Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV)

Na preservação da saúde, é crucial permanecer atento aos indícios apresentados pelo organismo. A presença do Papilomavírus Humano (HPV) é um exemplo desse cuidado constante. A infecção muitas vezes ocorre de forma assintomática, passando despercebida.

Portanto, a identificação precoce da infecção por HPV, mesmo antes de surgirem sintomas, pode fazer diferença significativa no tratamento, prevenindo complicações. Por isso, é importante adotar práticas de prevenção e detecção antecipada do vírus, visando encontrá-lo antes que cause problemas mais graves.

A seguir, será abordado o que caracteriza o HPV, seus principais sintomas e as abordagens mais indicadas para o tratamento em caso de infecção. Além disso, discutiremos métodos de prevenção e se há cura para a doença.

O que é o HPV?

O Papilomavírus Humano (HPV) consiste em mais de 200 tipos, sendo que aproximadamente 40 deles podem infectar o trato anogenital, afetando mucosas e pele tanto em mulheres quanto em homens. Essas infecções podem resultar desde verrugas simples até condições mais graves, como câncer de colo uterino ou câncer anal.

Os papilomavírus são categorizados em dois grupos conforme o potencial oncogênico: alto risco e baixo risco, englobando desde o desenvolvimento de verrugas até carcinomas invasivos e afetando diversos tecidos e órgãos. A diferenciação dos tipos é feita por números, com 16 e 18 sendo os mais prevalentes, seguidos por 31, 33, 45 e 58. Esses são responsáveis por cerca de 90% dos casos de câncer de colo uterino em mulheres e câncer anal em ambos os sexos em todo o mundo.

O HPV é a Infecção Sexualmente Transmissível (IST) mais comum tanto em mulheres quanto em homens. Além do câncer de colo uterino, pode causar câncer de vulva, vagina, ânus, orofaringe e pênis, além de verrugas anogenitais e papilomatose de laringe, doença que leva à formação de múltiplas lesões verrucosas na mucosa da garganta, em ambos os sexos. A maioria das pessoas provavelmente será infectada por pelo menos um tipo de HPV ao longo da vida. Tipos como o 6 e o 11 estão associados a doenças benignas, como verrugas anogenitais.

Devido à instalação do papilomavírus na pele e na região genital humana, a transmissão ocorre pelo contato com lesões, especialmente em mucosas e feridas. Apesar de ser comum em crianças, a probabilidade de contágio aumenta com o início da atividade sexual, pois a infecção é predominantemente transmitida sexualmente. Aproximadamente 80% das pessoas que tiveram atividades sexuais podem se contaminar ao longo da vida, conforme indica a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Quais os sintomas do HPV?

Conforme mencionado anteriormente, a pessoa infectada pode desenvolver verrugas e lesões genitais, que são precursoras do câncer. Entretanto, a infecção pelo papilomavírus geralmente não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Portanto, é crucial realizar exames ginecológicos periodicamente para diagnosticar a doença precocemente. Exames e vacinação são aliados eficazes na prevenção.

Mesmo em pacientes sem verrugas genitais visíveis, a consulta médica é indispensável, já que a avaliação ginecológica pode identificar lesões não visíveis a olho nu e rastrear padrões que sugerem a infecção pelo HPV.

Em casos mais graves, as células contaminadas podem se multiplicar desordenadamente, resultando em tumores malignos e cânceres anogenitais. A identificação do tipo de HPV é crucial, visto que alguns apresentam maior risco oncológico do que outros.

Sua multiplicação pode ser desencadeada pela redução na resistência do organismo. Pacientes com sistema imunológico comprometido, como soropositivos ou transplantados, têm maior risco de desenvolver tumores pelo HPV. Esse risco é ainda mais elevado em mulheres vivendo com HIV/AIDS, com seis vezes mais chances de desenvolver câncer de colo uterino em comparação com mulheres sem HIV. Nessa população, é essencial manter exames periódicos, usar contraceptivos de barreira (camisinhas) e realizar visitas regulares ao médico.

Quais os tratamentos e existe cura para o HPV?

O tratamento visa eliminar as lesões e verrugas causadas pela infecção viral, podendo ser clínico, com medicamentos, ou cirúrgico, envolvendo eletrocauterização, cauterização química ou tratamento específico para o tipo de câncer diagnosticado.

Em alguns casos, o papilomavírus é eliminado espontaneamente do organismo, sem que a pessoa saiba que foi infectada. Ainda não existe um medicamento capaz de erradicar o vírus permanentemente, e a pessoa pode permanecer infectada por toda a vida. Nesses casos, a doença pode se manifestar periodicamente, requerendo tratamento repetido.

Quais os meios de prevenção contra o HPV?

Existem diversas maneiras de se proteger contra a doença, e a medicina continua avançando na redução da infecção. As principais formas de prevenção incluem:

  • Preservativos

O uso de preservativos é fundamental na prevenção não apenas do HPV, mas de todas as ISTs. Contudo, é crucial lembrar que essa medida não elimina completamente a transmissão, especialmente de lesões genitais próximas ao pênis e à vulva.

  • Exames

O Papanicolaou é o exame ginecológico mais utilizado para indicar o câncer de colo do útero. Ele identifica células com alterações no revestimento do colo uterino, que podem ser tratadas precocemente.

  • Vacinas

A vacinação é uma estratégia fundamental no combate à infecção por HPV. A imunidade conferida pela vacina é essencial, já que a infecção natural não proporciona imunidade duradoura contra reinfecções. Existem duas vacinas, a quadrivalente e a nonavalente, que oferecem proteção contra tipos específicos.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina quadrivalente está disponível para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, além de imunossuprimidos de ambos os sexos entre 9 e 45 anos. Importante notar que a eficácia da vacina é maior se administrada antes do início da atividade sexual, ou seja, antes da exposição ao HPV.

A aplicação da vacina quadrivalente é feita em três doses, sendo a segunda administrada dois meses após a primeira e a terceira após seis meses. Para a faixa etária de 9 a 14 anos, pode ser administrada em esquema alternativo de duas doses, com a segunda aplicada de seis a 12 meses após a primeira. É importante salientar que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação não substitui o rastreamento do câncer de colo uterino.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

Somos responsáveis pela prevenção e o diagnóstico de doenças, a partir de exames anátomos patológicos e citopatológicos. Pautamos nossos serviços sempre pela qualidade, confiabilidade e pelo atendimento personalizado e humanizado, levando para pacientes e médicos parceiros, diagnósticos precisos e especializados.

Referências

Ministério da Saúde. HPV. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hpv#:~:text=O%20HPV%20. Acesso em: 26/02/2024.

Organização Pan-Americana de Saúde. HPV e câncer do colo do útero. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/hpv-e-cancer-do-colo-do-utero. Acesso em: 26/02/2024.

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

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Entenda os cuidados essenciais para a saúde da mulher

A atenção e os cuidados com a saúde devem ser incorporados à rotina de todos. Porém, quando se trata da saúde feminina, a vigilância deve ser ainda mais intensa. Especialmente para aquelas que planejam ter filhos nos próximos anos, é essencial que o corpo esteja preparado para esse momento.

Além de ser uma garantia de que o organismo está saudável, certos cuidados contribuem para a prevenção de doenças e a detecção de situações em estágios iniciais, facilitando um eventual tratamento. Um exemplo é o câncer de colo do útero ou de mama, e qual o tratamento pode ser mais eficaz e menos agressivo quando identificado de maneira precoce.

Neste conteúdo, serão abordados os principais cuidados e exames patológicos que devem integrar a rotina das mulheres, trazendo os benefícios para a qualidade de vida e como o diagnóstico precoce aumenta as chances de um tratamento bem-sucedido.

