular para HPV foi incorporada como uma estratégia complementar ao Papanicolaou. Esse método identifica a presença de subtipos de alto risco do vírus e é recomendado em intervalos de até cinco anos, aumentando a eficácia do rastreamento.

Como tratar o câncer de colo de útero?

O tratamento para o câncer de colo de útero depende do estágio da doença. Lesões precursoras podem ser tratadas de forma ambulatorial, enquanto casos mais avançados podem exigir cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. A escolha do tratamento considera fatores como idade, desejo de ter filhos e estado de saúde da paciente.

Após o tratamento, o acompanhamento é indispensável para monitorar a recuperação e prevenir recidivas. Nos dois primeiros anos, consultas devem ser realizadas a cada 3 ou 4 meses, tornando-se anuais após o quinto ano. O cuidado contínuo inclui exames regulares e adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e interrupção do tabagismo.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

 

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Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

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Referências

Instituto Nacional de Câncer – INCA. Câncer do colo do útero. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/colo-do-utero. Acesso em: 28/11/2024.

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. Como é o diagnóstico do câncer do colo de útero? Disponível em: https://sbco.org.br/como-e-o-diagnostico-do-cancer-do-colo-de-utero/. Acesso em: 28/11/2024.

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – CONITEC. Prevenção de câncer de colo de útero: Ministério da Saúde incorpora teste inovador para detecção do HPV em mulheres. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/assuntos/noticias/2024/marco/prevencao-de-cancer-de-colo-de-utero-ministerio-da-saude-incorpora-teste-inovador-para-deteccao-do-hpv-em-mulheres. Acesso em: 28/11/2024.

 

Diagnóstico molecular: um aliado no combate às ISTs

O diagnóstico molecular, em especial a técnica de PCR em tempo real, está transformando a abordagem das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Com resultados rápidos, sensíveis e precisos, essa tecnologia tem se consolidado como uma ferramenta indispensável no enfrentamento de um dos maiores desafios da saúde público.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que mais de um milhão de novas ISTs são adquiridas diariamente no mundo, muitas delas assintomáticas. No Brasil, as estatísticas também são alarmantes, com milhares de novos casos de sífilis, gonorreia e HPV registrados anualmente.

Nesse cenário, o diagnóstico molecular se apresenta como uma solução prática e eficiente, com impacto direto na qualidade do atendimento ao paciente e na redução da cadeia de transmissão.

O que é o diagnóstico molecular e como ele funciona?

A técnica de PCR em tempo real consegue identificar o material genético de diferentes patógenos em uma única amostra biológica, utilizando métodos altamente sensíveis e específicos. Diferentemente dos exames tradicionais, que podem levar dias ou até semanas para apresentar resultados, a PCR entrega respostas em um curto espaço de tempo. Isso é particularmente útil no diagnóstico precoce de ISTs, permitindo intervenções rápidas e eficazes.

Entre os exames disponíveis, destacam-se os painéis moleculares, que investigam simultaneamente patógenos como Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma genitalium, Trichomonas vaginalis e outros agentes relacionados a infecções genitais. Esses testes podem ser realizados com diferentes tipos de amostras, como urina de primeiro jato, raspados endocervicais, vaginais, retais e até orofaríngeos (nariz e boca), adaptando-se às necessidades clínicas de cada paciente.

Benefícios do diagnóstico molecular no tratamento de ISTs

O diagnóstico molecular traz uma série de vantagens em comparação com os métodos convencionais. Entre elas estão:

● Rapidez: os resultados podem ser obtidos em poucos dias, acelerando o início do tratamento.

● Alta sensibilidade e especificidade: a tecnologia é capaz de detectar patógenos em quantidades mínimas, mesmo em pacientes assintomáticos.

● Capacidade de diagnóstico diferencial: ao investigar múltiplos agentes em uma única amostra, os painéis moleculares oferecem uma visão abrangente da infecção, auxiliando na escolha do tratamento mais adequado.

● Prevenção da resistência antimicrobiana: ao identificar o agente causador com precisão, evita-se o uso indiscriminado de antibióticos.

Essas características tornam a PCR em tempo real uma aliada no combate às complicações associadas às ISTs, como infertilidade, doença inflamatória pélvica e aumento do risco de infecções secundárias, incluindo o HIV. Nesse contexto, a interpretação criteriosa do médico patologista é essencial para garantir que os resultados sejam aplicados corretamente no manejo clínico.

Impactos na saúde pública

Além dos benefícios individuais, o diagnóstico molecular tem implicações significativas na saúde coletiva. A possibilidade de detectar infecções de forma precoce contribui para a interrupção da cadeia de transmissão, especialmente em regiões com alta prevalência de ISTs. No caso do HPV, por exemplo, campanhas de vacinação podem ser direcionadas a áreas específicas com base nos dados epidemiológicos fornecidos pelos testes moleculares.

A tecnologia também permite a identificação de tendências locais, como o aumento da resistência antimicrobiana em casos de gonorreia, orientando estratégias de tratamento e prevenção. O médico patologista, ao analisar esses dados em conjunto com as informações clínicas e epidemiológicas, desempenha um papel crítico na tradução desses achados em ações práticas para controle das ISTs. Essa integração entre diagnóstico e políticas públicas fortalece a vigilância epidemiológica e amplia o impacto das intervenções de saúde.

Desafios e limitações

Embora a PCR em tempo real represente um avanço significativo, há limitações que devem ser consideradas. A coleta inadequada de amostras e a baixa carga bacteriana ou viral podem comprometer os resultados. Neste cenário, o médico patologista atua na definição de protocolos laboratoriais, garantindo que as coletas sejam realizadas de maneira adequada e que os processos técnicos atendam aos padrões de qualidade. Essa contribuição direta assegura a confiabilidade dos resultados e minimiza possíveis interferências, como amostras inadequadas ou baixa carga bacteriana.

O avanço da investigação molecular em ISTs aponta para um futuro mais promissor no combate a essas doenças. Estudos recentes destacam o papel de novas tecnologias, como painéis mais amplos e métodos de detecção ainda mais rápidos, para ampliar o alcance desse tipo de diagnóstico. Além disso, a integração desses dados com sistemas de saúde pode permitir um monitoramento mais eficaz das ISTs em nível populacional, promovendo campanhas de conscientização e prevenção mais assertivas.

Diagnóstico diferencial

A realização do diagnóstico diferencial de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) apresenta desafios significativos, sobretudo devido à semelhança de sintomas entre diferentes doenças e à alta incidência de casos assintomáticos. Infecções como clamídia e gonorreia, por exemplo, podem exibir manifestações clínicas parecidas, dificultando uma identificação precisa baseada apenas nos sinais apresentados pelo paciente.

Além disso, algumas ISTs apresentam lesões discretas ou imperceptíveis, reforçando a necessidade de métodos diagnósticos que combinem sensibilidade e especificidade para garantir uma detecção precoce. Nesse contexto, a investigação molecular surge como uma solução robusta e confiável.

