O câncer de colo do útero é o terceiro mais freqüente em mulheres, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. Cerca de 33% das mulheres nunca ouviu falar sobre esta doença, ou seja, é um número preocupante, pois muitas das mortes causadas por este câncer estão relacionadas à ausência de informação e falta de acompanhamento periódico com o ginecologista (quanto mais cedo detectar esta doença, maiores as possibilidades de cura).
O câncer de colo do útero é um tumor maligno na parte inferior do útero, causado na maioria das vezes por uma infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano – o HPV, doença sexualmente transmissível, e também por questão genética.
Existem outros fatores de risco para o surgimento da doença, como:
– Tabagismo;
– multiparidade (várias gravidezes);
– Obesidade;
– Alimentação inadequada;
– Início sexual precoce;
– Multiplicidade de parceiros sexuais;
– Imunossupressão;
– Uso de contraceptivos hormonais;
– Infecção por Chlamydia trachomatis.
Segundo o oncologista, Dálvaro Castro Junior, a doença é detectada durante as consultas regulares com um médico ginecologista. “O rastreamento do câncer de colo uterino detecta lesões pré-malignas e em estágio inicial, e, nesses casos, o tratamento diminui a incidência e a taxa de mortalidade. O principal método de rastreamento é o teste de papanicolaou (citologia oncótica). O exame clínico permite o diagnóstico das verrugas genitais. As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de exames citopatológicos, histopatológicos e de biologia molecular ou pelo uso de instrumentos com poder de aumentar sua visualização após a aplicação de reagentes químicos para contraste”, acrescenta o oncologista.
EXAMES QUE DETECTAM O CÂNCER DO COLO DE ÚTERO
Papanicolaou
É o principal exame preventivo com objetivo de detectar células cancerosas no colo do útero. É realizado em todas as mulheres sexualmente ativas a partir do 6º mês após a primeira relação. A frequência de realização do exame é determinada pelo ginecologista e depende dos resultados anteriores, mas a princípio deve ser realizado anualmente.
Colposcopia
Este exame é solicitado após o especialista achar necessário uma análise mais profunda do aparelho genital. É utilizado o colposcópio, uma espécie de binóculo que ilumina e amplia a visão da região de 10 a 40 vezes o tamanho normal
Histeroscopia
A histeroscopia é solicitada quando a colposcopia apresenta indícios de lesões e deformações celulares possivelmente cancerígenas. É feita para identificar e investigar alterações intra-uterinas, além de fazer parte da lista de exames que antecedem fertilizações in vitro. O procedimento pode ser realizado em ambiente ambulatorial ou no próprio consultório médico.
TRATAMENTO
O tratamento do câncer de colo do útero depende do estágio da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais. Pode ser realizado por meio de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Cirurgias: Existem vários tipos de cirurgia, algumas envolvendo apenas a retirada da lesão tumoral e outras compreendendo a remoção do útero (histerectomia). Entre elas estão: Histerectomia, Cervicectomia, Criocirurgia, Linfadenectomia, Cirurgia ginecológica, Dissecção de linfonodos retroperitoneais.
Radioterapia: Tratamento que utiliza raios-X e outros raios de alta energia para matar ou inibir o crescimento das células anormais.
Quimioterapia: medicamentos administrados por via oral ou diretamente na veia com o objetivo de matar as células que estão crescendo ou se multiplicando muito rapidamente.
Agora que você já conhece mais sobre o câncer de colo do útero, marque uma consulta com seu ginecologista e faça os exames!