Relevância dos cuidados com a saúde feminina

O câncer de colo do útero ocupa a terceira posição em incidência entre as mulheres, registrando mais de 17 mil novos casos anualmente, segundo dados do Inca. Além disso, é o quarto em índice de mortalidade por câncer no Brasil. Sua origem está diretamente associada à infecção por determinados tipos do HPV, que têm potencial de progredir para um quadro cancerígeno.

Esse é apenas um exemplo de como os cuidados com a saúde feminina são cruciais para uma vida longa e saudável. Os desafios variam em cada fase da vida, mas a atenção ao próprio corpo não pode ser negligenciada. Seja para prevenir doenças ou para viver com qualidade e bem-estar, o autocuidado é imprescindível.

Quais são as principais atenções à saúde feminina?

Quando se trata de qualidade de vida e saúde, nada supera o conhecimento do próprio corpo. Isso permite perceber quando algo não está funcionando como deveria, desde novas pintas na pele até pontos de dor em qualquer região.

Outros sinais, como falta de disposição, queda de cabelo e insônia, também devem ser observados com cautela, já que várias mudanças simultâneas podem indicar alterações hormonais, por exemplo. O exame de toque nas mamas é uma maneira simples de cuidar do próprio corpo e pode ser realizado em casa, a qualquer momento.

A área íntima também requer atenção. A presença de corrimentos, coceiras e dores durante relações sexuais deve ser constantemente observada. Em casos assim, é fundamental procurar um ginecologista, que fornecerá orientação precisa e cuidadosa.

Hoje, a endometriose também tem sido a causa de muitos relatos de dor pélvica, menstruações dolorosas, entre outras queixas. A doença afeta cerca de 176 milhões de mulheres em todo o mundo, mas muitas vezes é ignorada ou subdiagnosticada. É importante entender que a endometriose não é apenas uma parte normal da vida de uma mulher, mas sim algo sério que merece atenção médica e cuidados adequados.

Além das práticas de autocuidado, é crucial visitar médicos e profissionais de saúde regularmente. Exames de rotina, avaliações especializadas e ajustes em hábitos são aspectos importantes que a orientação profissional oferece. Dessa forma, novas práticas de cuidado podem ser incorporadas à rotina da mulher.

Manter uma boa imunidade também é essencial para evitar problemas de saúde. Isso pode ser alcançado com hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, controle do estresse e prática regular de esportes. Exames para avaliar a imunidade também podem ser solicitados pelo médico, conforme necessário.

Assim, a medicina preventiva se concretiza por meio do conhecimento do próprio corpo e pela escolha de hábitos saudáveis, reduzindo as chances de doenças e preparando o corpo para uma vida plena.

Quais exames devem ser realizados?

Além do exposto anteriormente, alguns exames são essenciais na rotina de cuidados com a saúde feminina, como, por exemplo:

  • Exame ginecológico

Por meio de uma consulta detalhada, o ginecologista pode orientar sobre diversas condições, complementando a avaliação com exames físicos e, quando necessário, solicitar exames complementares, como de imagem ou citológicos.

  • Exame Papanicolaou

Rápido e simples, coletado no consultório pelo ginecologista, esse exame avalia as células do colo do útero. Além de diagnosticar inflamações e infecções, como o HPV, o maior benefício é a detecção precoce de lesões pré-cancerosas, facilitando o tratamento.

  • Exames das mamas

A mamografia e a ecografia de mamas são exames de imagem importantes. A mamografia identifica câncer nos estágios iniciais, enquanto a ecografia, sem radiação, pode complementar a mamografia, especialmente em mulheres com mamas densas.

  • Exames de imagens

Ultrassom transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética da pelve, somadas às queixas da paciente, ajudam a dar o diagnóstico da endometriose. Apesar de mais invasivo, o diagnóstico padrão ouro, ou seja, aquele que dá ainda mais certeza ao médico, é a videolaparoscopia. Trata-se de uma cirurgia no abdômem, com anestesia geral, onde pode ser feita a retirada de focos se a endometriose já não estiver com muito acometimento.

Em todos os casos, se corpos estranhos forem detectados, uma biópsia pode ser solicitada pelo médico para confirmar a presença ou ausência de doenças em geral, especialmente o câncer.

Como esses cuidados previnem doenças

Um estudo da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) revela que 72% dos pacientes com doenças crônicas só identificam o problema quando surgem sintomas. A realização periódica desses exames específicos é essencial para oferecer suporte aos médicos na tomada de decisões sobre o tratamento, contribuindo significativamente para a prevenção de doenças graves.

Conforme o Instituto de Pesquisa HCor, a detecção e o tratamento precoce do câncer de mama aumentam as chances de sucesso e cura. Isso reforça a importância de incluir exames como a mamografia na rotina, juntamente com consultas regulares ao médico.

A saúde da mulher demanda práticas diversas para garantir uma melhor qualidade de vida, desde pequenos ajustes na rotina até exames específicos realizados periodicamente. Essas medidas possibilitam um maior conhecimento do corpo e contribuem para uma vida mais saudável em todos os aspectos.

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Referências

Radar do câncer. Mama. Disponível em:  https://www.radardocancer.org.br/cancer-mama. Acesso em: 26/02/2024.

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Saúde da mulher contempla cuidados específicos. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanitaria/2021/05/saude-da-mulher-contempla-cuidados-especificos. Acesso em: 26/02/2024.

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Câncer Infantil: conheça os principais tipos incidentes no Brasil

No campo da saúde, o câncer infantil, embora raro em comparação com o câncer em adultos, é uma realidade que merece atenção e compreensão. Estudos apontam que a cada ano, cerca de 400 mil crianças e adolescentes, com idades entre zero e 19 anos, enfrentam o diagnóstico de algum tipo de câncer. Com isso, torna-se fundamental compreender os tipos mais comuns nessa faixa etária para promover a conscientização e a detecção precoce, trazendo esperança e perspectivas de cura.

Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a detecção precoce e o tratamento especializado podem levar à cura em aproximadamente 80% das crianças e adolescentes diagnosticados com a doença. Segundo o INCA, o câncer já é a principal causa de óbito por enfermidades neste grupo, correspondendo a aproximadamente 8% do total. Contudo, com a abordagem terapêutica adequada, a maioria dos pacientes infantojuvenis poderá desfrutar de uma boa qualidade de vida.

Neste conteúdo, aprofundaremos nos cânceres com maior incidência entre crianças e adolescentes, na importância de um diagnóstico precoce e em uma visão multifacetada para o tratamento.

Tipos de câncer mais comuns em crianças e adolescentes

O surgimento do câncer ocorre devido a alterações genéticas e a replicação descontrolada de células do corpo modificadas que se diferenciam das células normais. Durante a infância, os cânceres mais frequentes incluem as leucemias, que afetam a medula óssea, os linfomas, que têm origem no sistema linfático, e os tumores do sistema nervoso central.

  • Leucemias

Entre os cânceres pediátricos, as leucemias ocupam um espaço significativo. Trata-se de um tipo de câncer que afeta as células precursoras do sangue, com sua origem, na maioria dos casos, permanecendo desconhecida. A principal característica das leucemias reside no acúmulo de células doentes na medula óssea, substituindo as células sanguíneas saudáveis. Existem quatro principais tipos de leucemia: Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMC), Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e Leucemia Linfocítica Crônica (LLC).

O desafio no tratamento da leucemia infantil é amplificado pela variedade de subtipos, cada um com suas peculiaridades. O diagnóstico preciso é essencial para orientar o tratamento e aumentar as chances de sucesso.

  • Tumores do Sistema Nervoso Central

Os tumores do sistema nervoso central, especialmente os meduloblastomas, merecem destaque pela sua natureza invasiva e crescimento rápido. Esses tumores frequentemente atingem áreas que controlam o movimento e o equilíbrio da criança, tornando o desafio ainda mais delicado.

