No dia 27 de julho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. São tumores localizados na cavidade oral, nasofaringe, glândula tireoide, esôfago cervical, orofaringe, hipofaringe, laringe, cavidade nasal, seios paranasais e glândulas salivares.
Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), anualmente são registrados no mundo, cerca de 23 mil novos casos da doença. Os tumores malignos de cabeça e pescoço correspondem a 3% de todos os tipos de câncer e é o quinto entre os homens no Brasil.
Principais fatores de risco:
- Álcool: a probabilidade sobe para 25 vezes para quem consome álcool em relação às pessoas que não são expostas a essas substâncias;
- Bebidas Quentes: Por agredir as células da mucosa, o consumo de bebidas ou comidas muito quentes torna-se um fator de risco secundário. O consumo diário e prolongado de bebidas tradicionalmente servidas em temperaturas altas (como o chimarrão, por exemplo) aumentam o risco de câncer de boca – assim como o câncer de esôfago.
- Cigarro: pessoas que fumam há muito tempo têm riscos 20 vezes maiores de ter o câncer;
- HPV: Infecções virais pelo vírus do papiloma humano (HPV). O HPV é um vírus transmitido principalmente pelas relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, no pênis, no ânus, colo de útero, cavidade oral e orofaringe (esta envolve particularmente as amígdalas ou a base da língua). Em alguns casos, essa lesão pode estar presente também na pele, nas cordas vocais (laringe) e no esôfago. Estas lesões são associadas com o aparecimento do câncer nestas regiões.
Os sinais e sintomas podem ser causados por outros tipos de câncer ou por doenças menos graves e benignas. Mas quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores as chances de cura. Veja abaixo os sintomas que você deve ficar atento para prevenir um câncer de boca ou garganta:
- Ferida na boca sem cicatrização (sintoma mais comum);
- Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias);
- Nódulo persistente ou espessamento na bochecha;
- Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amígdala ou revestimento da boca;
- Irritação, dor na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada na garganta;
- Dificuldade ou dor para mastigar ou engolir;
- Dificuldade ou dor para mover a mandíbula ou a língua;
- Inchaço da mandíbula que faz com que a dentadura ou prótese perca o encaixe ou incomode;
- Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva ou dor em torno dos dentes ou mandíbula;
- Mudanças persistentes na voz ou respiração ruidosa;
- Caroços no pescoço;
- Perda de peso;
- Mau hálito persistente.
Medidas preventivas:
- Evite bebidas alcóolicas;
- Não fume, nem utilize nargilé ou incenso;
- Ao sentir algum desconforto ou sinal procure um médico especialista;
- Faça visitas periódicas ao dentista;
- Escove bem os dentes;
- Use protetor solar;
- Alimente-se de forma saudável.
Um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, com impacto negativo na sobrevida do paciente. Apesar da alta incidência, a doença é pouco conhecida e divulgada, o que dificulta o diagnóstico precoce e a qualidade de vida dos pacientes.
Por AGP Comunicação