Alta sensibilidade e precisão frente a outros métodos

Os testes moleculares oferecem uma sensibilidade que frequentemente supera a das culturas tradicionais, permitindo a identificação de patógenos mesmo em pacientes que não apresentam sintomas visíveis. Essa característica é especialmente importante para interromper a cadeia de transmissão de forma eficiente.

Quando comparados às culturas, que podem levar semanas para entregar resultados, os exames moleculares se destacam pela agilidade. Com processos simplificados, conseguem gerar respostas em questão de dias, otimizando o tempo necessário para iniciar o tratamento. Isso reduz não apenas o impacto clínico das ISTs, mas também o risco de propagação da infecção.

O laudo detalha se o patógeno foi detectado na amostra analisada, podendo ainda incluir informações adicionais, como carga viral ou concentração bacteriana, quando aplicável. É importante lembrar que esses resultados devem sempre ser avaliados em conjunto com o quadro clínico do paciente, garantindo uma abordagem integrada e eficaz.

Diagnóstico Molecular é no Célula

Para trazer ainda mais agilidade e rapidez para médicos e pacientes de Rondonópolis e região, nós, do Célula Laboratório Médico, contaremos em 2025 com a realização desta análise de ISTs diretamente em nossa estrutura própria. Estamos sempre investindo em novas tecnologias para oferecer o melhor para médicos e pacientes.

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Referências
Ministério da Sáude. Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/i/ist. Acesso em: 28/11/2024.

Fleury. Diagnóstico molecular de infecções sexualmente transmissíveis. Disponível em: https://www.fleury.com.br/medico/artigos-cientificos/diagnostico-molecular-de-infeccoes-sexualmente-transmissiveis. Acesso em: 28/11/2024.

Organização Mundial da Saúde. Infecções Sexualmente Transmissíveis. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/sexually-transmitted-infections-(stis). Acesso em: 28/11/2024.

National Library os Medicine. Sexually Transmitted Infections. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK560808/. Acesso em: 28/11/2024.

Testosterona, envelhecimento e câncer de próstata: o que se sabe?

Com o envelhecimento, muitos homens experimentam uma queda gradual nos níveis de testosterona. Esse hormônio é amplamente responsável por diversas funções no corpo masculino, como o desenvolvimento muscular, a distribuição de gordura, a libido e até o bem-estar emocional. No entanto, além das questões físicas e emocionais, a testosterona tem um papel significativo na saúde da próstata.

Com a crescente discussão sobre a reposição hormonal, entender a relação entre testosterona e câncer de próstata torna-se cada vez mais importante, especialmente em um contexto de diagnóstico patológico.

O papel da testosterona no corpo masculino

A testosterona é produzida nos testículos e influencia uma série de funções no organismo. Ela regula a formação de músculos, ajuda na distribuição de gordura corporal, atua diretamente no desejo sexual e na produção de esperma, e também está ligada ao crescimento de pelos corporais e faciais. No entanto, sua influência vai além do aspecto físico, tendo também impacto sobre o humor, a motivação e a autoconfiança.

Com o passar dos anos, os níveis de testosterona caem naturalmente. A partir dos 30 anos, é comum que os homens percam cerca de 1% desse hormônio por ano, e essa queda pode trazer sintomas como fadiga, perda de massa muscular, aumento de gordura corporal, diminuição da libido e alterações de humor. No entanto, tais sintomas podem ter outras causas, como distúrbios metabólicos ou até mesmo efeitos colaterais de medicamentos, reforçando a necessidade de um diagnóstico preciso.

Diagnóstico e reposição de testosterona

A redução dos níveis de testosterona pode ser diagnosticada por meio de exames laboratoriais. Em homens que apresentam sintomas típicos da andropausa, como perda de força muscular e diminuição do desejo sexual, a análise dos níveis hormonais no sangue é o primeiro passo para determinar se há necessidade de intervenção médica.

A reposição de testosterona, conhecida como Terapia de Reposição de Testosterona (TRT), é uma alternativa para homens que apresentam queda acentuada dos níveis hormonais e sintomas debilitantes. Esse tratamento visa restabelecer os níveis de testosterona e pode proporcionar alívio dos sintomas. Contudo, a reposição hormonal exige acompanhamento constante e um diagnóstico cuidadoso, especialmente quando há histórico de doenças relacionadas à próstata.

Relação entre testosterona e câncer de próstata

O câncer de próstata é uma das neoplasias mais comuns entre os homens e merece atenção especial, especialmente ao se discutir a terapia de reposição hormonal. Embora a relação direta entre testosterona e câncer de próstata ainda seja alvo de estudos, sabe-se que a testosterona desempenha um papel importante no crescimento e desenvolvimento da glândula prostática.

A controvérsia em torno da reposição hormonal de testosterona surge do fato de que o hormônio pode acelerar o crescimento de células cancerígenas já existentes na próstata. Embora a TRT não seja considerada uma causa direta de câncer de próstata, ela pode estimular o crescimento de tumores que já estão presentes, mas que ainda não foram detectados. Por isso, a reposição hormonal só deve ser indicada após exames rigorosos que avaliem a saúde da próstata, incluindo o PSA (Antígeno Prostático Específico) e a biópsia da próstata realizada por um médico patologista, quando necessário.

A campanha Novembro Azul, focada na prevenção do câncer de próstata, reforça a importância de um diagnóstico precoce. Homens que consideram a reposição hormonal devem passar por uma avaliação criteriosa antes de iniciar o tratamento, especialmente aqueles com histórico familiar de câncer de próstata. Essa abordagem garante que os riscos relacionados ao câncer de próstata sejam adequadamente monitorados, minimizando complicações futuras.

Exames patológicos e diagnóstico do câncer de próstata

O diagnóstico precoce do câncer de próstata é feito principalmente por meio de exames como o PSA, que avalia a presença de proteínas associadas a alterações na próstata, e o toque retal. Contudo, o diagnóstico definitivo muitas vezes depende de análises patológicas realizadas após a biópsia da próstata. A biópsia envolve a retirada de pequenas amostras de tecido da próstata, enviadas para um laboratório de patologia, onde são analisadas em busca de sinais de câncer.

Os laboratórios de patologia têm um papel fundamental nesse processo, fornecendo resultados que orientam a escolha do tratamento mais adequado para cada paciente. No caso de detecção de células cancerígenas, a equipe médica pode decidir pela cirurgia, radioterapia ou outras abordagens terapêuticas. Quando o câncer é diagnosticado precocemente, as chances de tratamento bem-sucedido são significativamente maiores, reforçando a importância da realização de exames periódicos.

Cuidados na terapia de reposição de testosterona

A reposição hormonal, embora seja uma opção atraente para homens com baixos níveis de testosterona, deve ser administrada com cautela. Além do impacto potencial na próstata, a TRT pode aumentar os riscos de outros problemas de saúde, como apneia do sono, elevação nos níveis de hemoglobina (o que pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos) e, em alguns casos, complicações cardiovasculares.