Os meduloblastomas representam de 10 a 15% dos tumores pediátricos do sistema nervoso central, destacando-se pela agressividade e necessidade de intervenção imediata. O acompanhamento cuidadoso dos sintomas e um diagnóstico preciso e precoce, são cruciais para garantir uma resposta rápida e eficaz.

  • Linfomas Infantis

O linfoma infantil, um câncer do sistema linfoide, apresenta sintomas que podem ser confundidos com doenças comuns da infância. Febre persistente, aumento de gânglios (ínguas) e perda de apetite são sinais que demandam atenção imediata dos pais e responsáveis. A similaridade desses sintomas com outras condições pediátricas reforça a importância da avaliação médica diante de qualquer sinal persistente. A prontidão na busca por avaliação médica e um diagnóstico precoce diante de sintomas suspeitos pode significar a diferença entre um tratamento eficaz e complicações mais sérias.

Importância de uma detecção precoce

A detecção precoce é uma arma poderosa na luta contra o câncer infantil. Muitos desses cânceres respondem positivamente ao tratamento quando diagnosticados em estágios iniciais, proporcionando melhores perspectivas de cura. Pais, familiares e educadores devem ficar em alerta para auxiliarem na identificação de sinais, como dores persistentes, febres recorrentes e alterações no comportamento.

O conhecimento e a sensibilização para esses sinais são fundamentais para agir de maneira rápida e eficaz. Iniciativas educativas devem ser implementadas para garantir as informações necessárias, de modo que a população consiga identificar precocemente o câncer infantil, contribuindo assim para um tratamento mais efetivo.

Uma abordagem multifacetada na luta contra o câncer infantil

A batalha contra o câncer infantil vai além dos avanços na pesquisa e tratamentos. Exige uma abordagem integrada que inclua apoio emocional, acesso a serviços especializados e ações educativas para promover a conscientização e prevenção. Famílias que enfrentam o diagnóstico de câncer em seus filhos precisam de suporte especializado nas diferentes áreas.

Iniciativas que proporcionam aconselhamento e grupos de apoio podem ajudar as famílias a enfrentar os desafios emocionais que surgem durante o tratamento. Além disso, é imperativo garantir o acesso a serviços diagnósticos e tratamentos de qualidade. A equidade no acesso a esses recursos é fundamental para garantir que todas as crianças, independentemente de sua condição socioeconômica, tenham oportunidades iguais de receber o melhor cuidado possível.

Em um esforço conjunto, pais, profissionais de saúde, educadores e a sociedade em geral precisam compreender os desafios específicos do câncer infantil e agir proativamente, para criar um ambiente que favoreça a detecção precoce e o tratamento eficaz.

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Referências

Ministério da Saúde. Câncer infantojuvenil: diagnóstico precoce possibilita cura em 80% dos casos. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/fevereiro/cancer-infantojuvenil-diagnostico-precoce-possibilita-cura-em-80-dos-casos. Acesso em: 31/01/2024.

World Health Organization. Childhood cancer. Disponível em : https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cancer-in-children. Acesso em: 31/01/2024.

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Leucemia: principais sintomas e cuidados com a doença

No ano de 2022, conforme dados fornecidos pelo INCA, o Brasil registrou mais de 11 mil novos casos de leucemia. Tratando-se do câncer mais prevalente em crianças, a identificação tardia dessa condição pode complicar o enfrentamento da doença.

Por conta disso, é importante se familiarizar com os sintomas da leucemia, assim como compreender as modalidades de diagnóstico e tratamento associadas a essa enfermidade. Os tópicos seguintes abordam todas essas questões.

Quais fatores podem desencadear a leucemia?

De maneira simplificada, a leucemia é categorizada como um tipo de câncer que afeta a medula óssea, órgão situado no interior dos ossos e encarregado da produção de células sanguíneas, incluindo glóbulos brancos e vermelhos, bem como plaquetas.

Na leucemia, ocorre uma desregulação na produção de células sanguíneas, levando a produção e liberação de células de defesa imaturas, com os blastos. Essas células são disfuncionais, o que prejudica o funcionamento do sistema imunológico da pessoa. Além disso, elas se multiplicam mais rápido e morrem menos do que as células normais.

Não há uma causa específica para a leucemia com base nas informações disponíveis atualmente. A origem das mutações ainda não é completamente compreendida em grande parte dos casos. Alguns estão vinculados a fatores ambientais e uma pequena parcela herda essas mutações dos pais. Na maioria dos casos, entretanto, a origem da mutação é desconhecida.

À medida que o organismo envelhece, erros durante a multiplicação celular podem ocorrer, aumentando a probabilidade de uma mutação indesejada. Isso propicia que certos tipos de leucemia afetem mais frequentemente os idosos. Por outro lado, permanecem sem explicações substanciais as mutações que levam à leucemia em indivíduos jovens.

Quais grupos etários são mais suscetíveis?

Os casos de leucemia podem ser categorizados em quatro grupos, cada um manifestando-se com maior frequência em faixas etárias específicas:

Leucemia mieloide aguda (LMA): predominantemente atinge os idosos, mas também afeta crianças e adultos. Geralmente associada ao envelhecimento, pode ter como fator de risco a exposição prévia à quimioterapia;

Leucemia mieloide crônica (LMC): mais comum em adultos. Nesta variante a célula defeituosa apresenta maior maturidade, resultando em muitos pacientes assintomáticos, percebendo a doença apenas em hemogramas de rotina que indicam alta contagem de leucócitos;

Leucemia linfoide aguda (LLA): tipo mais comum em crianças, embora também possa ocorrer em adultos;

Leucemia linfoide crônica (LLC): manifesta-se principalmente em indivíduos com mais de 55 anos, tornando-a a leucemia mais prevalente em pessoas idosas.

Quais são os sintomas da leucemia?

O início da leucemia aguda é marcado pelo surgimento de uma sequência de mutações que leva a medula óssea a produzir uma célula que perde a capacidade de se diferenciar normalmente.

Esse processo persiste até que essa célula se torne predominante, desencadeando os sintomas clínicos da doença. Nesse estágio, ocorre a chamada falência medular, podendo manifestar sangramentos, anemia, problemas de imunidade, febre e infecções. Esses sintomas são característicos, principalmente, nos casos agudos, como na leucemia promielocítica aguda, em que os sinais de sangramento são bastante típicos, como manchas roxas na pele e pontos vermelhos. Quando a contagem de leucócitos está muito elevada, podem surgir complicações como trombose, aumento da viscosidade sanguínea, confusão mental e falta de ar.

Em contrapartida, os quadros crônicos tendem a ser mais silenciosos, uma vez que as células leucêmicas atingem um grau maior de maturação. É importante estar atento a sinais como alta contagem de leucócitos, baixa contagem de plaquetas, algum grau de anemia e a ocorrência de sangramentos ou tromboses. Em geral, as manifestações clínicas demandam mais tempo para se manifestarem.

Como é feito o diagnóstico?

O acompanhamento de casos suspeitos de leucemia é de responsabilidade do médico hematologista. Tipicamente, o primeiro contato com esse profissional ocorre quando um médico de confiança observa alterações clínicas e em exames de rotina. Um hemograma modificado pode sugerir um acréscimo na quantidade de leucócitos (células brancas do sangue), podendo ou não estar relacionado à redução das hemácias (células vermelhas do sangue) e plaquetas.

Para confirmar a suspeita o hematologista deve solicitar a coleta de uma amostra diretamente da medula óssea, através da técnica de Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF). A partir desse procedimento, são geralmente requisitados exames como mielograma, biópsia da medula óssea e painéis genéticos para avaliação de mutações associadas à doença.

É importante a realização de todos os exames para confirmar o diagnóstico e determinar o tipo específico de leucemia presente no paciente. Dessa forma, aumentam-se as chances de iniciar um tratamento mais apropriado.

Como é feito o tratamento?

Nas últimas décadas, a medicina avançou consideravelmente, principalmente no que diz respeito às opções de tratamento para leucemias crônicas. Os tratamentos são mais direcionados e atuam diretamente sobre os efeitos das mutações genéticas.

No caso das leucemias agudas, é necessário combinar terapias específicas com quimioterapia. Quando é necessário realizar o transplante de medula óssea, busca-se um parente mais próximo para verificar a compatibilidade. Em determinados casos de leucemias crônicas, também pode ser indicado o transplante de medula óssea.

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Referências

Instituto Nacional de Câncer. Leucemia. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/leucemia#:~:text=Na%20leucemia%2C%20uma%20c%C3%A9lula%20sangu%C3%ADnea,do%20que%20as%20c%C3%A9lulas%20normais. Acesso em: 27/11/2023.

Abrale. Leucemias. Disponível em: https://www.abrale.org.br/doencas/leucemia/. Acesso em: 27/11/2023.

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Entenda a importância da medicina genômica no diagnóstico precoce

O desenvolvimento científico enfrenta há décadas o desafio representado pelo câncer, uma doença de elevada prevalência na sociedade, apresentando complexidades consideráveis em sua abordagem terapêutica. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), são estimados mais de 700 mil casos por ano no Brasil.

A medicina, felizmente, progride diariamente na criação de tratamentos inovadores para diversos tipos de tumores, por meio de medicamentos que demonstram eficácia na inibição da expansão das células malignas. Entretanto, a identificação precoce da doença ainda é uma dificuldade que precisa ser amenizada.

A importância da detecção precoce

A detecção precoce engloba a implementação de estratégias voltadas tanto para o diagnóstico antecipado quanto para o rastreamento de doenças. É destinada a indivíduos que manifestam sinais iniciais específicos de determinadas patologias. É evidente que identificar o câncer em seus estágios iniciais é fundamental para prognósticos otimistas e para ampliar as possibilidades de cura.

O rastreamento consiste na realização de exames e testes em uma população considerada saudável e assintomática, representando os conhecidos exames preventivos, especialmente para certos tipos de câncer. Um exemplo evidente é o câncer de colo de útero, uma condição de alta prevalência entre as mulheres. Comprovadamente, a incidência e mortalidade desse tipo de câncer podem ser reduzidas por meio de exames preventivos, como o Papanicolaou. A adoção desse exame, estima-se que possa diminuir, em média, de 60 a 90% a ocorrência do câncer cervical invasivo.

No caso dos homens, o câncer de próstata é uma preocupação comum. O exame de toque retal representa o método preventivo central para esse tipo de câncer e é aconselhável realizá-lo anualmente a partir dos 45 anos de idade.

Adicionalmente, um diagnóstico preciso, ágil e adaptado individualmente desempenha um papel fundamental ao orientar o tratamento apropriado para cada paciente, fornecendo ao médico as ferramentas necessárias para tomar a melhor decisão.

A medicina genômica a serviço do diagnóstico personalizado

Atualmente, nenhum paciente com câncer deve iniciar o tratamento sem a devida investigação do perfil molecular do tumor. O método diagnóstico padrão, amplamente utilizado em laboratórios de patologia, emprega ácidos nucleicos (DNA e/ou RNA) extraídos de fragmentos de tecido viável do tumor primário ou de lesão metastática, previamente analisados por médicos patologistas. Em termos simples, a análise genética do tumor é conduzida por meio de exames moleculares, permitindo a identificação de características específicas de cada condição.

Essa caracterização genômica e personalizada para cada tumor em cada paciente é a base para orientar decisões de tratamento e determinar o sucesso da terapia alvo anticancerígena. Esse conceito fundamenta o que, nos últimos anos, ficou conhecido como medicina personalizada, medicina de precisão ou ainda medicina genômica, na perspectiva da patologia.

O câncer é uma doença dinâmica que evolui mediante ao acúmulo de diversas mutações, fatores epigenéticos e variantes estruturais. Essas mudanças podem ocorrer por predisposição genética, como nos casos de cânceres hereditários, resultando em diversos padrões de genomas tumorais individuais.

Consciente disso, a oncologia de precisão utiliza a análise do genoma dos pacientes e do tumor para desenvolver estratégias de diagnóstico, prognóstico e tratamento adaptadas às necessidades específicas de cada paciente, orientando a escolha de terapias direcionadas. Dessa forma, o médico ganha maior capacidade de decisão ao selecionar a terapia que proporcionará a máxima eficácia.

O câncer de mama pode exemplificar esse cenário. Em épocas anteriores, pacientes com câncer de mama eram tratadas de maneira similar, com base em classificações anatomopatológicas que se mostravam insuficientes para compreender os desfechos clínicos individuais. Em outras palavras, cada câncer possui particularidades que influenciarão diretamente na resposta do tumor à terapia. Nesse contexto, a investigação molecular do carcinoma de mama revelou-se essencial para caracterizar o tumor por meio da análise genômica, possibilitando a identificação de novos alvos terapêuticos mais eficazes em diferentes subtipos de tumores.

Análise genômica preventiva

A aplicação de análises genéticas vai muito além do estudo de tumores e células cancerígenas. Atualmente, é possível avaliar com certa segurança e precisão se uma pessoa apresenta maior ou menor predisposição ao desenvolvimento de um determinado tipo de câncer.

Isso é viabilizado por tecnologias como o sequenciamento de nova geração (NGS), que analisa o DNA humano em busca de possíveis variações genômicas preditivas de câncer. Esses exames, conhecidos como painéis genéticos ( no Célula Laboratório Médico realizamos esses exames, para mais informações fale com a nossa equipe), permitem a análise do código genético do paciente em busca de variantes genéticas hereditárias que podem indicar predisposição ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer e doenças.

É relevante ressaltar que praticamente todos os seres humanos carregam alguma variante genética, e na maioria dos casos, não resulta no desenvolvimento de doenças. Portanto, a presença de uma variante não implica necessariamente o desenvolvimento futuro de câncer. Esses testes possibilitam um acompanhamento mais próximo no caso de identificação de uma variante genética suspeita, permitindo a implementação de medidas preventivas contra a doença.

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Referências

Radar do câncer. Números no Brasil. Disponível em: https://www.radardocancer.org.br/. Acesso em: 20/12/2023

Goodwin, S., McPherson, J. & McCombie, W. Coming of age: ten years of next-generation sequencing technologies. Nat Rev Genet 17, 333–351 (2016). https://doi.org/10.1038/nrg.2016.49.

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Importância do médico patologista no diagnóstico do câncer de pele

Em 2020, a OMS registrou 1,5 milhão de diagnósticos de câncer de pele, incluindo 325 mil casos de melanoma, com aumento expressivo ao longo de três décadas, conforme indicam pesquisas. No Brasil, o INCA aponta o câncer de pele como o mais prevalente, correspondendo a cerca de 30% de todos os tumores malignos, com uma média anual de 180 mil novos casos de câncer de pele não melanoma e mais de 8 mil casos de melanoma.

A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo uma barreira protetora que muitas vezes pode sofrer com danos externos e agressivos. Uma das fontes de agressão à pele é a exposição extrema ao sol, podendo resultar em doenças como o câncer de pele. A detecção precoce desempenha um papel fundamental no sucesso e na eficácia do tratamento. Quem conduz esse tipo de diagnóstico é o médico patologista.

A importância da biópsia na detecção precoce

A biópsia é uma forte aliada do patologista na detecção precoce do câncer de pele. Essa técnica envolve a remoção de uma pequena quantidade de tecido, preservando a lesão para uma análise detalhada. Dependendo da localização, pode ser realizada por raspagem, punção, incisão ou excisão completa do tumor.