Portanto, a escolha pela TRT deve sempre ser acompanhada por um profissional de saúde especializado. O tratamento exige monitoramento constante dos níveis de testosterona, além de exames periódicos para garantir que não haja complicações no sistema cardiovascular ou na próstata. Homens que optam pela reposição hormonal precisam estar atentos a mudanças em sua saúde e devem realizar exames regularmente para monitorar os resultados e ajustar o tratamento conforme necessário.

Estratégias para manter a saúde masculina

Embora a reposição de testosterona seja uma alternativa para tratar os sintomas da andropausa, existem outras abordagens que podem contribuir para o bem-estar e a saúde masculina durante o envelhecimento. A adoção de um estilo de vida saudável pode ter um impacto positivo sobre os níveis hormonais e a saúde geral do corpo. Algumas estratégias incluem:

  • Atividade física regular: O exercício físico, especialmente o treinamento de força, pode ajudar a manter a massa muscular e os níveis de testosterona.
  • Alimentação equilibrada: Uma dieta rica em vegetais, proteínas e gorduras saudáveis é importante para manter a saúde metabólica e hormonal.
  • Sono adequado: Dormir bem é essencial para a produção de testosterona e o bom funcionamento do organismo.
  • Gestão do estresse: Técnicas de relaxamento, como a meditação, podem ajudar a reduzir os níveis de estresse, que têm um impacto direto sobre os hormônios.

A relação entre testosterona e câncer de próstata exige atenção redobrada, especialmente para homens que consideram a reposição hormonal. O acompanhamento médico, o diagnóstico precoce e os exames laboratoriais desempenham um papel importante na escolha do tratamento mais adequado. O entendimento das opções disponíveis e o monitoramento constante da saúde são passos essenciais para garantir uma vida saudável e equilibrada, especialmente com o avanço da idade.

Se você está considerando a reposição hormonal ou tem dúvidas sobre a saúde da próstata, agende uma consulta com seu médico e realize os exames necessários para uma avaliação completa.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem-informado e com a sua saúde em dia.

Referências

Sociedade Brasileira de Urologia. Envelhecimento masculino e a diminuição da testosterona. Disponível em: https://sbu-sp.org.br/publico/envelhecimento-masculino-e-a-diminuicao-da-testosterona/. Acesso em: 25/10/2024.

Portal da Urologia. O envelhecimento masculino e o declínio da testosterona. Disponível em: https://portaldaurologia.org.br/sua-saude/duvidas-frequentes/o-envelhecimento-masculino-e-o-declinio-da-testosterona. Acesso em: 25/10/2024.

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

CRM/MT 4934 RQE 13657

Entenda o que são linfomas e como é feito o diagnóstico

Os linfomas são um tipo de câncer que se desenvolve nas células do sistema linfático, especificamente nos linfócitos, responsáveis pela defesa do organismo contra infecções. Embora seja considerado um câncer raro, especialmente quando comparado a outros tipos, ele afeta principalmente adultos. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que, entre 2020 e 2022, cerca de 12 mil novos casos de linfomas foram diagnosticados no Brasil, reforçando a necessidade de conscientização sobre a doença.

Assim como a maioria dos cânceres, o risco de desenvolver linfoma aumenta com a idade. Isso significa que, à medida que a população envelhece, o número de casos tende a crescer. O diagnóstico muitas vezes ocorre de forma tardia, o que pode dificultar o tratamento. Portanto, é preciso que todos estejam bem informados sobre os sintomas e os métodos de diagnóstico desse câncer, facilitando a detecção precoce e, consequentemente, melhorando as chances de sucesso do tratamento.

O que são linfomas?

Os linfomas pertencem à categoria dos cânceres hematológicos, assim como a leucemia. No entanto, há uma diferença importante entre os dois: enquanto a leucemia afeta a medula óssea, onde as células sanguíneas são produzidas, o linfoma se desenvolve principalmente nos linfonodos e no baço. Contudo, isso não significa que o linfoma esteja restrito a essas áreas, já que os linfócitos também estão presentes na medula óssea e no sangue. Dessa forma, é possível que o linfoma se manifeste em diferentes partes do corpo.

Existem dois tipos principais de linfoma: o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin. O linfoma de Hodgkin é mais raro e apresenta características específicas, especialmente em relação ao tipo de célula cancerígena que se desenvolve nos tumores. Já o linfoma não Hodgkin é mais comum e pode se apresentar de formas variadas, tanto em termos de gravidade quanto de prognóstico. Essas distinções, no entanto, só podem ser confirmadas por meio de exames laboratoriais, como a biópsia, essencial para determinar o tipo de linfoma e definir o tratamento adequado.

Quais os sintomas dos linfomas?

Os sintomas do linfoma podem ser não específicos, dificultando o diagnóstico precoce. No início, o paciente pode apresentar perda de peso inexplicável, fraqueza generalizada e fadiga. Esses sintomas, por si só, podem ser confundidos com outras condições de saúde menos graves, retardando a busca por atendimento médico.

Um sintoma mais característico, que pode surgir em estágios mais avançados, é o inchaço indolor dos linfonodos, comumente chamado de íngua. Entretanto, é importante ressaltar que nem toda íngua é indicativa de linfoma. As ínguas podem surgir como resposta do sistema imunológico a infecções, como aquelas causadas por vírus e bactérias que afetam a garganta. Quando a infecção é controlada, os linfonodos tendem a voltar ao tamanho normal em poucos dias. Por isso, o surgimento de ínguas persistentes deve ser investigado por um médico, especialmente se acompanhado de outros sintomas.

Como é feito o diagnóstico dos linfomas?

O processo de diagnóstico do linfoma começa com uma avaliação clínica completa, realizada pelo médico. Durante a consulta, o histórico do paciente, os sintomas e os sinais físicos são analisados cuidadosamente. Se houver suspeita de linfoma, o médico pode solicitar uma série de exames complementares para confirmar o diagnóstico.

Entre os exames mais comuns estão as radiografias e as tomografias computadorizadas, que permitem visualizar áreas do corpo onde os linfonodos não são palpáveis, como o mediastino, localizado no tórax. Esses exames auxiliam na identificação dos linfomas em locais de difícil acesso e servem para determinar a extensão da doença.

No entanto, o diagnóstico definitivo só pode ser feito por meio de uma biópsia do linfonodo aumentado. Esse procedimento consiste na retirada de uma amostra de tecido do linfonodo, que é analisada em laboratório, por um médico patologista, para identificar as características das células cancerígenas.

Alternativamente, a biópsia por punção aspirativa com agulha fina (PAAF) pode ser realizada, embora tenha menor sensibilidade e especificidade. A biópsia da medula óssea é indicada para avaliar a infiltração medular, especialmente em linfomas agressivos ou quando há suspeita de comprometimento da medula.