A espessura potencial do tumor e suas margens são examinadas cuidadosamente. O material removido é submetido ao exame anatomopatológico, fornecendo informações essenciais para o diagnóstico e prognóstico. A detecção precoce, realizada por uma junção de exames clínicos, histopatológicos ou radiológicos, é essencial para o tratamento do câncer de pele.

O exame anatomopatológico

Para identificar possíveis tumores, o médico patologista recorre, geralmente, ao exame anatomopatológico, uma de suas principais ferramentas. Esse procedimento minucioso é solicitado por médicos generalistas e especialistas quando confrontados com sintomas ou lesões cutâneas suspeitas.

O processo começa com a coleta de material, muitas vezes via biópsia. Os fragmentos são imersos em formol para conservação e passam por um processo de preparação de amostra para serem analisados no laboratório. Esse material é dividido em pequenos cortes e alocados em lâminas de vidro, banhados por corantes para serem analisados pelo médico patologista sob o microscópio.

Essa análise profunda permite identificar tecidos normais e anomalias, como tumores ou infecções. Em alguns casos, estudos imuno-histoquímicos podem ser realizados para identificar proteínas específicas, fornecendo uma visão ainda mais precisa. Após a confirmação do diagnóstico e dependendo do tipo e estágio da doença, exames moleculares também podem ser conduzidos para detectar mutações genéticas. A identificação de mutações em genes, como o BRAF, desempenha um papel crucial no diagnóstico do melanoma, por exemplo, orientando os especialistas quanto ao prognóstico do paciente e à escolha do tratamento mais eficaz.

Assim como em outros tipos de câncer, a detecção precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento do câncer de pele, evitando complicações. Quando negligenciado, o câncer pode avançar, resultando em lesões desfigurantes em áreas expostas, gerando sofrimento aos pacientes.

O papel integrador do médico patologista

Ao final do processo, somente o médico patologista é capaz de integrar dados clínicos, cirúrgicos, morfológicos e moleculares. Essa habilidade resulta no laudo anatomopatológico essencial na prática médica na luta contra os tipos de câncer. Esse relatório não apenas identifica as causas da doença, mas também orienta médicos de diversas especialidades sobre o tratamento mais adequado.

O avanço da tecnologia trouxe novas dimensões ao diagnóstico. Além do exame anatomopatológico, técnicas moleculares como sequenciamento gênico e proteômica aprimoram a compreensão dos tumores. A pesquisa de variantes genéticas, associadas ao desenvolvimento de cânceres específicos, torna-se cada vez mais comum, oferecendo uma ferramenta valiosa para diagnóstico e tomada de decisões no tratamento. A detecção precoce, aliada a técnicas avançadas, é nossa melhor defesa contra o câncer de pele e outros tipos de tumores.

Sinais na pele: alertas preciosos

A observação atenta de alterações na pele é crucial. O câncer de pele não melanoma, frequentemente encontrado em áreas expostas ao sol, como rosto e orelhas, pode se manifestar por manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram, além de feridas persistentes. Já o melanoma, mais agressivo, pode surgir de lesões pigmentadas existentes, apresentando alterações na cor, forma e tamanho.

É importante ressaltar que nem toda alteração na pele indica câncer, mas qualquer mudança persistente deve ser avaliada por um médico especialista. O diagnóstico preciso das características do câncer é fundamental para o início de um tratamento adequado. Caso apresente sintomas do câncer de pele como manchas, pintas ou lesões na pele, e tenha histórico familiar da doença, procure um médico dermatologista para tirar suas dúvidas e prosseguir com os exames patológicos caso necessário.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você esteja sempre bem informado e mantenha a sua saúde em dia.

Somos responsáveis pela prevenção e o diagnóstico de doenças, a partir de exames anátomos patológicos e citopatológicos. Pautamos nossos serviços pela qualidade, confiabilidade e pelo atendimento personalizado e humanizado, levando para pacientes e médicos parceiros, diagnósticos precisos e especializados.

Referências

Sociedade Brasileira de Patologia. Da biópsia ao diagnóstico: como é realizado o trabalho do patologista. Disponível em: https://www.sbp.org.br/da-biopsia-ao-diagnostico-como-e-realizado-o-trabalho-do-patologista/. Acesso em: 20/12/2023.

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. Como é feito o diagnóstico do câncer de pele? Disponível em: https://sbco.org.br/como-e-feito-o-diagnostico-do-cancer-de-pele/. Acesso em: 20/12/2023.

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

CRM/MT 4934 RQE 13657

Câncer de pele é o mais incidente no mundo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ano de 2020 testemunhou cerca de 1 milhão e meio de diagnósticos de câncer de pele, incluindo 325 mil casos de melanoma, a variante de maior gravidade. Estudos indicam que o melanoma tem apresentado um aumento de incidência mais significativo do que qualquer outro tipo de câncer nas últimas três décadas.

No contexto brasileiro, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta o câncer de pele como o mais prevalente no País, respondendo por aproximadamente 30% de todos os tumores malignos. Estimativas do órgão sugerem uma média anual de 180 mil novos casos de câncer de pele não melanoma, além de mais de 8 mil casos de melanoma.

Ao longo deste conteúdo, abordaremos informações essenciais para a compreensão do câncer de pele, desde sua definição até os tipos, causas e sintomas, além de explorar métodos de diagnóstico e estratégias de prevenção.

O que é o câncer de pele?

O câncer de pele é uma condição resultante de alterações no DNA das células da pele, desencadeando um crescimento desordenado e excessivo. Esse processo leva à perda de função e à formação de um tumor maligno.

Tipos de câncer de pele

Existem dois tipos predominantes de câncer de pele: o não melanoma e o melanoma.

O não melanoma é a forma mais comum, caracterizada por sua menor agressividade e elevada taxa de recuperação. Entretanto, se não for tratado adequadamente, pode resultar em sequelas na área afetada. Este tipo pode ser subdividido em dois subtipos predominantes: carcinoma basocelular, prevalente em células da camada mais profunda da epiderme, e carcinoma espinocelular, originado de células escamosas nas camadas superficiais da pele. Ambos geralmente se manifestam em áreas expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas.

O melanoma, embora menos comum, possui o pior prognóstico e a maior taxa de mortalidade quando diagnosticado em estágios avançados. Considerado o mais grave, devido à sua propensão a gerar metástases, o melanoma tem origem nos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, que determina a coloração da pele. Pode surgir em qualquer parte do corpo, apresentando-se sob a forma de manchas, pintas ou sinais. Apesar do impacto assustador que o diagnóstico de melanoma pode ter nos pacientes, é importante ressaltar que as chances de cura são significativas quando identificado precocemente.

As principais causas do câncer de pele

Um dos fatores determinantes para o desenvolvimento do câncer de pele é a exposição excessiva à luz solar. Os raios ultravioleta (UV) presentes na luz solar podem causar danos ao DNA das células da pele quando a exposição é prolongada e desprotegida. Pessoas de pele clara, albinas, com olhos claros ou propensas a queimaduras têm maior suscetibilidade ao desenvolvimento da doença, especialmente do melanoma.

O câncer não melanoma é mais prevalente em indivíduos com mais de 40 anos e menos comum em crianças e pessoas de pele escura. Entretanto, estudos epidemiológicos indicam que a exposição solar excessiva durante a infância e adolescência pode contribuir para um aumento na incidência de câncer de pele em pacientes cada vez mais jovens, reforçando a importância das medidas preventivas.

Os fatores genéticos e o histórico familiar desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença, especialmente no caso do melanoma. Aqueles com familiares de primeiro grau diagnosticados com melanoma devem realizar exames preventivos regularmente. A presença de mutações genéticas, especialmente nos genes BRAF e NRAS, também está associada ao desenvolvimento da doença.

Outro ponto relevante é a exposição a câmaras de bronzeamento artificial. Há um amplo conjunto de evidências científicas que destaca os potenciais danos decorrentes do uso desse tipo de equipamento para a pele. Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a utilização desses dispositivos no Brasil.

Como diagnosticar o câncer de pele?

O diagnóstico é conduzido pelo dermatologista, fundamentado na avaliação clínica das manchas e lesões, além do histórico do paciente. Durante esse exame, o médico analisará diversas características da lesão suspeita, seguindo os critérios da Regra do ABCDE, uma ferramenta útil para realizar uma triagem de manchas ou lesões suspeitas e pode ser aplicada em casa pelo próprio paciente (autoexame).

Assimetria: lesões ou manchas com assimetria podem indicar malignidade, enquanto as simétricas geralmente são benignas;

Bordas: a presença de bordas irregulares também pode indicar malignidade;

Cor: manchas com mais de uma cor podem sugerir malignidade;

Dimensão: lesões com tamanho superior a 6 milímetros podem indicar provável malignidade;

Evolução: se a mancha ou lesão crescer e mudar de cor, há indício de malignidade.

No entanto, é crucial salientar que apenas um profissional qualificado conseguirá identificar e classificar as lesões como potencialmente cancerosas ou não. Portanto, caso observe o surgimento de manchas ou lesões características, busque a orientação de um profissional de saúde para uma avaliação mais minuciosa.

Exames complementares são essenciais para alcançar o diagnóstico final. Geralmente, recomenda-se a realização de biópsia para análise anatomopatológica. Somente por meio desse procedimento será possível determinar com precisão se a lesão ou mancha é cancerosa.

Após a confirmação do diagnóstico e dependendo do tipo e estágio da doença, exames moleculares também podem ser conduzidos para detectar mutações genéticas. A identificação de mutações em genes, como o BRAF, desempenha um papel crucial no diagnóstico do melanoma, orientando os especialistas quanto ao prognóstico do paciente e à escolha do tratamento mais eficaz.

Assim como em outros tipos de câncer, a detecção precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento do câncer de pele, evitando complicações. Quando negligenciado, o câncer não melanoma pode avançar, resultando em lesões desfigurantes em áreas expostas, gerando sofrimento aos pacientes.

Qual a prevenção para o câncer de pele?

A principal forma de prevenção contra o câncer de pele é proteger-se da exposição solar. A radiação ultravioleta (UV) compreende dois tipos: UVA e UVB. Os raios UVB atingem camadas superficiais da pele e causam queimaduras, enquanto os raios UVA atingem camadas mais profundas sem provocar queimaduras, mas são mais perigosos devido ao potencial cancerígeno e ao envelhecimento precoce da pele. Os raios UVA estão presentes ao longo do dia, enquanto os UVB intensificam-se entre as 10h e 16h.

Portanto, é aconselhável usar filtros solares que protejam contra ambos os raios (UVA e UVB), com fator acima de 30, mesmo em dias nublados. Evitar a exposição solar durante os horários de pico e reaplicar o protetor a cada 3 horas, dependendo da atividade, são medidas recomendadas. O uso de acessórios como chapéus, óculos de sol e guarda-sóis também são boas práticas para proteção.

Esteja atento aos sinais do seu corpo. Se notar o surgimento de manchas suspeitas ou lesões persistentes, consulte um dermatologista para avaliação detalhada. O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

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Referências

Biblioteca Virtual em Saúde. Câncer de pele. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/cancer-de-pele/. Acesso em: 27/11/2023.

Sociedade Brasileira de Dermatologia. Câncer de pele. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/cancer-da-pele/. Acesso em: 27/11/2023.

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Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

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Terapia com testosterona: benefícios e riscos no envelhecimento

A busca pela juventude eterna e pela vitalidade ao longo do processo de envelhecimento é um objetivo de muitos. À medida que envelhecemos, os níveis de testosterona em nosso organismo tendem a diminuir gradualmente.

A testosterona é um hormônio fundamental, principalmente produzido nos testículos. Ela atua em diversas funções do organismo, incluindo a manutenção da densidade óssea, distribuição de gordura, força e massa muscular, crescimento de pelos faciais e corporais, produção de glóbulos vermelhos, desejo sexual e produção de esperma.

É possível observar que a testosterona tem uma influência profunda em vários aspectos da saúde e bem-estar masculino. Neste artigo, abordaremos a terapia com testosterona, seu papel no combate aos efeitos do envelhecimento e os riscos potenciais envolvidos. Afinal, antes de optar por essa forma de tratamento, é essencial compreender todos os aspectos envolvidos. 

Declínio da testosterona com a idade

A produção de testosterona atinge seu pico durante a adolescência e início da idade adulta. Contudo, à medida que envelhecemos, é comum que os níveis desse hormônio diminuam gradualmente, cerca de 1% ao ano após os 30 ou 40 anos de idade. Para muitos homens, essa diminuição faz parte do processo de envelhecimento normal. No entanto, é essencial distinguir entre a diminuição natural da testosterona e o hipogonadismo, uma condição que dificulta a produção adequada do hormônio devido a problemas nos testículos ou na glândula pituitária, situada na base do cérebro.

Os sinais do envelhecimento e os níveis de testosterona

Muitos homens experimentam uma série de sintomas à medida que envelhecem, alguns dos quais podem ser associados a níveis mais baixos de testosterona. Estes podem incluir mudanças na função sexual, alterações físicas, como aumento de gordura corporal, redução da força muscular e diminuição da densidade óssea, além de mudanças emocionais, como a diminuição da motivação ou autoconfiança.

É importante observar que esses sintomas não são exclusivamente causados por baixos níveis de testosterona e podem ter outras origens, como efeitos colaterais de medicamentos, problemas de saúde como apneia obstrutiva do sono, tireoide, diabetes e depressão. Portanto, é importante diagnosticar a causa subjacente dos sintomas antes de considerar a terapia com testosterona.

A terapia com testosterona

Para homens diagnosticados com hipogonadismo, a terapia de reposição de testosterona é uma opção viável. Essa terapia pode ser administrada de diversas formas, incluindo injeções, pellets, adesivos e géis, e tem a capacidade de aliviar os sintomas associados à baixa testosterona.

No entanto, a questão central que muitos se deparam é se a terapia com testosterona pode, de fato, promover juventude e vitalidade em homens que estão envelhecendo de maneira saudável. A resposta a essa pergunta não é tão clara quanto alguns gostariam.

Muitos homens acreditam que a terapia com testosterona os faz sentir mais jovens e energizados, mas a evidência científica que apoia o uso de testosterona em homens saudáveis é limitada. As diretrizes do American College of Physicians indicam que, embora a terapia com testosterona possa melhorar a função sexual em alguns homens, existem poucas evidências de que ela melhore outros aspectos, como vitalidade e energia.

Riscos da terapia com testosterona para o envelhecimento normal

A terapia com testosterona não está isenta de riscos. Entre eles é possível evidenciar:

  • Piora da apneia do sono, um distúrbio sério onde a respiração para e recomeça repetidamente, prejudicando a qualidade do sono e a saúde respiratória.
  • Acne e reações cutâneas.
  • Estimular o crescimento não canceroso da próstata (hiperplasia prostática benigna) e até mesmo o crescimento do câncer de próstata existente.
  • Ginecomastia, que causa o aumento dos seios nos homens.
  • Limitar a produção de espermatozoides e causar encolhimento dos testículos.
  • Estimular a produção excessiva de glóbulos vermelhos, aumentando o risco de formação de coágulos sanguíneos, como a embolia pulmonar.