Após a confirmação histológica do linfoma, os casos são classificados segundo o sistema da Organização Mundial da Saúde (OMS) e estadiados conforme o sistema Ann Arbor. Esse sistema considera quatro estágios:

  • No estágio I, há envolvimento de um único grupo de linfonodos;
  • No estágio II, dois ou mais grupos de linfonodos no mesmo lado do diafragma são afetados;
  • O estágio III caracteriza-se pelo envolvimento de linfonodos em ambos os lados do diafragma;
  • No estágio IV, há envolvimento disseminado de um ou mais órgãos.

Com base nas análises, os médicos podem determinar o tipo de linfoma e planejar o tratamento mais adequado. Em geral, o tratamento dos linfomas não envolve procedimentos cirúrgicos, mas sim quimioterapia e radioterapia.

Importância do diagnóstico precoce de linfomas

Embora o linfoma seja um tipo de câncer menos conhecido pela população em geral, sua gravidade não deve ser subestimada. A conscientização sobre os sintomas, o diagnóstico e as opções de tratamento podem aumentar as chances de sucesso no combate à doença. Como o linfoma pode se manifestar de maneira silenciosa, é importante que qualquer alteração suspeita no corpo, especialmente o surgimento de ínguas persistentes, seja investigada por um médico o quanto antes.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

Referências

Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. Linfomas. Disponível em: https://abrale.org.br/doencas/linfomas/. Acesso em: 27/08/2024.

Mayo Clinic. Lymphoma. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/lymphoma/symptoms-causes/syc-20352638. Acesso em: 27/08/2024.

National Library of Medicine. Lymphoma. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK560826/. Acesso em: 27/08/2024.


Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

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Importância das margens cirúrgicas na patologia oncológica

Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022 havia quase 20 milhões de pessoas com câncer no mundo, sendo o mais prevalente o câncer de pulmão. No Brasil, conforme a estimativa de 2023 do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença atinge mais de 700 mil brasileiros por ano, sendo os cânceres de mama e próstata os de maior incidência.

Quando falamos sobre o tratamento do câncer, a precisão cirúrgica pode determinar o prognóstico do paciente. Um aspecto crítico nesse processo é a análise das margens cirúrgicas, um fator determinante para o sucesso da cirurgia oncológica e o acompanhamento da saúde do paciente.

Neste artigo, exploraremos o que são margens cirúrgicas, suas classificações, métodos de avaliação, suas implicações clínicas e o papel do médico patologista.

O que são margens cirúrgicas?

As margens cirúrgicas referem-se ao tecido em volta de uma lesão removida durante um procedimento cirúrgico. A principal função dessas margens é assegurar que não restem células cancerosas no local da cirurgia, o que poderia levar a uma recidiva da doença. Para isso, os cirurgiões removem o tumor junto com uma pequena quantidade de tecido saudável ao redor, criando uma “margem” de segurança.

A análise das margens cirúrgicas na avaliação patológica pós-operatória determina se a cirurgia teve sucesso na remoção do tumor e se há evidências de doença residual. Esse processo impacta diretamente no prognóstico do paciente e nas decisões terapêuticas subsequentes, como a necessidade de tratamentos adicionais, como quimioterapia ou radioterapia.

Classificação das margens cirúrgicas

A principal razão para a análise das margens cirúrgicas é garantir que todo o tumor foi removido. Existem três tipos diferentes de margens cirúrgicas, que podem ser classificadas como:

Margens negativas (ou livres)

Margens negativas, ou livres, indicam não haver células tumorais nas bordas do tecido removido, sugerindo uma ressecção completa. Isso reduz significativamente o risco de a doença reaparecer no mesmo local.

Margens positivas

Quando as margens são positivas, ou seja, quando há células cancerosas presentes nas bordas do tecido removido, o risco de recidiva local aumenta. Nesses casos, o patologista informa o cirurgião, que pode decidir realizar uma cirurgia adicional para remover o tecido restante. Alternativamente, o paciente pode ser encaminhado para tratamentos adjuvantes, como radioterapia ou quimioterapia, para eliminar quaisquer células cancerosas remanescentes.

Margens comprometidas

Quando as células cancerosas estão muito próximas da borda do tecido removido, mas não exatamente na margem, são chamadas de margens comprometidas. Esta situação pode requerer uma avaliação adicional para decidir a melhor ação.

O estado das margens cirúrgicas pode influenciar o prognóstico do paciente. Margens negativas estão associadas a melhores taxas de sobrevivência e menores taxas de recidiva. Por outro lado, margens positivas podem indicar a necessidade de um monitoramento mais rigoroso e tratamentos adicionais.

Métodos de avaliação das margens cirúrgicas

O processo de avaliação das margens cirúrgicas pode ser realizado de diferentes maneiras. Nele, o médico patologista utiliza de seus conhecimentos para interpretar as amostras de tecido removido durante a cirurgia, determinando se há células cancerosas nas bordas e a extensão da doença. Essa análise detalhada ajuda a informar as decisões cirúrgicas e terapêuticas subsequentes, garantindo que o tratamento seja o mais eficaz possível.

A colaboração entre o patologista e o cirurgião é importante para assegurar que todas as células tumorais sejam removidas, minimizando os riscos para o paciente. A avaliação pode ser realizada das seguintes maneiras:

Análise histopatológica

Após a remoção do tumor, a amostra de tecido é enviada ao laboratório de patologia. O tecido é processado, incluído em parafina, cortado em seções finas e corado para exame microscópico. O patologista examina as seções de tecido sob o microscópio para verificar a presença de células cancerosas nas bordas. Além disso, técnicas adicionais, como a imuno-histoquímica, podem ser utilizadas para detectar células tumorais com maior precisão.

Congelamento intraoperatório

Em alguns casos, as margens podem ser avaliadas durante a cirurgia através do congelamento intraoperatório. Esse método permite que o cirurgião obtenha resultados rápidos sobre o estado das margens, possibilitando a ressecção adicional, se necessário, ainda durante o procedimento cirúrgico.

Considerações clínicas utilizando as margens cirúrgicas

A interpretação das margens cirúrgicas deve considerar vários fatores, incluindo o tipo histológico do tumor, a localização e o comportamento biológico do câncer. Tumores com alta taxa de recidiva, como os sarcomas ou certos tipos de carcinoma, exigem margens mais amplas e rigorosas.

As diretrizes para margens cirúrgicas variam conforme o tipo de tumor e a localização anatômica. Por exemplo, para câncer de mama, recomenda-se uma margem mínima de 2 mm em muitos casos, enquanto para melanoma, margens maiores são frequentemente necessárias.

A equipe médica segue diretrizes específicas de cada especialidade e considera as características individuais do paciente para a tomada de decisão. Em alguns casos, as margens podem auxiliar nas seguintes ocasiões:

Decisões cirúrgicas

Se as margens são positivas, o cirurgião pode optar por realizar uma nova cirurgia para garantir a remoção completa do tumor. Essa decisão é baseada na localização do tumor, no tipo de câncer e na saúde geral do paciente.