Além desses riscos, algumas pesquisas sugerem que a terapia com testosterona pode aumentar o risco de doenças cardíacas, mas são necessárias mais investigações para entender essa relação.

A conversa com o médico

Antes de tomar qualquer decisão sobre a terapia com testosterona, é fundamental que você discuta com seu médico. Se você está considerando esse tratamento, seu médico provavelmente medirá seus níveis de testosterona em pelo menos duas ocasiões antes de fazer qualquer recomendação.

No entanto, é fundamental ressaltar que a terapia com testosterona não é aconselhável para tratar o envelhecimento normal. Se não houver uma condição médica subjacente que justifique o uso da terapia, o médico pode sugerir abordagens naturais, como a perda de peso e o aumento da massa muscular através de exercícios de resistência.

A terapia com testosterona pode ser benéfica para homens com hipogonadismo, mas seus benefícios e riscos para homens que envelhecem de forma saudável não são totalmente compreendidos. A decisão de adotar essa terapia deve ser cuidadosamente considerada em consulta com um profissional de saúde. Envelhecer é um processo natural, e a busca pela vitalidade deve ser equilibrada com a avaliação dos riscos envolvidos.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e com a sua saúde em dia.

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Referências

Sociedade Brasileira de Urologia. Envelhecimento masculino e a diminuição da testosterona. Disponível em: https://sbu-sp.org.br/publico/envelhecimento-masculino-e-a-diminuicao-da-testosterona/. Acesso em: 26/10/2023

Mayo Clinic. Testosterone therapy: Potential benefits and risks as you age. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/sexual-health/in-depth/testosterone-therapy/art-20045728?reDate=13092023. Acesso em: 26/10/2023

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Câncer de próstata é o mais incidente entre os homens brasileiros

O câncer de próstata é uma doença que atinge milhões de homens pelo mundo. A estimativa mundial, realizada em 2020, estimou 1,4 milhão de novos casos, o que equivale a 15,2% de todos os tipos de câncer que acometem os homens. No Brasil, a estimativa chega a 71.730 casos para o triênio de 2023 a 2025.

Entre todos os tipos de câncer, o de próstata ocupa a segunda posição entre os mais frequentes no país. Porém, entre os homens é o mais incidente em todo o território nacional. No ano de 2020, foram mais de 15 mil óbitos provenientes da doença, sendo o segundo mais letal. Quando se trata de câncer, é compreensível que a mera menção gere uma apreensão, afinal, essa é uma doença grave, com potencial fatal.

O que é a próstata?

A próstata é um componente do sistema reprodutor masculino e tem a responsabilidade de produzir parte do fluido seminal, conhecido como líquido prostático. Localizada na área pélvica, em condições normais, ela possui um tamanho discretamente aparente abaixo da bexiga.

Na reprodução, sua principal função é liberar uma secreção que é expelida no momento da ejaculação. Esse líquido atua na viabilidade dos espermatozoides, contendo enzimas anticoagulantes e nutrientes essenciais para os gametas masculinos.

Quando e como o câncer de próstata se revela?

O câncer de próstata geralmente age de forma assintomática, frequentemente, passando despercebido. No entanto, é uma das neoplasias mais comuns em todo o mundo, tendendo a se manifestar a partir dos 50 anos de idade.

A detecção precoce do câncer de próstata é normalmente realizada por meio de exames de sangue e avaliação física. Além disso, é fundamental estar atento aos fatores de risco associados à doença. Com um diagnóstico e tratamento precoces, complicações podem ser evitadas, a depender do estágio da doença e das características individuais de cada paciente.

Fatores de risco para o câncer de próstata

Até o momento, a causa exata do câncer de próstata permanece desconhecida. No entanto, sabemos que existem fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença, tornando-a mais provável, direta ou indiretamente.

Homens mais velhos apresentam um risco aumentado de desenvolver câncer de próstata. Portanto, a idade é um fator de risco. A maioria dos casos começa a surgir a partir dos 50 anos, o que justifica a recomendação de iniciar a avaliação a partir dessa faixa etária para todos os homens e a partir dos 45 anos para aqueles com fatores de risco, como ascendência africana e histórico familiar de câncer de próstata, mama, ovário ou pâncreas.

Além da idade, fatores como dieta inadequada, obesidade e tabagismo podem estar relacionados ao surgimento da doença. Outros indicadores incluem o estímulo do hormônio masculino, andrógenos, como a testosterona, que pode estimular excessivamente as células da glândula prostática, levando ao crescimento e ao desenvolvimento do câncer de próstata.

O histórico familiar de primeiro grau de câncer de próstata, mama, ovário ou pâncreas, a ascendência africana ou caribenha e as mutações genéticas, também devem ser consideradas.

É importante ressaltar que a presença de fatores de risco não garante o desenvolvimento da doença. Muitos homens podem apresentar vários desses fatores de risco sem nunca desenvolver o câncer, da mesma forma que existem casos de homens sem fatores de risco que podem desenvolver a doença.

Sintomas do câncer de próstata

O câncer de próstata é frequentemente assintomático e, ao contrário de muitas outras neoplasias, não apresenta sinais evidentes em seus estágios iniciais. Geralmente, quando os sintomas surgem, a doença já está em estágio avançado.

Enquanto o câncer estiver restrito à próstata, é raro que os pacientes experimentem sintomas perceptíveis. Os sintomas típicos da próstata, como micção frequente e sensação de bexiga cheia após urinar, são mais frequentemente associados à hiperplasia benigna da próstata.

No entanto, quando o câncer de próstata está em um estágio avançado e se espalha para outros órgãos, como os ossos, os sintomas podem se manifestar como dor intensa. A presença de dor óssea indica que a doença já se disseminou da próstata, tornando o tratamento mais desafiador e as chances de cura significativamente reduzidas em comparação com diagnósticos precoces.

Como prevenir o câncer de próstata?

Embora alguns fatores de risco associados ao câncer de próstata sejam modificáveis, como hábitos alimentares inadequados e tabagismo, não existe uma garantia absoluta de prevenção. Portanto, a estratégia mais eficaz para combater a doença é o diagnóstico precoce, que pode evitar casos mais graves. Assim, a melhor opção é buscar um acompanhamento preventivo para detectar a doença o mais cedo possível.

Principais exames de prevenção

Os exames realizados por profissionais de saúde incluem o toque retal e a dosagem de PSA. O exame de toque é uma parte importante da avaliação física e é essencial para identificar a presença de nódulos na próstata, bem como avaliar o tamanho e a consistência da glândula.

Esses exames devem ser realizados anualmente por um especialista (um urologista) em pessoas com maior risco de desenvolver a doença:

  • Homens com mais de 50 anos.
  • Pacientes com resultados alterados nos exames.
  • Indivíduos de ascendência africana ou caribenha (nesse caso, a partir dos 45 anos).

Diagnóstico do câncer de próstata

Se as alterações forem confirmadas, o próximo passo é a realização de uma biópsia da próstata. Isso envolve a observação das células sob um microscópio para determinar se são malignas ou não. Em casos de incerteza, a imunohistoquímica pode ser usada para uma análise mais detalhada.

A biópsia é realizada sob sedação. Durante o procedimento, pequenos fragmentos do tecido prostático são retirados com uma agulha, por via transretal ou transperineal. Geralmente, o paciente recebe alta no mesmo dia.

Como tratar o câncer de próstata?

O tratamento do câncer de próstata pode variar significativamente entre a doença localizada e a metastática, na qual o câncer se espalha para outras partes do corpo. No caso da doença localizada, que se limita à próstata, as opções de tratamento incluem cirurgia e radioterapia, que podem ser combinadas com bloqueio hormonal, dependendo da agressividade do câncer.