Terapias adjuvantes

Margens positivas podem levar à recomendação de tratamentos adjuvantes. A radioterapia pode ser utilizada para destruir células cancerosas residuais na área cirúrgica, enquanto a quimioterapia pode ser usada para tratar células cancerosas que possam ter se espalhado para outras partes do corpo.

Monitoramento e seguimento

Pacientes com margens positivas requerem monitoramento rigoroso e exames de seguimento regulares para detectar qualquer sinal de recidiva precoce. Isso inclui exames de imagem, exames laboratoriais e consultas regulares com o oncologista.

A análise das margens cirúrgicas é uma etapa crítica na patologia oncológica, influenciando diretamente o sucesso do tratamento cirúrgico e o planejamento das terapias subsequentes. Garantir margens negativas é fundamental para reduzir o risco de recidiva do câncer e melhorar o prognóstico do paciente.

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Somos responsáveis pela prevenção e o diagnóstico de doenças, a partir de exames anátomos patológicos e citopatológicos. Pautamos nossos serviços sempre pela qualidade, confiabilidade e pelo atendimento personalizado e humanizado, levando para pacientes e médicos parceiros diagnósticos precisos e especializados.

Referências

International Agency for Research on Cancer. World Health Organization. Cancer Today. Disponível em: https://gco.iarc.fr/today/en/dataviz/pie?mode=cancer&group_populations=1. Acesso em: 06/08/2024.

Radar do Câncer. Portal de dados sobre o câncer no Brasil. Disponível em: https://www.radardocancer.org.br/. Acesso em: 06/08/2024.

Ethun CG, Delman KA. The importance of surgical margins in melanoma. J Surg Oncol. 2016 Mar;113(3):339-45. doi: 10.1002/jso.24111. Epub 2015 Dec 10. PMID: 26662509.

Kopke LFF, Bastos JCF, Andrade Filho J de S, Gouvêa PS. Margem de segurança: um conceito antigo e relativo. An Bras Dermatol [Internet]. 2005May;80(3):279–86. Available from: https://doi.org/10.1590/S0365-05962005000300009.

Câncer de mama Brasil. Margens Cirúrgicas. Disponível em: https://www.cancerdemamabrasil.com.br/margens-cirurgicas/. Acesso em: 06/08/2024.

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Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

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Câncer de tireoide: importância do diagnóstico precoce

O câncer de tireoide apresenta um crescimento no número de casos nos últimos anos, particularmente entre as mulheres. Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para cada ano do período de 2023 a 2025 no Brasil é de 16.660 novos casos, resultando em um risco estimado de 7,68 por 100 mil habitantes. Destes, 2.500 casos são esperados em homens e 14.160 em mulheres, correspondendo a um risco estimado de 2,33 casos novos a cada 100 mil homens e 12,79 a cada 100 mil mulheres. Desconsiderando os tumores de pele não melanoma, o câncer de tireoide é o 7º tipo de câncer mais comum no Brasil.

A glândula tireoide, localizada na base do pescoço, é responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo, e qualquer alteração em seu funcionamento pode trazer sérias consequências para a saúde. Este texto se propõe a explicar os diferentes tipos de câncer de tireoide, com foco no mais comum, o câncer de tireoide papilífero, e destacar o papel crucial dos patologistas no diagnóstico preciso desta doença.

O que é a tireoide e quais os sinais de alerta?

A tireoide é uma glândula localizada na parte anterior e inferior do pescoço, com formato que lembra uma borboleta. Ela é constituída por dois lobos, direito e esquerdo. As alterações na tireoide podem ser de dois tipos: funcionais e anatômicas.

As alterações funcionais envolvem a produção de hormônios tireoidianos, que pode resultar em hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios) ou hipotireoidismo (produção insuficiente de hormônios). As alterações anatômicas geralmente se manifestam na forma de nódulos.

Os nódulos tireoidianos são bastante comuns, estando presentes em cerca de 70 a 80% das pessoas, muitas vezes sem que elas saibam. Apesar disso, a probabilidade de que um nódulo seja cancerígeno é relativamente baixa, em torno de 12%.

Nem todos os nódulos necessitam de tratamento ou remoção. Contudo, é essencial que pacientes com histórico de radioterapia na infância ou com histórico familiar de câncer de tireoide sejam avaliados por um especialista em cirurgia de cabeça e pescoço por terem um risco maior de malignidade.

Alguns sinais de alerta para a possível malignidade de nódulos tireoidianos, que exigem uma avaliação médica imediata, incluem:

  • aumento dos gânglios linfáticos do pescoço;
  • rouquidão;
  • dificuldade respiratória;
  • crescimento rápido dos nódulos;
  • dificuldade para engolir alimentos;
  • presença de uma massa visível no pescoço.

Quais os tipos de câncer de tireoide?

Existem vários tipos de câncer de tireoide, cada um com características e prognósticos distintos. Os principais tipos são:

Câncer de tireoide papilífero

O câncer de tireoide papilífero é o mais comum entre os tipos de câncer de tireoide, representando aproximadamente 80% dos casos. Este câncer geralmente apresenta um prognóstico positivo, com altas taxas de sobrevida a longo prazo. Ele se origina nas células foliculares da tireoide, sendo caracterizado pelo seu crescimento lento e pela presença de projeções em forma de dedo, conhecidas como projeções papilares.

Os fatores de risco para o câncer de tireoide papilífero incluem a exposição à radiação ionizante durante a infância, histórico familiar de câncer de tireoide e síndromes genéticas como a síndrome de Gardner e a síndrome de Cowden. Clinicamente, este tipo de câncer pode se manifestar por um nódulo na tireoide, alteração na voz (disfonia) e linfonodos cervicais aumentados.

Câncer de tireoide folicular

O câncer folicular é o segundo mais comum, correspondendo a cerca de 10% a 15% dos casos. Ele também cresce lentamente e tem um bom prognóstico, mas pode ser mais agressivo que o papilífero, especialmente quando invade vasos sanguíneos e se dissemina para ossos e pulmões.

Câncer de tireoide medular

Este tipo representa aproximadamente 3% dos casos e pode ser esporádico ou hereditário. O câncer medular de tireoide origina-se nas células C, que produzem calcitonina, um hormônio envolvido na regulação do cálcio. Ele tende a ser mais agressivo e pode se espalhar para outros órgãos antes de ser detectado.

Câncer de tireoide anaplásico

O câncer anaplásico é o mais raro e agressivo, representando menos de 2% dos casos. Ele cresce rapidamente e é difícil de tratar, muitas vezes levando a um prognóstico ruim. Este tipo de câncer costuma ser diagnosticado em estágios avançados, quando já compromete outras estruturas do pescoço.

Como é feito o diagnóstico do câncer de tireoide?

O diagnóstico preciso do câncer de tireoide depende de uma série de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. No entanto, a confirmação definitiva e a classificação do tipo de câncer são realizadas por um patologista, que analisa amostras de tecido da tireoide.

Biópsia por Punção Aspirativa com Agulha Fina (PAAF)

A PAAF é o principal método para coletar amostras de nódulos tireoidianos. Durante o procedimento, uma agulha fina é inserida no nódulo para aspirar células, que são, então, analisadas microscopicamente pelo patologista. Este exame é fundamental para determinar se o nódulo é benigno ou maligno e, em caso de malignidade, identificar o tipo de câncer.

Análise histopatológica

Após a cirurgia para remover parte ou toda a tireoide (tireoidectomia), o tecido retirado é enviado para análise histopatológica. O patologista examina o tecido sob o microscópio para confirmar o diagnóstico inicial, avaliar a extensão do tumor e verificar se há invasão de estruturas adjacentes. Este exame fornece informações importantes para o planejamento do tratamento.

Imuno-histoquímica e marcadores moleculares

Em alguns casos, são necessários exames adicionais, como a imuno-histoquímica, que utiliza anticorpos específicos para identificar proteínas no tecido canceroso. Além disso, a análise de marcadores moleculares pode detectar mutações genéticas específicas, ajudando a determinar o tipo de câncer de tireoide e orientar a terapia mais adequada.

Importância do diagnóstico precoce e acompanhamento

O sucesso no tratamento do câncer de tireoide depende na maioria das vezes do diagnóstico precoce e do acompanhamento rigoroso. Exames de imagem periódicos, como ultrassonografia e tomografia computadorizada, são essenciais para monitorar a recorrência da doença. Além disso, exames de sangue para medir níveis de tiroglobulina (um marcador tumoral) e hormônio tireoidiano ajudam a avaliar a eficácia do tratamento e detectar possíveis recidivas.

O câncer de tireoide, embora muitas vezes com bom prognóstico, requer uma abordagem multidisciplinar para o diagnóstico e tratamento eficazes. O papel do patologista é central nesse processo, desde a análise inicial das amostras de tecido até a confirmação do tipo de câncer e a avaliação da extensão da doença.

Com o avanço das técnicas diagnósticas e terapêuticas, as perspectivas para os pacientes com câncer de tireoide continuam a melhorar, destacando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. A conscientização sobre a doença e a importância de procurar atendimento médico ao notar qualquer alteração na glândula tireoide são fundamentais para garantir melhores resultados e qualidade de vida para os pacientes.

Quais os tratamentos disponíveis para o câncer de tireoide?

O tratamento do câncer de tireoide varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas geralmente envolve uma combinação de cirurgia, terapia com iodo radioativo e, em alguns casos, terapia hormonal ou radioterapia externa.

Cirurgia

A cirurgia é o tratamento primário para a maioria dos casos de câncer de tireoide. A extensão da cirurgia depende do tamanho e da localização do tumor. Em muitos casos, a tireoidectomia total (remoção completa da glândula tireoide) é recomendada, enquanto em outros, uma tireoidectomia parcial (remoção de parte da glândula) pode ser suficiente.

Terapia com iodo radioativo

Após a cirurgia, pacientes com câncer de tireoide papilífero ou folicular podem ser submetidos à terapia com iodo radioativo. Esta terapia visa destruir qualquer tecido tireoidiano remanescente e células cancerosas que possam ter se espalhado. O iodo radioativo é ingerido na forma de cápsulas ou líquido, sendo absorvido preferencialmente pelas células tireoidianas.

Terapia hormonal

Para compensar a perda da função tireoidiana após a tireoidectomia, os pacientes precisam tomar hormônio tireoidiano sintético pelo resto da vida. Este tratamento também ajuda a suprimir a produção de hormônio estimulante da tireoide (TSH), que pode estimular o crescimento de células cancerosas remanescentes.

Radioterapia externa e terapia alvo

Em casos mais agressivos, como o câncer de tireoide anaplásico, a radioterapia externa pode ser utilizada. Além disso, terapias alvo, que bloqueiam vias específicas envolvidas no crescimento do câncer, estão sendo cada vez mais exploradas para tratar tipos avançados de câncer de tireoide.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

Somos responsáveis pela prevenção e o diagnóstico de doenças, a partir de exames anátomos patológicos e citopatológicos. Pautamos nossos serviços sempre pela qualidade, confiabilidade e pelo atendimento personalizado e humanizado, levando para pacientes e médicos parceiros diagnósticos precisos e especializados.

Referências

Instituto Nacional de Câncer (INCA). Câncer de tireoide. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/tireoide. Acesso em: 25/06/2024.

Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estimativa 2023. Incidência de Câncer no Brasil. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf. Acesso em: 25/06/2024.

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Câncer Papilífero da tireoide. Disponível em: https://www.tireoide.org.br/cancer-papilifero-da-tireoide/. Acesso em: 25/06/2024.

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Julho Verde: entenda os tipos e sintomas do câncer de cabeça e pescoço

O câncer de cabeça e pescoço compreende uma série de neoplasias que afetam diferentes estruturas dessa região, incluindo a faringe, laringe, traqueia, tireoide, pele, boca, língua e ouvidos. Essas neoplasias se caracterizam pelo crescimento descontrolado de células anormais, que podem formar tumores malignos. Se não tratados adequadamente, esses tumores podem se disseminar para outras partes do corpo, agravando o estado de saúde do paciente.

Neste mês, ocorre a campanha Julho Verde, uma iniciativa que visa conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço. Essa campanha visa alertar para os fatores de risco, sinais e sintomas desses tipos de câncer, bem como promover a importância da realização de exames preventivos e consultas médicas regulares para identificar possíveis casos precocemente.

Segundo a Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço, no triênio de 2023 a 2025, cerca de 40 mil pessoas por ano serão diagnosticadas com câncer de cabeça e pescoço no Brasil, sendo que 60% terão diagnó­­stico tardio. Para evitar esse cenário, continue a leitura deste conteúdo para entender os tipos de câncer de cabeça e pescoço, sinais de alerta, diagnóstico, tratamento e prevenção.

Quais os tipos comuns de câncer de cabeça e pescoço?

O câncer de cabeça e pescoço pode ser classificado em vários tipos, dependendo da localização específica da neoplasia.

Câncer de faringe

O câncer de faringe é dividido em três subtipos principais:

  • nasofaringe: afeta a parte superior da garganta, atrás do nariz.
  • orofaringe: envolve a parte do meio da garganta, incluindo as amígdalas e a base da língua.
  • hipofaringe: ocorre na parte inferior da garganta, próxima ao esôfago.

Câncer de laringe

O câncer de laringe afeta a caixa de voz e é frequentemente associado ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool. Os sintomas iniciais podem incluir rouquidão persistente e dificuldade para engolir. Este tipo de câncer é mais comum em homens acima dos 50 anos e pode ter um impacto significativo na fala e na respiração.