A radioterapia pode ser realizada por meio de duas técnicas principais: radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e radioterapia guiada por imagem (IGRT). Cada uma tem suas próprias vantagens e desvantagens. Embora a cirurgia possa resultar em recuperação mais rápida do que a radioterapia, os pacientes submetidos à cirurgia correm o risco de desenvolver incontinência urinária e disfunção erétil após o tratamento.

No caso da radioterapia, o paciente não precisa ser internado, basta comparecer às sessões de tratamento e depois voltar para casa. A quantidade de sessões é determinada pelo radioterapeuta.

Quando o câncer de próstata se torna metastático, o tratamento é baseado em abordagens sistêmicas, principalmente a terapia de bloqueio hormonal, que visa diminuir os níveis de testosterona no sangue. Se mesmo assim a doença continuar progredindo, não respondendo à supressão hormonal, a quimioterapia pode ser necessária para controle.

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Referências

Radar do câncer. Próstata. Disponível em: https://www.radardocancer.org.br/cancer-prostata#:~:text=Fatos%20sobre%20a%20doen%C3%A7a&text=J%C3%A1%20para%20o%20Brasil%2C%20o,e%20em%20todas%20as%20regi%C3%B5es. Acesso em: 26/10/2023

Ministério da saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Câncer de próstata: vamos falar sobre isso? Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/cartilha_cancer_prostata_nov2019_3areimp_2022_visualizacao.pdf. Acesso em: 26/10/2023.

Ministério da Saúde. Novembro Azul: mês mundial de combate ao câncer de próstata. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/novembro-azul-mes-mundial-de-combate-ao-cancer-de-prostata/.  Acesso em: 26/10/2023.

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Câncer de mama é o mais comum entre as mulheres em todo o mundo

O câncer de mama é uma doença que afeta milhares de pessoas em todo o mundo, com uma incidência significativa também no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2022, foram estimados mais de 73 mil novos casos da doença no país. Para combater esse elevado número de casos é fundamental que todos estejam cientes dos riscos, da prevenção e das opções de tratamento disponíveis.

O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres em todo o mundo, representando cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Embora seja raro antes dos 35 anos, sua incidência aumenta progressivamente, especialmente após os 50 anos. Além disso, vale ressaltar que, embora menos comum, também pode afetar homens, representando aproximadamente 1% de todos os casos de câncer de mama.

Neste artigo, vamos abordar o que é o câncer de mama, seus fatores de risco, métodos de prevenção, diagnóstico e tratamento.

O que é o câncer de mama?

O câncer de mama é uma condição originada pela proliferação descontrolada de células anormais no tecido mamário, resultando na formação de um tumor com capacidade de se espalhar para outros órgãos.

Existem diversos subtipos da doença, variando em velocidade de crescimento. Alguns têm uma progressão rápida, enquanto outros se desenvolvem de forma mais lenta. Felizmente, a maioria dos casos, quando tratados de maneira adequada e no momento oportuno, apresenta um prognóstico favorável e permite alcançar resultados satisfatórios.

Quais os fatores de risco para o câncer de mama?

Diversos fatores de risco estão associados ao desenvolvimento do câncer de mama. Alguns dos principais incluem:

Idade: um dos fatores mais importantes, com a maioria dos casos ocorrendo após os 50 anos.

Histórico familiar: ter parentes de primeiro grau (mãe, irmã, filha) com histórico da doença aumenta o risco, pois há uma maior possibilidade de mutação nos genes específicos da doença.

Excesso de gordura corporal: a obesidade e o sobrepeso estão diretamente relacionados ao aumento do risco de câncer de mama.

Inatividade física: A falta de atividade física regular aumenta a probabilidade do desenvolvimento da doença.

Primeira menstruação antes dos 12 anos ou menopausa após os 55: estudos indicam quealterações nos ciclos menstruais podem influenciar o risco de desenvolvimento da doença.

Consumo de bebida alcoólica: o consumo excessivo de álcool está ligado a um maior risco.

Exposição a radiações ionizantes: tratamentos médicos como radioterapia e exames diagnósticos que envolvem radiações ionizantes podem aumentar o risco.

Terapia de reposição hormonal pós-menopausa: a terapia de reposição hormonal deve ser feita sob rigoroso controle médico para que não haja risco aumentado de câncer de mama.

É importante destacar que a presença de um ou mais desses fatores de risco não garante que alguém desenvolverá a doença, mas é fundamental estar ciente deles para adotar medidas preventivas.

Prevenção e detecção precoce

A prevenção do câncer de mama é uma preocupação constante, e existem medidas que podem ser tomadas para reduzir o risco da doença. Cerca de 17% dos casos podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas regularmente, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o tabagismo.

A amamentação também é altamente aconselhável, pois evidências científicas indicam que amamentar o filho pode ser um fator protetor para o desenvolvimento de câncer mamário. Além disso, a conscientização e o autocuidado desempenham um papel fundamental na prevenção. Realizar o autoexame mamário regularmente é uma prática importante para a detecção precoce.

Para a realização do auto exame:

  • Observe a aparência das mamas diante do espelho em diferentes posições.
  • Verifique a presença de mudanças na forma, tamanho ou textura da pele.
  • Faça a palpação em pé ou deitada, usando os dedos em movimentos circulares para explorar toda a mama, incluindo a área ao redor do mamilo.
  • Mantenha sempre a atenção para qualquer anomalia, como nódulos, inchaço ou secreção anormal.

É importante enfatizar que o autoexame complementa, mas não substitui os exames clínicos regulares indicados por um profissional de saúde. A mamografia de rastreamento é um exame crucial para a detecção precoce, e é recomendada para mulheres entre 50 e 69 anos a cada dois anos, de acordo com o Ministério da Saúde. O histórico clínico pode alterar fatores como idade e frequência, por isso é importante realizar o acompanhamento médico de maneira regular.

A detecção precoce do câncer de mama é essencial, pois aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido. O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, na maioria dos casos, o que possibilita tratamentos menos agressivos e com maiores taxas de sucesso.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico final envolve a realização de exames de imagem, como a mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética, e a confirmação é feita por meio de biópsia – análise do tecido tumoral em laboratórios de análises patológicas.

O tratamento varia de acordo com o estágio da doença e as características do tumor, e pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. Os exames e o aconselhamento médico é que vão ditar qual o melhor caminho a ser seguido.

O câncer de mama é uma realidade preocupante, mas a conscientização, a prevenção e a detecção precoce desempenham um papel fundamental na luta contra essa doença. É crucial que as pessoas estejam cientes dos fatores de risco, adotem hábitos saudáveis e realizem exames de rotina. Lembre-se de que sua saúde mamária é uma prioridade e que a educação e a informação são ferramentas poderosas para a sua proteção.

O Célula Laboratório Médico assume o compromisso de trazer informações relevantes, atualizadas e de fontes confiáveis para que você se mantenha sempre bem informado e mantenha a sua saúde em dia.

Somos responsáveis pela prevenção e o diagnóstico de doenças, a partir de exames anátomos patológicos e citopatológicos. Pautamos nossos serviços sempre pela qualidade, confiabilidade e pelo atendimento personalizado e humanizado, levando para pacientes e médicos parceiros, diagnósticos precisos e especializados.

Referências

Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Câncer de mama. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/mama. Acesso em: 19/09/2023.

Instituto Nacional de Câncer (INCA). Câncer de mama: vamos falar sobre isso? Disponível em: https://www.inca.gov.br/publicacoes/cartilhas/cancer-de-mama-vamos-falar-sobre-isso. Acesso em: 19/09/2023.

Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Câncer de Mama. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/cancer-de-mama/. Acesso em: 19/09/2023.

Responsável Técnico Médico

Dr. Marcos Michel Gromowski – Médico Patologista

CRM/MT 4934 RQE 13657