Câncer de traqueia

Embora raro, o câncer de traqueia pode causar sintomas graves, como dificuldade respiratória e tosse persistente. A traqueia é a passagem principal de ar para os pulmões, e um tumor nesta área pode levar a complicações respiratórias severas.

Câncer de tireoide

O câncer de tireoide geralmente se apresenta como nódulos na glândula tireoide. A detecção precoce é possível por exames de imagem e biópsias. Existem vários subtipos de câncer de tireoide, incluindo o carcinoma papilífero, o carcinoma folicular, o carcinoma medular e o carcinoma anaplásico, cada um com diferentes prognósticos e abordagens de tratamento.

Câncer de pele na cabeça e pescoço

Os tipos mais comuns de câncer de pele que afetam a cabeça e o pescoço incluem o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Esses cânceres são frequentemente causados pela exposição excessiva ao sol e podem ser prevenidos com medidas de proteção solar adequadas.

Câncer de boca e língua

O câncer de boca e língua é frequentemente associado ao uso de tabaco e álcool. Lesões ou úlceras na boca que não cicatrizam em poucas semanas podem ser sinais de alerta. A detecção precoce é crucial para o tratamento eficaz e a redução das complicações.

Câncer de ouvidos

Este tipo raro de câncer pode afetar a parte externa ou interna do ouvido. Devido à falta de sintomas específicos nos estágios iniciais, o diagnóstico muitas vezes ocorre em estágios avançados, dificultando o tratamento.

Quais os sintomas e sinais de alerta para o câncer de cabeça e pescoço?

Os sintomas do câncer de cabeça e pescoço variam conforme a localização do tumor. No entanto, alguns sinais comuns podem aparecer, entre eles:

  • dificuldade para engolir;
  • sensação de algo preso na garganta;
  • mudanças na voz;
  • rouquidão persistente;
  • nódulos ou massas no pescoço;
  • feridas na boca ou na língua que não cicatrizam;
  • dificuldade respiratória;
  • perda de peso inexplicável;
  • dor ou desconforto persistente na área afetada.

Esses sintomas podem indicar a presença de um tumor maligno e devem ser investigados por um profissional de saúde o mais rápido possível.

Como é realizado o diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço?
 A avaliação clínica completa por um médico inclui o exame da cabeça e pescoço, endoscopia para visualizar diretamente a faringe, laringe e traqueia, além de exames de imagem como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e ultrassonografia.

Para a confirmação do diagnóstico é realizada uma biópsia, que remove uma pequena amostra de tecido suspeito para análise patológica. Exames de sangue também podem ser realizados para verificar marcadores tumorais específicos, contribuindo para o diagnóstico preciso.

O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento eficaz do câncer de cabeça e pescoço. O papel do patologista é importante neste processo. Este profissional analisa detalhadamente biópsias e amostras de tecido, identificando a presença de células malignas e ajudando a determinar o tipo e estágio do câncer. A precisão diagnóstica é fundamental para a escolha do tratamento mais adequado e para o prognóstico do paciente.

Quais os tratamentos disponíveis para o câncer de cabeça e pescoço?

O tratamento do câncer de cabeça e pescoço depende do tipo, localização e estágio do tumor. As opções de tratamento incluem:

Cirurgia

A cirurgia é frequentemente utilizada para remover o tumor e os tecidos circundantes afetados. Em alguns casos, pode ser necessária a remoção de partes da faringe, laringe ou tireoide, o que pode afetar funções como a fala e a deglutição.

Radioterapia

A radioterapia utiliza radiação para destruir células cancerígenas. Pode ser usada isoladamente ou em combinação com cirurgia e quimioterapia, dependendo do estágio e localização do câncer.

Quimioterapia

A quimioterapia utiliza medicamentos para matar células cancerígenas. É frequentemente usada em casos avançados ou em combinação com outros tratamentos para aumentar a eficácia.

Terapia alvo

A terapia alvo envolve o uso de medicamentos que visam especificamente as alterações nas células cancerígenas que promovem o crescimento e a disseminação do câncer. Esses medicamentos podem bloquear o crescimento dos tumores de maneira mais precisa e com menos efeitos colaterais em comparação com a quimioterapia tradicional.

Imunoterapia

A imunoterapia estimula o sistema imunológico do corpo para combater o câncer. Esse tratamento pode ser especialmente eficaz em alguns tipos de câncer de cabeça e pescoço, ajudando a prolongar a vida dos pacientes.

Como prevenir os tipos de câncer de cabeça e pescoço?

A prevenção do câncer de cabeça e pescoço envolve principalmente mudanças no estilo de vida e medidas de proteção. Evitar o uso de tabaco e o consumo excessivo de álcool são os principais fatores de risco que podem ser controlados. A proteção solar, como o uso de protetor solar e chapéus, é essencial para prevenir câncer de pele.

Manter uma boa higiene bucal e realizar check-ups dentários regulares também são práticas importantes. Além disso, a vacina contra o HPV pode prevenir certos tipos de câncer de orofaringe associados ao vírus do papiloma humano.

O câncer de cabeça e pescoço abrange diversas neoplasias que podem afetar a qualidade de vida dos pacientes. A detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para aumentar as chances de cura e melhorar o prognóstico. É importante estar atento aos sintomas e procurar assistência médica diante de qualquer sinal suspeito.

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Referências

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. Câncer de cabeça e pescoço: tudo o que você precisa saber! Disponível em: https://sbco.org.br/cancer-de-cabeca-e-pescoco-tudo-o-que-voce-precisa-saber/. Acesso em: 25/06/2024.

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. 7 tipos de câncer de cabeça e pescoço. Disponível em: https://sbco.org.br/7-tipos-de-cancer-de-cabeca-e-pescoco/. Acesso em: 25/06/2024.

Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Estimativa de Câncer de Cabeça e Pescoço para 2023. Disponível em: https://sbccp.org.br/julhoverde/estimativa-de-cancer-de-cabeca-e-pescoco-para-2023/. Acesso em: 25/05/2024.

Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço. Vejo flores em você! Não permita que tumores brotem! Disponível em: https://julhoverde.acbgbrasil.org/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjw1emzBhB8EiwAHwZZxd-C9tMY8ltKUA2_nyUnFRcx9QVtHFwQ02cLdL4GyxYkNHLl5pnPMhoCqQkQAvD_BwE. Acesso em: 25/06/2024.

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

CRM/MT 4934 RQE 13657

Painéis genéticos podem acelerar o diagnóstico de patologias

Os avanços na tecnologia de sequenciamento genético transformaram o diagnóstico médico, proporcionando uma nova era na identificação de patologias. Os painéis genéticos, conjuntos de genes analisados simultaneamente para detectar mutações específicas, surgiram como ferramentas precisas no diagnóstico de diversas doenças.

Este artigo explora o papel dos painéis genéticos no diagnóstico médico, suas aplicações, benefícios, limitações e exemplos práticos.

O que são painéis genéticos?

Painéis genéticos são testes que analisam múltiplos genes ao mesmo tempo para identificar mutações ou variantes genéticas associadas a doenças específicas. Utilizando tecnologias avançadas como o Sequenciamento de Nova Geração (NGS), esses painéis permitem uma análise abrangente e detalhada do material genético de um paciente, sendo especialmente úteis para doenças hereditárias, cânceres e outras condições complexas onde múltiplos genes podem estar envolvidos.

Com o advento do NGS, a capacidade de sequenciar grandes quantidades de DNA de forma rápida e precisa revolucionou a genética médica. Antes do NGS, o sequenciamento de genes era um processo demorado e caro. Agora, com a capacidade de analisar centenas de genes simultaneamente, os painéis genéticos tornaram-se uma opção viável e eficiente para muitos diagnósticos.

Aplicações clínicas dos painéis genéticos

Os painéis genéticos são amplamente utilizados em diversas áreas da medicina, incluindo oncologia, cardiologia, doenças neurológicas e doenças hereditárias. Na oncologia, eles são utilizados para a identificação de mutações em genes como BRCA1 e BRCA2, que estão associados ao câncer de mama e ovário, permitindo uma avaliação de risco e a implementação de estratégias de prevenção e monitoramento.

Na cardiologia, os painéis genéticos ajudam a diagnosticar condições cardíacas hereditárias, como a cardiomiopatia hipertrófica, cuja detecção precoce pode prevenir complicações graves. Para doenças neurológicas, como a doença de Huntington e atrofia muscular espinhal, por exemplo, os painéis genéticos permitem um diagnóstico preciso e um planejamento adequado do tratamento e cuidados futuros. Em doenças hereditárias, como a fibrose cística, a detecção de mutações específicas orienta o tratamento e o aconselhamento genético.

Benefícios e limitações dos painéis genéticos

Os painéis genéticos oferecem vários benefícios, incluindo um diagnóstico mais preciso e detalhado, a eficiência de analisar múltiplos genes ao mesmo tempo, economizando tempo e recursos, e a possibilidade de prevenção e planejamento ao identificar riscos genéticos antes do aparecimento dos sintomas.

Apesar de seus muitos benefícios, também apresentam algumas limitações. A interpretação dos resultados pode ser complexa e requer a experiência de um clínico. Muitas variantes genéticas possuem significância clínica incerta, o que pode dificultar a tomada de decisões. Além disso, embora os custos estejam diminuindo, os painéis genéticos ainda podem ser caros, especialmente em sistemas de saúde com recursos limitados.

O conhecimento de mutações genéticas pode causar ansiedade e preocupação em pacientes e suas famílias, necessitando de aconselhamento genético para auxiliar na compreensão e gerenciamento das informações.

Exemplos práticos de uso

Câncer de mama e ovário

Um dos usos mais conhecidos dos painéis genéticos é na avaliação de risco para câncer de mama e ovário. Mulheres com histórico familiar desses tipos de câncer podem ser testadas para mutações nos genes BRCA1 e BRCA2. A identificação de uma mutação pode levar à implementação de medidas preventivas, como a vigilância intensificada ou cirurgias preventivas, além de informar sobre os riscos para familiares.

Cardiomiopatias hereditárias

Em cardiologia, os painéis genéticos são usados para diagnosticar cardiomiopatias hereditárias, como a cardiomiopatia hipertrófica. Esta condição, caracterizada pelo espessamento das paredes do coração, pode levar a arritmias e morte súbita. A detecção precoce de mutações associadas permite um monitoramento rigoroso e a implementação de intervenções que podem salvar vidas.

Doenças neuromusculares

Os painéis genéticos são cruciais no diagnóstico de doenças neuromusculares, como a distrofia muscular de Duchenne e a atrofia muscular espinhal, por exemplo. Esses testes permitem um diagnóstico precoce e preciso, essencial para iniciar o tratamento e planejar os cuidados a longo prazo, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

O papel dos painéis genéticos na medicina personalizada

A medicina personalizada, ou medicina de precisão, é um campo em constante crescimento que utiliza informações genéticas para adaptar tratamentos às características individuais de cada paciente. Os painéis genéticos desempenham um papel importante nessa abordagem, permitindo a personalização de terapias com base no perfil genético do paciente.

No tratamento do câncer, por exemplo, a análise genética pode identificar mutações específicas que respondem melhor a certos medicamentos, permitindo uma abordagem terapêutica mais eficaz e menos tóxica. Isso melhora os resultados do tratamento e pode minimizar os efeitos colaterais, proporcionando uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

Maior rapidez diagnóstica

Os painéis genéticos representam uma evolução no diagnóstico de patologias, oferecendo uma ferramenta poderosa para a identificação precisa e eficiente de mutações genéticas. Com aplicações que vão desde o diagnóstico de doenças hereditárias até a medicina personalizada, esses painéis estão transformando a maneira como abordamos a saúde e o tratamento de doenças.

Apesar das limitações e desafios, os benefícios dos painéis genéticos são inegáveis, proporcionando diagnósticos mais precisos, estratégias de prevenção eficazes e tratamentos personalizados. À medida que a tecnologia avança, espera-se que os painéis genéticos se tornem ainda mais integrados na prática clínica, melhorando os cuidados de saúde e os resultados para os pacientes. A detecção precoce e o diagnóstico preciso são fundamentais para a prevenção e o tratamento eficaz de muitas doenças.

Onde fazer?

Na busca constante por evolução, desde 2023 a população de Rondonópolis e região tem acesso, através do Célula Laboratório Médico, ao Painel Multigenes. As inovações na área de oncogenética incluem:

  • Testes genéticos na pesquisa de neoplasias hereditárias para 60 genes: buscam a investigação para vários tipos de câncer;
  • Testes genéticos na pesquisa de neoplasias hereditárias para 46 genes: indicado para pacientes com urgência no resultado, para definições cirúrgicas;
  • Painel expandido para câncer hereditário para 101 genes;
  • Painel genético para câncer hereditário com tipos específicos;
  • Teste genético que avalia a saúde da mulher do começo ao fim – fertilidade, risco de câncer hereditário e fases da mulher.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com sua saúde em dia.

Somos responsáveis pela prevenção e o diagnóstico de doenças, a partir de exames anátomos patológicos e citopatológicos. Pautamos nossos serviços sempre pela qualidade, confiabilidade e pelo atendimento personalizado e humanizado, levando para pacientes e médicos parceiros diagnósticos precisos e especializados.

Referências

Mayo Clinic. Genetic testing. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/tests-procedures/genetic-testing/about/pac-20384827. Acesso em: 23/05/2024.

National Health Service (NHS). Gene panel sequencing. Disponível em: https://www.genomicseducation.hee.nhs.uk/genotes/knowledge-hub/gene-panel-sequencing/. Acesso em: 23/05/2024.

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

CRM/MT 4934 RQE 13657